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Para nós brasileiros, frescobol é sinônimo de praia. Quem já foi à praia e nunca jogou uma partidinha sequer de frescobol? É dessa prática esportiva que trata este texto.
Sobre a história do frescobol, o que se sabe é que a sua prática surgiu antes do nome. Tudo indica que o frescobol seja uma derivação da prática do tênis de praia, pois na década de 1950, o arquiteto Caio Rubens Romero Lira, que costumava jogar tênis com amigos na praia de Copacabana (RJ), teria encomendado uma raquete de fabricação de madeira, de modo a não ser corroída pela maresia, como acontecia com as raquetes tradicionais.
Foi apenas em meados de 1980 que tiveram início algumas competições locais de frescobol. O primeiro circuito nacional dessa modalidade só ocorreu em 1994, e ficou constituído como um marco, uma vez que o circuito passou por diversas localidades e fez com que os praticantes interagissem entre si. A partir de então, federações estaduais foram formadas no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Espírito Santo, e juntas organizaram o I Congresso de Frescobol, de onde saíram as regras gerais que norteiam o esporte.
As partidas de frescobol são jogadas sempre com jogadores de uma mesma equipe, que podem escolher entre quatro modalidades diferentes:
1. Livre – Os jogadores precisam manter a bola em movimento aéreo durante o maior tempo possível;
2. Veloz – A partir de um tempo dado de 1 minuto, a dupla deve rebater a bola o maior número de vezes possível;
3. Radical – A bola deve ser mantida aérea durante todo o tempo da apresentação e os atletas devem atacar de maneiras diversas;
4. Especialistas – Ao se apresentar, a dupla elege o especialista em ataque e o especialista em defesa. O especialista em ataque deve executar os movimentos de modo bastante diversificado e, como em outras modalidades, deve manter a bola no ar o maior tempo possível.
Porém, praticar frescobol não significa participar de competições. O custo de um par de raquetes de madeira e de uma bolinha de plástico é bastante baixo, o que permite que a maioria das pessoas tenha acesso a esse esporte. Contrariando o baixo custo, há o alto benefício da prática: por ser uma prática de intensidade moderada e de longa duração, ela aumenta a capacidade cardiorrespiratória, além de fortalecer a musculatura dos membros superiores e inferiores.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP