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O tracoma é uma doença oftalmológica crônica, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. A contaminação se dá a partir do contato desta região com a secreção dos olhos de pessoas acometidas, seja por meio das mãos ou objetos, como instrumentais oftalmológicos não esterilizados e toalhas. Alguns insetos, como moscas do Gênero Hippelates, conhecidas como lambe-olhos, podem ser vetores mecânicos da doença. Apesar de ter ocorrência em todas as regiões, acomete com mais frequência populações menos favorecidas economicamente, principalmente crianças.
Os primeiros sintomas são sensibilidade à luz, lacrimejamento e incômodo nos olhos, sendo que a manifestação de secreções não é regra. Depois, há inflamação da mucosa ocular, assim como o avermelhamento da córnea e presença de estrias brancas na conjuntiva.
Como essas cicatrizes da conjuntiva tendem a causar deformações na pálpebra e cílios (triquíase e entrópio, respectivamente), e, caso não sejam bem tratadas, podem reincidir; existe a possibilidade de a pessoa, gradualmente, ir perdendo sua visão, já que tais lesões propiciam o atrito entre a pálpebra lesionada, cílios e a córnea, provocando sua arranhadura. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há cerca de 150 milhões de pessoas, no mundo, com tracoma, sendo que aproximadamente seis milhões destas já se encontram cegas.
O tratamento consiste no uso de colírios e/ou pomadas específicos, indicados pelo médico, associado ou não ao uso de medicamentos orais. Caso as cicatrizes da conjuntiva estejam em estágio avançado, pode ser necessária a intervenção cirúrgica. Após seis meses, e também um ano após o fim do tratamento, o paciente deve retornar ao médico, a fim de verificar se está completamente curado.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Doenças Causadas por Bactérias - Doenças - Brasil Escola