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Pernas se agitando involuntariamente durante a noite? Isso pode ser sintoma da síndrome das pernas inquietas (SPI). Essa síndrome é uma desordem neurológica ou doença crônica sensório-motora que foi descrita pela primeira vez pelo neurologista sueco Karl-Axel Ekbom em 1947.
A síndrome pode ocorrer em razão de uma deficiência nutricional de ferro, folato ou vitamina B12, assim como por outras doenças como artrite reumatoide, excesso na ingestão de álcool e cafeína, diabetes, uremia, lesões nervosas periféricas ou na medula espinal e, até mesmo, gravidez.
Essa desordem ocorre com maior frequência em pessoas com idade superior a 30 anos e, principalmente, do sexo feminino, podendo ser primária (idiopática) ou secundária (sintomática). A primária possivelmente possui origem genética, enquanto a secundária ocorre por falta de algum componente na alimentação. A síndrome pode ser agravada pela administração de medicamentos, como, por exemplo, antidepressivos.
A pessoa tem uma sensação de desconforto nas pernas, como pontadas, picadas, irritação, inquietude, que gera uma necessidade de movimentação das pernas que ocorre em repouso ou próximo à hora do sono. Isso acaba afetando o ciclo do sono da pessoa, causando sonolência durante o dia, fadiga, cansaço, estresse, além de problemas nas rotinas diárias em razão da falta de disposição e concentração.
Os tratamentos variam de acordo com a gravidade da doença e de pessoa para pessoa, podendo ou não utilizar fármacos. O tratamento visa aliviar os sintomas por meio da reposição do ferro, da acupuntura e relaxamento, da mudança de hábitos alimentares, adotando a ingestão de alimentos saudáveis e ricos em vitaminas e minerais, e de vida em geral, evitando álcool, cafeína e tabaco. Melhores hábitos de sono, como horário certo para dormir, permitindo que o relógio biológico seja ajustado; e a realização de atividades físicas para relaxamento também podem ajudar.
Por Giorgia Lay-Ang
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola