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Stanley L. Miller nasceu na Califórnia, dia sete de março de 1930. Formado em Química pela Universidade de Califórnia, em Berkley, fez doutorado na Universidade de Chicago, orientado por Harold C. Urey - vencedor do Prêmio Nobel de Química em 1934, por suas pesquisas com isótopos.
Miller é conhecido por ser a primeira pessoa que testou a hipótese gradual dos sistemas químicos, em 1953, aos 23 anos de idade. Tendo como tema de sua tese de doutorado as condições da Terra primitiva antes do surgimento da vida (Terra pré-biótica); Miller, com o auxílio de Urey, construiu um dispositivo no qual foram introduzidos os possíveis componentes da Terra primitiva, sendo estes submetidos ao calor, resfriamento e descargas elétricas. Nestas condições, foram formadas mais de uma dúzia de substâncias orgânicas relativamente complexas, incluindo aminoácidos, em aproximadamente uma semana depois.
Publicados neste mesmo ano na revista Science, os resultados deste experimento estimularam o interesse de uma gama de outros cientistas em relação a esta temática. Em razão deste feito, Miller passou a ser reconhecido no meio científico como o pai da química da origem da vida.
Alguns anos mais tarde, este cientista se instalou na Universidade da Califórnia, em San Diego, pesquisando a mesma temática, e também aspectos relacionados à síntese de nucleotídeos.
Em virtude de uma série de derrames que começou a sofrer, a partir de 1999, se aposentou, e passou a viver em uma casa de repouso próxima a San Diego.
Faleceu em vinte de maio de 2007, de parada cardíaca, sem deixar esposa ou filhos.
Curiosidade:
Nem todos sabem, mas Miller desenvolveu um segundo experimento, na década de 70, no qual encheu frascos com soluções aquosas de cianeto de amônia, e os deixou em banhos de gelo seco por vinte e cinco anos. Teve como resultado uma substância amarelada rica em aminoácidos e bases nitrogenadas constituintes do RNA.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia