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Cineasta soviético nascido em Riga, Rússia, em cujos filmes aplicou técnicas inovadoras de montagem, tornando-se um dos mestres da sétima arte. Estudou engenharia e arte em São Petersburgo e, após a revolução (1917), aprendeu encenação teatral com Meyerhold, foi cenógrafo e co-diretor no Teatro Proletkult de Moscou. Depois interessou-se por cinema e produziu seu primeiro documentário, Stachemka (1924), onde já notou-se uma linguagem cinematográfica nova.
Seu segundo filme foi o antológico Bronenosets Potiomkin (1925), o famoso O encouraçado Potemkin, sobre o motim da tripulação de um navio e a sublevação da cidade de Odessa na revolução (1905), na Rússia czarista. Depois de outros filmes que o consagraram no cinema mundial como Oktiabr (1927) e Staroie i novoie (1929), foi para os Estados Unidos, contratado para dirigir um filme da Paramount. Rompido com o diretor e a produtora, foi para o México, onde rodou Que viva México! (1932) e sem espaço profissional em Hollywood, regressou à União Soviética, onde também foi rigorosamente censurado pelo regime.
Lecionou no Instituto do Cinema e, por fim, mesmo as voltas com a censura estatal, dirigiu seu primeiro filme sonoro, Aleksandr Nevski (1938), épico da formação da Rússia, e depois Ivan Groznii (1943-1947), sobre a vida do czar Ivan IV, o terrível. Perseguido em seu país e famoso internacionalmente pelo seu gênio e profissionalismo, morreu em Moscou.