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Autor e pintor humanista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, precursor, no Brasil, da restauração de quadros e cuja obra pessoal distinguiu-se sobretudo pelos requintes da técnica. Dois seis aos onze anos, viveu em Salvador, tendo aí iniciado os estudos de primeiras letras no Colégio Sebrão. Voltou para o Rio de Janeiro (1868), matriculando-se no Colégio Vitório, de onde, algum tempo depois, se passou para o de Pedro II. Ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes (1873), onde foi aluno de Costa Miranda, Sousa Lobo, Zeferino da Costa e Vítor Meireles. Depois de renhido concurso em que teve Henrique Bernardelli como principal competidor, conquistou (1878), com seu quadro O sacrifício de Abel, e pelo voto de qualidade do diretor, o prêmio de viagem à Europa.
Seguindo em maio do ano seguinte para a França (1879), só depois de submeter-se duas vezes ao respectivo exame de admissão, foi que conseguiu matricular-se na Academia de Belas Artes de Paris, onde estudou com mestres como Alexandre Cabanel e Puvis de Chavannes, cidade na qual permaneceu cerca de oito anos e onde realizou algumas de suas telas mais conhecidas. De volta ao Brasil foi nomeado professor de pintura (1888) da Academia Imperial de Belas-Artes e passou a receber sucessivas e importantes encomendas para a decoração de prédios públicos.
Criou painéis para o Supremo Tribunal Federal (1909), para a Biblioteca Nacional, para o Teatro Municipal (1916) e para o Conselho Municipal do Rio de Janeiro (1925), além de retratos de autoridades. Foi mestre de artistas que fariam belas carreiras, como Eliseu Visconti, Batista da Costa e Cândido Portinari. Morreu no Rio de Janeiro, RJ, deixando uma vasta obra, na qual se mostrou mais expressiva nos seus pequenos estudos a óleo ou aquarela.
Figura copiada do site da TRIBUNA DE MINAS/PINTURAS