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Antropólogo físico e paleontólogo africano nascido em Nairóbi, Quênia, descobridor de um dos mais ricos sítios de fósseis hominídeos que se conhecem, o de Koobi Fora (1970). Inicialmente trabalhando como guia de safáris (1963), encontrou uma mandíbula de hominídeo do gênero Australopithecus, o que o motivou a seguir a profissão dos pais, os arqueólogos Mary Douglas e Louis Seymour Bazett Leakey, de importantes descobertas anos antes, na garganta de Olduvai, na Tanzânia.
Após um curso supletivo em Londres, voltou ao Quênia sem ter freqüentado a universidade, quando ouviu sobre o sítio de Koobi Fora (1967), junto ao lago Rudolf, hoje Turkana. Numa primeira busca, encontrou vários artefatos de pedra e ao longo da década seguinte, ele e sua equipe acharam, só nesse lugar, quase 400 vestígios fósseis de hominídeos, correspondentes a cerca de 230 indivíduos. Entre as descobertas mais impactantes na comunidade científica foi a de um crânio de Homo habilis (1972), reconstituído a partir de mais de 300 fragmentos, com o dobro da capacidade cerebral do Australopithecus e metade da capacidade do homem moderno. Tais descobertas permitiram preencher importantes lacunas no conhecimento do Homo erectus da África oriental.
Esses estudos foram descritos nos livros Origins (1977) e People of the Lake (1978), escritos em colaboração com Roger Lewin, nos quais sustenta a teoria de que, há três milhões de anos, quase o dobro do que antes se imaginava, coexistiram três tipos de hominídeos: Homo habilis, Australopithecus africanus e Australopithecus boisei, e que após o desaparecimento dos dois últimos, o primeiro teria evoluído para o Homo erectus, ancestral do Homo sapiens. Tornou-se diretor administrativo dos Museus Nacionais do Quênia (1968), e publicou, ainda, The Making of Mankind (1981).