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Rei da França (1226-1270) nascido em Poissy, próximo a Paris, em cujo longo reinado revelou suas qualidades de homem justo, humano e valente. Quarto filho de Luís VIII da França e de Branca de Castela, filha do rei Afonso VIII, recebeu educação esmerada, especialmente a partir do momento em que, por causa da morte dos irmãos mais velhos, tornou-se o herdeiro do trono.
Após a morte do pai, ascendeu ao trono quando tinha menos de 13 anos de idade, como quadragésimo Rei da França desde o início da monarquia, e o nono da terceira raça, da qual Hugo Capeto foi o tronco. Por ser ainda muito jovem e inexperiente, a rainha-mãe assumiu a regência e se empenhou para superar os problemas que ameaçavam o reino, sobretudo a hostilidade dos nobres à coroa, a revolta dos hereges albigenses no sul do país e a guerra contra a Inglaterra.
Branca de Castela conseguiu neutralizar os nobres e assim dedicar-se a suprimir a revolta albigense. Quanto aos ingleses, o próprio soberano tomou a frente quando contava apenas 15 anos e obrigou as tropas inimigas a abandonar a França. Casou-se (1234) com Margarida, filha mais velha do Conde de Provence e de Forcalquier, Raimundo Béranger IV, e de Beatriz de Sabóia, e com ela teve 11 filhos. Quando os ingleses voltaram a desembarcar no continente (1242) expulsou-os outra vez.
Decidiu, então, empreender uma cruzada à Terra Santa (1244), para reconquistar Jerusalém e Damasco dos muçulmanos. Organizada a sétima cruzada (1248), a frente de um exército de 35.000 homens e uma frota de cerca de cem navios, desembarcou em Damietta (1248), no Egito, mas com a peste que se abateu sobre suas tropas e a enchente do Nilo, viu-se impedido de prosseguir. Os soldados foram forçados a se retirar, e ele com sua família e os nobres que o acompanhavam foram capturados pelos muçulmanos.
Libertado em troca de um resgate, o rei permaneceu no Egito por mais quatro anos, período em que conseguiu transformar a derrota militar numa bem-sucedida negociação diplomática: fez alianças vantajosas e fortaleceu as cidades cristãs da Síria. Com esses feitos, retornou a França (1254), e adquiriu imenso prestígio na Europa, do qual se valeu para conseguir que o rei inglês Henrique III assinasse a paz (1258) e prestasse vassalagem à França.
Como governante, tratou de impedir os abusos de seus funcionários e de favorecer o comércio francês. Tornou-se mais famoso, contudo, por seu proverbial espírito de justiça e pelo amor às artes, a quem deu grande impulso e desenvolvimento. Mandou erigir a Sainte Chapelle (1245-1248) em Paris, a Sorbonne e o hospício dos Quinze-Vingts.
Extremamente católico, mas sem ser fanático, organizou uma nova Cruzada contra os muçulmanos (1269), mas ao desembarcar em em Túnis, Tunísia (1270), a peste novamente atacou seu exército e ele morreu também atacado pela praga, em Túnis (1270). Um de seus dedos foi trazido para a Basilique de Saint-Denis mas seu corpo ficou enterrado na Tunísia. Foi considerado santo muito antes que a Igreja Católica o canonizasse (1297) através do papa Bonifácio VIII.
Figura copiada de uma página da FRENTE UNIVERSITÁRIA LEPANTO