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Diplomata e engenheiro (após 1854) francês nascido em Versailles, que como administrador francês, serviu seu país em Lisboa, Alexandria, Cairo, Barcelona, Madri e Roterdã e ficou famoso por projetar e construir, o canal de Suez. Diplomata por 24 anos (1825-1849), iniciou-se na carreira como assistente do vice-cônsul em Lisboa (1825). Em sua estada no Egito, tornou-se amigo do sultão Muhammad Ali, e de seu filho Said Pasha, e estudou a viabilidade de construir um canal no istmo de Suez, entre o Egito e a região da Palestina, ligando por via navegável o golfo de Suez ao Mar Mediterrâneo. A idéia não era inédita, pois desde a antiguidade já se pensava em construir uma ligação, inclusive o empreendimento foi tentado, sem êxito, por Jean-Baptiste Le Père, engenheiro de Napoleão Bonaparte, e o plano foi abandonado.
Brilhante e dinâmico empreendedor, retirou-se do serviço diplomático (1849) e retornou ao Egito para se dedicar ao projeto do Canal de Suez (1854), a convite do vice-rei do Egito, Said Pasha, de quem obteve a concessão para abertura e exploração do canal. Levantou a capital necessário para esse gigantesco empreendimento e foi supervisor da construção das obras do canal (1859-1869), que se tornaria uma via fundamental de comunicação entre o Mediterrâneo e o mar Vermelho, abrindo uma nova rota marítima entre o Mediterrâneo e as linhas de navegação do oceano Índico.
Com o grande prestígio adquirido, foi encarregado pelo governo francês da construção do Canal do Panamá (1878), mas a tentativa, mal planejada, sofreu completo fracasso. Sua companhia faliu após iniciar a construção da obra (1879) e teve que abandonar o projeto (1888). Por este motivo, foi preso e condenado na França (1893), juntamente com seu filho. Morreu no Château de La Chesnaye, em 7 dezembro (1894), e apesar de seu fracasso no Panamá, sua reputação de gênio empreendedor entrou para a história.