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Palhaço, poeta, cantor, compositor e violonista brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, RJ, onde também morreu, o artista negro mais popular no Brasil, do começo do século XX. Foi pai do famoso cantor e compositor Cândido das Neves, o Índio. Aos 21 anos foi guarda-freios da Estrada de Ferro Central do Brasil. Demitido passou a ser soldado do Corpo de Bombeiros, de onde também foi expulso por freqüentar fardado rodas boêmias. Tornou-se palhaço e cantor (1895), apresentando-se em circos e pavilhões.
Nesta profissão percorreu vários estados brasileiros e anos depois (1906), tornou-se cantor contratado da gravadora Casa Edison, juntamente com Cadete, Nozinho e Mário Pinheiro. Seu extenso repertório versava entre cançonetas, chulas, canções, lundus e modinhas. Ficou conhecido também como Palhaço Negro, Diamante Negro, Dudu das Neves e Crioulo Dudu. Aproveitou a canção napolitana Vieni sul mare e fez a adaptação para glorificar a chegada do encouraçado Minas Gerais, que se juntaria à esquadra brasileira.
Mais tarde, adulterada pelo povo, passou a celebrar tão somente o estado brasileiro e não mais ao navio. Seus principais sucessos foram Bolim bolacho (1902), A conquista do ar (1903), Ó abre alas (1905), O Aquidabã (1906), Pega na chaleira (1906), Pelo buraco (1906), Baiana dos pastéis (1911), O meu boi morreu (1916) e Confessa meu bem (1919).