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Geógrafo, filósofo, historiador, explorador e naturalista alemão nascido em Berlim, que deu início, em fins do século, a memoráveis expedições naturalísticas e é considerado o fundador da moderna geografia física. De uma nobre e rica família da Pomerânia, província prussiana, irmão do lingüista e político Karl Wilhelm von Humboldt, estudou na Universidade de Göttingen e na Escola de Minas de Friburgo. Herdeiro de grande fortuna e atraído desde jovem pelas expedições científicas.
A partir dos vinte anos começou a viajar pelo mundo, notadamente Europa e América, Tibete e Himalaia. Simultaneamente com o naturalista Georges Leclerc, conde de Buffon, na França, desenvolveu separadamente o conceito de meio ambiente geográfico: as características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, tipo de relevo e condições climáticas existentes. Publicou em Berlim Observações sobre os basaltos do Reno (1790). Indo estudar na Academia de Engenharia de Freiberg, publicou três anos mais tarde (1794), a célebre obra Espécime, sobre plantas subterrâneas e sua fisiologia química, desenvolvidas nas galerias das minas de Freiberg.
Baseado em experimentos próprios a partir dos resultados de Galvani, publicou outra célebre obra Experiências sobre a irritação nervosa e muscular (1796). Renunciou ao cargo de inspetor de minas e partiu de Madri (1799), e com o botânico francês Aimé Goujaud Bonpland, para as colônias espanholas da América. Explorador e profundo conhecedor da América, no mesmo ano ele e o francês desembarcaram na Venezuela e viajaram pelo rios Amazonas, Orinoco, Atabapo e Negro, em busca de um rio que ligasse as bacias do Amazonas e do Orenoco. Proibido por ordem do governo português, que não desejava estrangeiros em seus domínios, foi impedido de prosseguir viagem pelo território brasileiro.
De volta a América espanhola escalou o Chimborazo (6.267m) para estudar a atmosfera. Percorreu Cuba, Colômbia, Equador, Peru, México e pelos Estados Unidos, onde fez análises geológicas das costas do Pacífico. Depois de percorrer cerca de 65.000km e recolheu mais de sessenta mil espécies de plantas, voltou à Europa com esse rico material que estudaria pelo resto da vida, dando inestimável contribuição para o desenvolvimento das ciências naturais. Iniciou a publicação da colossal obra Voyage de Humboldt et Bonpland aux régions équinoxiales du nouveau continent, fait en 1799-1804 (1805-1834), em trinta volumes. Outra grande obra sua foi Kosmos, Entwurf einer physischen Weltbeschreibung (1845-1862), em cinco volumes, concluídos aos 86 anos do autor e síntese de seus conhecimentos.
Gastou a maior parte da fortuna que herdou nas suas viagens e na publicação de suas obras. Foi o primeiro a empregar isotermas para representar regiões de temperaturas iguais, a demonstrar a diminuição de intensidade magnética do pólo ao equador e a situar o equador magnético no Peru. Em sua época, foi um dos maiores pesquisadores das camadas da terra, do vulcanismo e das correntes marítimas, entre as quais a que ganhou seu nome.
Seus estudos sobre a distribuição das plantas e a descrição de novos animais, foram fundamentais para o desenvolvimento da fitogeografia, à zoologia e às ciências humanas, além dos estudos arqueológicos, históricos e etnográficos sobre o continente americano. Juntamente com Bonpland, denominou a floresta amazônica de hiléia. Realizou também trabalhos sobre combinação de gases e sobre correntes elétricas com Gay-Lussac e foi o grande protetor de Liebige Deixou muitos outros escritos quando morreu em Berlim, com a avançada idade de 90 anos.
Figura copiada do site da UNIV. TEXAS / PORTRAIT GALERY