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Rei de Esparta (399-360 a. C.), considerado um dos mais brilhantes líderes militares da Antigüidade, defendendo Esparta durante a guerra contra Corinto (394-387 a. C.). Filho de Arquidamo II e meio-irmão de Agis II, ele e Lisandro (435-393 a. C.) convenceram a cidade considerar Leocidas, o filho do rei Agis II após a morte deste (401 a. C), como ilegítimo herdeiro, pois corria o boato que o mesmo era na verdade filho do ateniense Alcibíades (450-404 a. C.). Depois da Guerra de Peloponeso, as cidades gregas na Ásia Minor não tinham sido cedidas Pérsia, apesar das promessas de Esparta, ele e Lisandro atacaram (396 a. C.) o sátrapa persa da Lídia e de Caria, Tissafernes. Após derrotar Tissafernes e, imitando o legendário Agamenon, velejar saindo de Aulis, na Beócia, foi impedido pelos tebanos de prosseguir sua viagem.
Diante do poder naval persa, após chegar a Efésus, assinou uma trégua de três meses com Tissaphernes, voltou para a Grécia e (394 a. C.) atacou em Coronea e obteve uma vitória em cima dos tebanos, aliados dos persas. Na seqüência eliminou Lisandro e conquistou os territórios de Lequeu e Pireu dos coríntios. Apesar da derrota de Ifícrates (389 a. C.), esse desempenho trouxe-lhe um grande sucesso entre os espartanos. Político hábil e um chefe valente com grande habilidade tática, descartou a memória de Lisandro e assumiu o poder pleno.
Mesmo assim não pôde restabelecer a hegemonia dos espartanos. Pela Paz do Rei ou Paz de Antalcidas (386 a. C.), foram cedidas as cidades da Ásia Menor à Persia. Tebas e Atenas formaram uma aliança contra Esparta, e o genetral tebano Epaminondas (410-362 a. C.) impôs (371 a. C.) uma humilante derrota em Leuctra. Esparta não mais se recuperou e o rei levou seus mercenários para a Ásia Menor para combater a revolta dos sártapras (362 a. C.) e chegou até o Egito (361 a. C.). Morreu durante a viagem de ratorno, aos 84 anos e 39 de reinado. Um reinado repleto de guerras que levou Esparta à ruína, embora ele foi louvado pelos seus contemporâneos, notavelmente Xenofon (427-355 a. C.), que publicou um livro biográfico com o nome de A Vida de Agesilaus.