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As múmias te causam arrepios? Algumas delas são mais horripilantes, como a demonstrada na imagem acima, ainda mais quando se sabe da história por trás da conservação desse tipo de cadáver. Sem sombra de dúvidas, as múmias mais misteriosas de toda a história são as “múmias do pântano”, huhuhuhuhu!
A história é cheia de segredos, até porque, o rosto das múmias encontradas no pântano, revela que as pessoas estavam sofrendo dor, gritando e, provavelmente, muito assustadas quando morreram, com cordas amarradas às mãos e envoltas ao pescoço. Ao que tudo indica, foram vítimas de morte violenta em rituais de sacrifícios, e, logo após, lançadas no pântano para não deixar rastro, ao contrário das famosas múmias do Egito, onde a honra de ter o corpo mumificado era digna apenas de reis, faraós, rainhas, enfim, da nobreza egípcia. Neste caso, o processo era feito por pessoas capacitadas (sacerdotes embalsamadores) e o cadáver tinha a identidade preservada por máscaras mortuárias e faixas enroladas por todo o corpo.
As múmias dos pântanos datam de 2000 a.C, e foram encontradas em países ao norte da Europa: Inglaterra, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Irlanda. A mumificação neste caso não ocorreu propositalmente, foi uma obra da natureza, e, por isso, fica sempre um mistério acerca do processo. Mas com uma ajudazinha da química, podemos entender os fatores externos que levaram à conservação deste tipo de múmia.
Os altos níveis de acidez das águas onde as relíquias foram encontradas podem justificar o fenômeno. Já reparou como os ácidos conservam bem? Um exemplo prático é a conservação de pimentas através da adição de vinagre (ácido acético).
A soma de outros fatores, como temperatura inferior à 4°C e falta de oxigênio (agente oxidativo), também contribuiu para que a mumificação fosse eficiente. Ambientes frios e sem oxigenação são menos propícios ao aparecimento de bactérias.
Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
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