O glitter é composto por pedaços metálicos, de múltiplas colorações, bastante utilizado na decoração corporal, principalmente no carnaval, ou em trabalhos artísticos diversos.
Esse material colorido é o resultado do corte de uma fina lâmina de um plástico do tipo copolímero, coberto com uma fina lâmina de alumínio, ou outros materiais, como óxidos metálicos (como o titânio).
Em geral, os pedaços de glitter são cortados no tamanho de 1 mm2, o que o torna um produto que merece atenção quanto ao seu uso, principalmente em áreas do corpo próximas aos olhos.
A aderência do glitter à pele ou a superfícies como isopor requer a utilização de produtos como cola, maquiagem ou cremes corporais.
Por tratar-se de um plástico, o glitter exige atenção também em seu descarte, já que é um produto não biodegradável.
Tópicos deste artigo
- 1 - Copolímeros que formam o glitter
- 2 - Produtos confundidos com glitter
- 3 - A problemática ambiental do glitter
Copolímeros que formam o glitter
O copolímero é um tipo de plástico formado em reação de polimerização de adição entre dois ou mais monômeros, obrigatoriamente diferentes, como no esquema representado a seguir:

Equação que representa uma reação de polimerização
Nessa reação, há a quebra da ligação pi entre os carbonos do monômero 1 e do monômero 2. Em cada um desses carbonos, é formado um sítio de ligação que unirá as duas estruturas.
Produtos confundidos com glitter

Glitter, brocal e purpurina são muitas vezes confundidos com o mesmo produto
Vários são os produtos que podem ser confundidos com o glitter, como o brocal, a purpurina e o pó de estrela. Confira a seguir as diferenças entre esses produtos:
-
Brocal: é produzido por um copolímero à base de monômeros de cloreto de vinila, assim como o glitter pode ser feito, mas cortado em pedaços maiores. É um produto que exige cola para ser fixado em superfícies, principalmente na pele humana.
![]()
Fórmula estrutural do monômero de cloreto de vinila
-
Purpurina: também apresenta na sua constituição copolímeros, porém com uma quantidade maior de metal alumínio na mistura. No processo de corte, os pedaços da purpurina são menores que os do glitter.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
O fato de as partículas da purpurina serem menores favorece uma melhor aderência, espalhando-se bem sobre os materiais, o que exige menos produtos para colar
-
Pó de estrela: é um material à base do mineral mica, coberto por óxidos responsáveis pelo brilho. Ele apresenta como principal característica o fato de poder aderir à pele de uma pessoa sem a necessidade de cola ou outro produto, além de ser biodegradável.
A problemática ambiental do glitter
Os pedaços do glitter são pequenos, por isso, quando descartados no ambiente, principalmente na água, podem prejudicar a fauna marinha, principalmente peixes e outros seres aquáticos pequenos, pois esses animais podem confundi-los com alimento.
Como o glitter é um material que não pode ser metabolizado pelo organismo de um ser vivo, apenas acumula-se, pode gerar danos estruturais e respiratórios nesses seres.
Vale ressaltar que o glitter somente chega ao ambiente aquático quando o enviamos para esse ecossistema, e isso ocorre com o descarte inadequado no lixo ou na retirada do produto da pele.
Com o uso crescente desse produto para enfeitar o corpo, em qualquer época do ano, não apenas no carnaval, há uma maior preocupação com a questão ambiental. Entretanto, além do glitter, vários outros produtos plásticos são descartados na natureza, independentemente do tamanho, que, da mesma maneira, afetam e prejudicam o meio ambiente.
Portanto, devemos estar atentos à forma como descartamos os materiais plásticos, e, se possível, evitar a sua produção e uso, substituindo-os por materiais com maior biodegradação e que não prejudiquem os ecossistemas.
Por Me. Diogo Lopes Dias