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Na contemporaneidade, todos os grandes centros urbanos possuem um arranjo espacial fracionado, isso significa que existem várias partes que compõem o todo, no entanto, cada fração com sua particularidade em diversos aspectos.
Nas cidades existem áreas com foco de atuação especializada, são distribuídas em centros comerciais, financeiros, bairros industriais, residenciais, bairros com grande número de casas, além de bairros que abrigam uma grande quantidade de estabelecimentos de diversão, como boates, bares e restaurantes.
Na estrutura de uma grande cidade existem vários polos, isso quer dizer que cada região é dotada de um centro e uma rua de maior destaque, na qual muitas atividades são desenvolvidas, como serviços e comércio.
A divisão da estrutura urbanística juntamente com o aumento da população e da própria cidade promove uma precarização em relação ao todo da malha urbana, pois os habitantes não se apresentam na cidade inteiramente, e sim em partes que se relacionam com o cotidiano das pessoas, ou seja, local de residência, trabalho, escola, entre outros lugares de convívio.
A cidade é dividida também por fatores financeiros ou de renda, as desigualdades se concretizam no contexto do arranjo urbano. Essas características são provocadas simplesmente pelo fato das desigualdades sociais estarem presentes na maioria dos países capitalistas, quanto maiores as disparidades socioeconômicas entre as classes sociais, maiores são as diferenças nas moradias, nos serviços públicos e na qualidade de vida.
A população de baixa renda depende efetivamente da qualidade dos serviços públicos para alcançar melhor qualidade de vida, tanto na área da educação, como na saúde, transporte coletivo, além de outros. Para obter êxito é preciso que tais serviços sejam executados adequadamente.
Por isso é preciso haver uma organização a fim de requerer as necessidades comunitárias, ou dificilmente esse panorama será modificado.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia