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Ditador espanhol nascido em El Ferrol, que governou seu país por quase quatro décadas e ficou conhecido como o generalíssimo Francisco Franco. De família de militares, cursou a Academia de Infantaria de Toledo e serviu no Marrocos (1912-1929), onde organizou a Legião Estrangeira espanhola. Por sua atuação nas campanhas do Rif, foi promovido a general (1925). Assumiu a escola de Toledo e, depois da proclamação da república, foi nomeado governador das ilhas Baleares. Voltou à Espanha (1933) e comandou a repressão às greves dos mineiros nas Astúrias. No ano seguinte foi indicado para a chefia do Estado-Maior do Exército, mas foi demitido após a vitória republicana nas eleições (1936) e enviado para as Canárias.
Em julho do mesmo ano voltou secretamente para o Marrocos e juntou-se à rebelião comandada pelo general Sanjurjo e com a morte deste, assumiu a chefia do movimento que desencadearia em uma sangrenta guerra civil. Três meses depois a junta de Burgos nomeou-o generalíssimo e chefe do governo nacional e, em janeiro (1938), chefe de estado. Apoiado pelos nacionalistas, da Itália fascista e da Alemanha de Hitler, assinou o pacto anti-Komintern e logo depois proclamou a neutralidade da Espanha na segunda guerra mundial (1939). Aproveitou as primeiras vitórias alemãs para conquistar Tânger, mas se recusou a permitir que tropas nazistas cruzassem o solo espanhol em direção a Gibraltar, porém participou da campanha na União Soviética ao lado das tropas nazistas (1942), com a Divisão Azul, de voluntários franquistas.
Após o final da segunda guerra mundial procurou aproximação com os Estados Unidos e a Inglaterra, embora continuasse de relações diplomáticas cortadas com os franceses e continuasse sobre oposição na Organização das Nações Unidas (ONU). Apoiado pelos Estados Unidos ingressou na ONU (1955) e restabeleceu a monarquia, proclamando-se protetor-regente e nomeando (1969) o príncipe Juan Carlos de Bourbon seu sucessor. Criou o regime que ficou conhecido como franquismo, foi generalíssimo do Exército, protetor da Igreja Católica e chefe da Falange, então o único partido político da Espanha. Seu governo assentou as bases da moderna economia espanhola, mas atrasou o desenvolvimento político do país e sua integração à Europa. Com sua morte, ocorrida em Madri, e a ascensão ao trono do rei Juan Carlos, a Espanha voltou a ser uma democracia parlamentar.