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O Movimento Ginástico Europeu ocorreu no século XIX, e abrangeu estilos de trabalho com ginástica na escola, propostos pela Suécia, Inglaterra, França, Dinamarca, Áustria e Alemanha. O contexto de nascimento desse movimento é o mais interessante, pois, uma vez o conhecendo, entende-se como se deu a emergência da ginástica na Europa.
O século XIX europeu foi marcado pela imensa crença na ciência. Logo, objetividade e neutralidade foram valores que se espalharam pela sociedade e que conquistaram a confiança da população. Imersos nesse quadro, foram aprimorados cientificamente métodos de disciplina corporal e de trabalho com o corpo, cujos objetivos eram fortalecer, embelezar, corrigir e tornar saudáveis os corpos da população europeia. Para tanto, foram desenvolvidos tipos de exercícios específicos para cada parte do corpo, método ainda bastante utilizado hoje em academias de musculação.
A grande finalidade do Movimento Ginástico Europeu era a melhora da saúde da sociedade. Em um momento marcado pelos problemas sociais que resultaram da Revolução Industrial, associado à necessidade de fortalecer o trabalhador para aguentar a alta carga de suas tarefas, o movimento fez com que se formassem grupos locais para a prática da ginástica.
Para além de fortalecer e tornar saudáveis os trabalhadores, era preciso fazer com que esses princípios se tornassem valores a serem perpetuados. Não à toa, eles passaram a ser introduzidos na escola. Ali, por meio da imposição da ginástica, era possível que os alunos ficassem mais fortes, mais disciplinados, mais saudáveis, e ainda tomassem esse tipo de atividade física como prática contínua.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP