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O conhecimento, quando bem ordenado, torna-se uma força que vai impulsionar a dinâmica do capital.
Não há transformação patrimonial sem influência ambiental endógena ou exógena.
A estrutura patrimonial e estática. Ela não se movimenta por si mesma.
Um corpo que está parado é necessário uma força para coloca-lo em movimento e uma vez em movimento ele poderá aumentar a velocidade, diminuir a velocidade, como permanecer em movimento constante (movimento inercial).
Assim, também, o meio patrimonial se movimenta na dinâmica do capital.
Há tempo que ele aumenta o movimento como a tempo que ele diminui o movimento como, também, fica ocioso e esse movimento do meio patrimonial dependerá da influência ambiental endógena e exógena.
Uma direção e pessoal que ampliam seu conhecimento influenciarão de uma forma positiva a dinâmica do meio patrimonial, enquanto que, uma direção e pessoal que não reciclam seu conhecimento tenderão a diminuir esta força intelectual dinaminizadora do meio patrimonial.
Sabemos que aumentando o giro do meio patrimonial com diminuição da margem de lucro da mercadoria, por giro, teremos um lucro maior no total.
Um meio patrimonial que tem lucro de $ 5,00 se o mesmo girar três vezes teremos $ 15,00. Se colocarmos o lucro de $ 4,00 e fizermos girar 5 vezes teremos $ 20,00.
Com menor lucro, por unidade, mas girando mais terá maior lucratividade.
Neste exemplo singelo está um dos segredos da lucratividade e da concorrência.
O conhecimento trará inovação na dinâmica da riqueza e esta inovação fará com que se crie um ambiente dinâmico na célula social.
O importante é que se tenha sempre o aperfeiçoamento do conhecimento.
A chave do sucesso, neste século XXI, segundo os estudiosos, será daquele que tem a capacidade de renovação do conhecimento, da adaptabilidade, da criatividade e da inovação.
Esta influência endógena exercida sobre o patrimônio será a determinante do sucesso ou insucesso na temporalidade da célula social.
O que precisa ser feito é romper esta estagnação, da falta de renovação do conhecimento, em que está mergulhada a célula social em nossa comunidade.
No contato que mantenho com o empresário observo, com alegria, que alguns começam se conscientizar da necessidade de mudança da mentalidade na célula social. Isto graças ao esforço do Neopatrimonialismo, do SEBRAE, ACI (Associação Comercial e Industrial) e outras Instituições.
Mas, ainda, há muito para se fazer em renovação do conhecimento da dinâmica patrimonial.
Num ambiente empresarial onde a direção e o pessoal estão abertos ao conhecimento a tendência é ter economicidade e prosperidade na temporalidade.
Marschall, em 1931, já considerava que o mais valioso era o que se investia nos seres humanos.
Becker, 1964, e T. W. Schultz, em 1974, consideravam que o verdadeiro valor está na formação do indivíduo.
Viñegla e Peña (1998), também, ensinam que os recursos humanos se convertem em elemento chaves para o êxito das empresas e na atualidade há o convencimento que as empresas mais eficientes são aquelas que sabem combinar os elementos humanos e organizacionais.
Maldonado diz que o conhecimento constitui uma das fontes mais importantes de gerar riquezas.
E o Prof. Lopes Sá ensina (2001), sabemos todos, que um mesmo valor de capital, em um mesmo ramo de negócios, em uma mesma localidade e em um mesmo tempo pode produzir diferentes resultados se acionado por “Inteligências e Culturas” diferentes.
Não permitir o reconhecimento desta ação distinta é alhear-se à realidade das coisas.
INTELECTUALIDADE UMA RIQUEZA IMATERIAL
A célula social está composta por pessoas, riqueza material e imaterial.
A contabilidade tradicional registra o patrimônio tangível, mas, não menciona o intangível.
Sabemos que uma empresa pode valer mais que o registrado no Balanço Patrimonial, e isto é motivado por seus valores imateriais.
O valor de uma empresa tornou-se uma questão muito abstrata.
Dar lucro não é condição essencial para que um serviço, on line, valha milhões ou bilhões de reais. Os serviços on line mais valorizados, a luz das regras da economia tradicional, são nada. São feitas de computadores comuns ligados a uma rede e recebem visitas diárias de pessoa que, também, possuem computadores, não há um patrimônio físico, e esses serviços vivem da esperança de que no dia seguinte voltarão a ser visitados por milhares ou milhões de pessoas, e, neste momento tais abstrações valem dinheiro.
A força do conhecimento com suas inovações é que influenciará, também, no valor real do patrimônio.
Jerry Yang, criador do site yahoo, afirmou que quase todas as companhias que queiram ter futuro, hoje em dia, precisam estar na Internet de alguma maneira.
A intelectualidade é uma riqueza que não se registra na contabilidade tradicional, mas, ela existe no patrimônio.
INFLUÊNCIA DO CONHECIMENTO NO CAPITAL
Assim, como o patrimônio é influenciando pelo mercado, novas tecnologias, cotação do dólar, crise da energia elétrica, pelo governo, intempéries, alta do combustível etc. também, há influência interna por parte da direção e do pessoal. Sabemos que uma direção e pessoal competente terão uma influência positiva e uma direção e pessoal incompetente uma influência negativa no movimento do capital.
Para que haja influência positiva é necessário que a direção e pessoal estejam aberto a novos conhecimentos e, assim, estar em constante aperfeiçoamento.
Quanto maior o conhecimento da direção e do pessoal, menor a probalidade de erro de execução do fenômeno administrativo que vai tanger a dinâmica patrimonial.
Um fator fundamental é que a direção e pessoal tenham capacidade de adaptação à nova forma de administrar a dinâmica patrimonial. A nova forma administrativa faz parte da ciência administração, mas, interessa a contabilidade, pois, vai influenciar a dinâmica da riqueza.
Há, na atualidade, uma aproximação entre a contabilidade e a administração, mas, existe um limite entre o fenômeno contábil e o fenômeno administrativo. Para nos contadores o que interessa observar e analisar é o fenômeno patrimonial.
O comportamento do capital vai depender da influência ambiental endógena e do entorno e cada vez mais os estudiosos se aprofundam no estudo dessas influências por tanger o patrimônio da célula social.
Os estudiosos estão preocupados na mensuração da riqueza do conhecimento, pois, ela é que vai inovar ou não, a dinâmica do capital. Esta inovação é que gera a dinamização do patrimônio e pode neutralizar a ação do concorrente. Pois, hoje, a concorrência tende a se acirrar cada vez mais entre as empresas. Aquela que consegue se adaptar e se renovar constantemente terá possibilidade de sobreviver na temporalidade como as espécies na biologia e prosperar num mercado de inovações e com concorrência.
O que não fizer isto à tendência é a estagnação e desaparecer do mercado.
A renovação do conhecimento tornou-se um fator de economicidade e prosperidade. Em meu opúsculo Repensar a pequena empresa chamei atenção da necessidade da empresa se profissionalizar (departamentalizar) e na necessidade do conhecimento. (Ver Repensar a pequena empresa, Vilani, Três de Maio, 1997).
CAPITAL CLIENTE
Menciona-se, hoje, pelos estudiosos, o cliente como parte do capital intelectual.
Ele é uma riqueza imaterial e se classifica em:
- Cliente permanente.
- Cliente eventual.
O cliente permanente é aquele que faz a compra na mesma empresa. Cultivar o cliente permanente deve ser um dos objetivos da administração da célula social.
O cliente eventual é aquele que as vezes compra meio patrimonial da empresa.
Há interesse dos estudiosos em quantificar a riqueza cliente, assim, também, aos outros imateriais da célula social.
O imaterial cliente é importante ao patrimônio que sem o mesmo não haveria a compra e a venda da mercadoria e, assim, a dinâmica patrimonial.
Quem movimenta a economia é a necessidade gerada na mente da pessoa.
Há um despertar de uma melhor atenção ao cliente. Com uma maior concorrência ganha aquele que trouxer o mesmo para sua empresa e aquele que melhor souber conquistar o cliente, este terá mais chance de sobrevivência no mercado.
Para saber atrair o cliente é necessário o treinamento da direção e do pessoal em psicologia de venda, de marketing, a qualidade do meio patrimonial, preço etc.
Verifica-se, ainda, uma má qualidade de atendimento ao cliente em algumas organizações. Não só nas empresas se verifica este mau atendimento como, também, em alguns setores do serviço público e atendimento de prestação de serviço por parte de alguns profissionais liberais.
A Internet está mudando a regra de comportamento da célula social. O consumidor está no comando. Ele pode escolher, pesquisar preços, selecionar as melhores ofertas. Com a Internet ele tem poder nas mãos na hora de comprar qualquer mercadoria.
Hoje a empresa precisa mais do cliente do que o cliente da empresa. A célula social sempre precisou do cliente, mas, com a economia globalizada e a internet tornou-se a célula social mais dependente do cliente. Na visão empresarial moderna o cliente é tido como patrão.
Na valorização de uma célula social também se avalia este bem imaterial.
Duas empresas A e B com o mesmo ramo de negócios pode ter valores diferentes dependendo de sua clientela.
Cliente é uma peça chave de sobrevivência e da prosperidade patrimonial. Ele sempre foi e será um dos fatores da dinamização patrimonial. Se não houvesse o cliente a quem a empresa iria vender?
A empresa existe em função da necessidade do cliente.
A empresa existe porque existe o cliente.
O indivíduo consome se ele tem poder de consumo. O indivíduo consome dentro de um certo limite de poder de compra. Isto significa se o indivíduo ganha $ 180,00 ele pode consumir até $ 180,00. Se o indivíduo ganha $ 1000,00 ele pode consumir até $ 1000,00. A conclusão que tiramos é que quanto maior seu recurso maior seu poder de aplicações. Aumentando o consumo aumenta a dinâmica patrimonial com todas as suas conseqüências.
Para que haja crescimento da economia é necessário que o cliente tenha condições financeiras para consumir. Se ele compra mais o meio patrimonial vai girar mais.
Só há condições de comprar mais se ganhando mais. Isto é óbvio.
Para se aumentar à dinâmica patrimonial é fundamental que a comunidade tenha aumentado sua capacidade de compra.
Uma comunidade onde o indivíduo ganha $ 180,00 é diferente daquela onde o indivíduo ganha $ 1.000,00.
A necessidade e o poder de compra do consumidor vão influenciar no crescimento patrimonial da célula social e, assim, no entorno.
Em conclusão, o Neopatrimonialismo preocupa-se com tudo isto por sua visão holística e cada dia que passa vai se firmando como a Contabilidade do 3o. milênio.
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Por Werno Herckert
Colunista Brasil Escola