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Porque o vaga-lume “pisca”?
Este fenômeno, chamado bioluminescência, que consiste na produção de luz por meio de reações químicas oriundas do próprio animal, auxilia os vaga-lumes em algumas interações interespecíficas (entre uma espécie de vaga-lume e outras espécies) e intra-específicas (entre indivíduos da mesma espécie).
De uma forma geral, tanto os machos quanto as fêmeas têm condições de emitir luz. Esta capacidade, entretanto, pode variar quanto à cor, intensidade, freqüência, etc, não só de espécie para espécie, mas também no que diz respeito às diferenças existentes entre machos e fêmeas de mesma espécie.
Estudos revelam que determinadas formas de se emitir luz podem ser mais ou menos atraentes para o sexo oposto e que a bioluminescência auxilia – e muito – na escolha por parceiros sexuais. No Brasil, geralmente é a fêmea quem escolhe o macho, dando sinais luminosos específicos e imediatos em resposta aos sinais luminosos deste, emitidos a fim de atrair uma companheira, sendo que o inverso também pode acontecer.
A bioluminescência auxilia, também, no que se diz respeito à predação – tanto para evitar ser alimento de outra espécie quanto para atrair uma presa. Larvas de vaga-lume possuem órgãos luminescentes e utilizam este sinal visual para advertir sua impalatabilidade, ou seja: que não é uma refeição tão saborosa assim. Na natureza, determinadas cores e determinados sinais são “dicas” para o predador de que a presa em potencial não será um bom alimento, geralmente por possuir substâncias tóxicas ou de gosto ruim (para saber mais, leia sobre mimetismo).
Ainda sobre predação, muitos vaga-lumes imitam os lampejos de uma espécie distinta para atrair o indivíduo para fins alimentícios. Por exemplo: uma fêmea de vaga-lume de espécie X emite sinais luminescentes como se fosse uma fêmea de espécie K, para atrair um macho também K. Este, ao se aproximar é capturado pela falsa fêmea K e é devorado!
Viu como esses lampejos são importantes para os vaga-lumes?
Por Mariana Araguaia