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Herói bíblico e não menos mítico nascido na Judéia, que, embora possuidor de um dom divino, uma enorme força física, passou a história como exemplo moralista, por causa de sua fraqueza perante as mulheres. Destinado a ser nazireu, condição da pessoa escolhida por Deus que, entre outras obrigações, deveria abster-se de bebidas fortes e de cortar a barba e o cabelo, é retratado no Velho Testamento (Jz 13:16) como um dos seis juízes de Israel chamados a liderar os judeus em Canaã contra a dominação dos filisteus (1200-1000 a. C.).
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Diferente dos demais juízes agia individualmente, ou seja, não comandava exércitos. Suas aventuras começam na juventude, quando matou um leão. Depois casou-se com uma filistéia e, como era costume, propôs um enigma aos homens do povo da mulher. A jovem arrancou-lhe o segredo e, depois de traí-lo para proteger os filisteus, casou-se com outro homem. Para vingar-se do ultraje, atou archotes à cauda de raposas e as soltou entre as plantações dos filisteus, incendiando-as. Preso, rompeu as cordas que o prendiam e, armado de uma queixada de burro, matou mil inimigos. Preso novamente em Gaza, aonde fora atraído por outra mulher, escapou depois de arrancar as portas da cidade.
Finalmente apaixonou-se por Dalila, uma filistéia, a ponto de confiar-lhe o segredo de sua força extraordinária, os cabelos. Dalila vendeu o segredo e o entregou aos filisteus, depois de cortar-lhe os cabelos enquanto o herói dormia. O herói teve os olhos vazados e foi condenado a mover o moinho da prisão, pena humilhante por ser essa a função das escravas. Com os seus cabelos novamente em crescidos, ao ser exibido durante um festim no templo de Dagon, derrubou as colunas que sustentavam o teto e morreu soterrado junto com os inimigos.