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Poeta, filósofo e teólogo espanhol nascido em Palma de Maiorca, então pertencente ao reino de Aragão, considerado o maior pensador hispânico da Idade Média e considerado o fundador do orientalismo do Ocidente. De origem aristocrática e de juventude dispersiva, mudou radicalmente de comportamento após ter uma visão mística (1265).
Depois de longa peregrinação, que o levou ao norte da África e a Jerusalém, regressou a Maiorca para se dedicar ao estudo da filosofia e da teologia cristãs e da língua e do pensamento árabes. Além de numerosos tratados científicos sobre medicina, geometria e astronomia, destacou-se sobretudo pela produção literária de inspiração mística.
Após nova experiência mística (1272) no monte Randa de Maiorca, passou a escrever sua principal obra, Ars magna, coletânea de tratados, entre os quais Arbor scientiae ou A árvore da ciência, no qual postulou a existência de princípios científicos gerais nos quais se englobavam os saberes particulares.
Dedicando-se totalmente ao trabalho missionário de pregação de sua Ars Magna para converter infiéis pela via da razão, foi apedrejado em Bugia, Tunísia, e morreu em conseqüência dos ferimentos na viagem de regresso à cidade natal. Sua obra foi decisiva no desenvolvimento da literatura catalã e da mística cristã e influenciou fundamentalmente o racionalista alemão Leibniz, na elaboração de sua teoria metafísica.