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Psicanalista brasileiro nascido na cidade paulista de Amparo, pioneiro na utilização da laboterapia e que teve papel decisivo para a introdução da Psicanálise no Brasil. Filho do Doutor José Joaquim Franco da Rocha e de Dona Maria Isabel Galvão Bueno Franco da Rocha, concluiu a graduação na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e doutorou-se pela Universidade de São Paulo. Iniciou sua carreira de médico preocupando-se com o tratamento dos doentes mentais. Foi pioneiro na utilização da laboterapia, um tipo de tratamento que não feria a dignidade dos pacientes, com o auxílio de trabalhos como a manutenção de hortas e pomares outras atividades manuais, sendo que para desenvolver esse tipo de tratamento, ajudou a fundar um Asilo Colônia.
A unidade começou a ser construída (1895), com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, uma área de 150 hectares, com capacidade inicial de 800 leitos, em um terreno de à margem da linha férrea, próximo à estação Juqueri. Este espaço foi inaugurado com o nome de Hospital Asilo Colônia (1898), mas só concluído seis anos depois. Hoje é chamado de Hospital Psiquiátrico do Juqueri, na Vila Juqueri, atual município de Franco da Rocha, nome esse dado ao município em sua homenagem (decreto lei 6.693 de 21/09/1934). A direção foi entregue ao grande psicanalista que passou a morar no local com a família e lá criou seus seis filhos, junto com a esposa Dona Leopoldina Lorena Ferreira Franco da Rocha. Na virada do século conheceu às idéias de Freud e iniciou seus estudos psicanalíticos propriamente ditos, e obteve destaque também na carreira acadêmica.
Foi o primeiro professor de Neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina de São Paulo (1918-1923). Na aula inaugural, discorreu sobre as idéias de Freud, porém nesse campo foi apenas um estudioso, sem praticá-las profissionalmente. Com o amigo Durval Marcondes ajudou a funda a Sociedade Brasileira de Psicanálise (1927), a primeira instituição psicanalítica da América Latina, e um passo decisivo para o desenvolvimento da área, no Brasil. Aposentou-se do cargo de Diretor do Hospício de Juqueri (1923), aos 58 anos de idade, e anos depois, por iniciativa de discípulos e amigos, foi erguida uma herma do mestre, busto em que o peito, as costas e os ombros são cortados por planos verticais, em bronze, no saguão do hospital (1928). Autor de uma vasta bibliografia encontrada no Índice Bibliográfico Brasileiro de Psiquiatria, faleceu em São Paulo, em conseqüência de enfisema pulmonar, aos 69 anos de idade, em 8 de novembro (1933).