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Líder revolucionário colonial brasileiro nascido em Portugal, que viveu em Vila Rica, hoje Ouro Preto, e que liderou a chamada revolta de Vila Rica (1720), movimento político no Brasil colonial contra a proibição pelo governador português da capitania de Minas, Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar, da saída de ouro em pó da região das Minas, e que resultou na sua condenação e execução. A lei de 11 de fevereiro (1719), obrigava a transformação do ouro em pó em barras de ouro nas casas de fundição locais e, assim, só podiam ser negociadas barras cunhadas com as armas do rei e com desconto de um quinto do montante, que ficava para a coroa.
Em 28 de junho (1720) teve início a revolta em Vila Rica, quando cerca de 2 000 revoltosos dirigiram-se para Ribeirão do Carmo, atual Mariana, e pressionaram o governador para que atendesse às suas exigências. Este concordou com os pedidos dos revoltosos, pois não contava com forças armadas para enfrentá-los. Assim que conseguiu reunir tropas suficientes, o governador voltou atrás e esmagou a revolta, mandando prender os cabeças do movimento.
Os revoltosos que foram presos e o local onde costumavam se refugiar os mascarados, o arraial do Morro, em Ouro Podre, foi incendiado. Os revoltosos foram posteriormente perdoados, mas seu chefe, preso em Cachoeira do Campo, foi condenado à morte, enforcado em Vila Rica no mês seguinte e teve o corpo atado às caudas de quatro cavalos e esquartejado. A pena foi considerada excessiva pelas autoridades portuguesas, mas o conde de Assumar justificou o rigor pela necessidade de dar exemplo e intimidar a população.