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Político aristocrata italiano nascido em Casatico, perto de Mântua, que por meio de uma única obra, Il Libro del cortegiano ou O cortesão (1528), tornou-se o árbitro das maneiras aristocráticas do Renascimento e ofereceu o modelo do novo cavalheiro da época. De descendência nobre, teve educação humanística e estudou latim e grego em Milão. Na corte de Ludovico, teve seus primeiros contatos com o cotidiano palaciano, suas atribulações e benesses. Participou, ao lado dos franceses, da batalha de Gagliano contra os espanhóis (1503) e neste mesmo ano foi convidado para a Corte de Urbino, para o serviço de Guidobaldo de Montefeltro, duque de Urbino.
Nesta corte, a serviço de Giuliano de Médici, importante membro da nobreza da época, foi enviado em diversas missões oficiais da Corte, ao mesmo tempo em que pode também se dedicar aos trabalhos literários. Foi embaixador na Inglaterra e na França e, mais tarde, acompanhou em campanhas militares, Francesco Maria della Rovere, sucessor de Guidobaldo. Durante sua estada em Urbino teve contato com alguns dos maiores intelectuais da época, como Pietro Bembo, e escreveu, entre outras obras, a écloga dramática Tirsi (1506). Enviado a Roma pelo Duque de Urbino (1513) como embaixador à corte do papa Leão X, ali iniciou seu célebre Il cortegiano, obra concluída cinco anos depois em Mântua, e só publicada cinco anos depois (1528).
Com a queda do duque (1516) foi obrigado a retornar para Mântua, junto ao marquês Francesco, e passou a trabalhar também para marquês Federico Gonzaga. Novamente foi enviado a Roma (1520), conseguindo fazer com que o Federico fosse nomeado capitão-geral da Igreja. Depois (1524), foi nomeado por Clemente VII protonotário apostólico e enviado como núncio para a Espanha, mas no exercício de sua função perdeu prestígio (1527) perante o papa, por não ter previsto e anunciado o saque de Roma pelas tropas do imperador Carlos V da Alemanha, o Carlos I da Espanha, embora posteriormente tenha sido perdoado.
No ano seguinte publicou em Veneza, seu mais famoso livro: Il Libro del cortegiano (1528). Morreu aos 50 anos (1529), de febres provocadas por uma peste, em Toledo, Espanha, sendo seu corpo transportado para o santuário mantuano de Nostra Signora delle Grazie, conforme vontade expressa num testamento (1523), onde mandara construir um monumento fúnebre.