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Rei português nascido em Sintra, apelidado Afonso, o Africano, por suas campanhas expansionistas no norte da África. Filho de D. Duarte e da rainha Leonor, filha de Fernando I de Aragão. Com a morte do pai, aos seis anos assumiu o trono sob a regência de sua mãe (1438-1440) e de seu tio D. Pedro, duque de Coimbra (1440-1448), com cuja filha Isabel se casou.
Desprezando o projeto da burguesia mercantil empenhada nas grandes navegações aliou-se à aristocracia rural e deu prioridade à expansão portuguesa em Marrocos. Assim, interveio no norte da África, tomando Alcácer Ceguer (1458), além de Arzila e Tânger (1471) e por isso foi apelidado Afonso o Africano e se intitulou rei de Portugal de aquém e além mar em África.
Depois da morte de Leonor, casou-se com Joana a Beltraneja, filha de Henrique IV de Castela, e passou a apoiá-la na disputa pelo trono de Castela contra seus tios Isabel e Fernando, os reis católicos, que então pugnavam pela centralização do poder espanhol e apoiavam os decobrimentos marítimos, chegando a atacar Castela (1475) mas foi derrotado em Toro (1476), abdicou do trono em favor de seu filho João, o João II, e morreu em Sintra deste mesmo ano, , antes que as cortes portuguesas pudessem ratificar sua abdicação.