Suécia, chamada também de Reino da Suécia, é um país europeu localizado no norte do continente. Faz parte da região da Escandinávia, onde faz fronteira com a Noruega e a Finlândia. Trata-se de um país de climas frio e temperado, além de relevo colinoso. Conta atualmente com mais de 10 milhões de habitantes, maioria dos quais vive nas áreas urbanas. Estocolmo, sua capital, é também a cidade mais populosa. A Suécia é conhecida pela elevada qualidade de vida e renda média dos cidadãos, além de uma economia altamente desenvolvida centrada no setor de serviços e na indústria de precisão.
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Suécia é um país europeu da região da Escandinávia.
Sua capital é a cidade de Estocolmo.
É banhado pelo Báltico e faz fronteira com a Noruega e a Finlândia.
Seus climas predominantes são o temperado e subártico.
Seu relevo é formado predominantemente por colinas e morros.
Possui inúmeros rios, lagos e geleiras.
Nele vivem mais de 10,1 milhões de pessoas, a maioria delas concentrada na região sul.
Trata-se de um país urbanizado. A maior cidade é a capital, com 1,6 milhão de habitantes.
Sua economia é uma das mais desenvolvidas do mundo. Baseia-se no setor terciário e na indústria de precisão.
É membro da União Europeia, mas não adota o euro como moeda oficial.
Apresenta ótimos índices de qualidade de vida.
Nome oficial: Reino da Suécia
Gentílico: sueco
Extensão territorial: 438.574 km²
Localização: norte da Europa
Capital: Estocolmo
Clima: temperado continental, temperado oceânico e subártico
Governo: monarquia constitucional parlamentarista
Divisão administrativa: 21 condados
Idioma: sueco
Religiões:
Igreja Luterana da Suécia: 57,6%;
outras: 8,9%;
nenhuma ou não especificado: 33,5%.
População: 10.160.000 habitantes (ONU, 2021)
Densidade demográfica: 24,8 hab./km²
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,945
Moeda: Coroa sueca
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 660,92 bilhões (FMI, 2022)
PIB per capita: US$ 61.680 (FMI, 2022)
Gini: 0,288
Fuso horário: GMT+1
Relações exteriores:
A Suécia é um país europeu localizado no norte do continente. Sua capital é a cidade de Estocolmo. O país faz parte da região geográfica e histórica conhecida como Escandinávia, formada também pela Noruega e Dinamarca.
O país estabelece divisas territoriais com a Noruega e também com a Finlândia, respectivamente a oeste e a nordeste, além de ser banhado pelo mar Báltico nas regiões do golfo de Bótnia, formado entre os territórios sueco e finlandês, e dos estreitos de Kattegat e Skagerrak, que separam a península da Escandinávia (região geográfica) da península da Jutlândia, onde fica a Dinamarca.
Várias ilhas se encontram ao longo da costa sueca, das quais se destaca o arquipélago de Estocolmo, maior do Báltico.
Os climas na Suécia variam de subártico, no norte, região situada imediatamente acima do Círculo Polar Ártico, a temperado continental, na maior parte do território, e temperado oceânico, no sul.
No geral, os verões são chuvosos e amenos, com temperaturas médias de 15 ºC, enquanto os invernos são secos e muito frios. Os termômetros nessa estação marcam de 0 a -5 ºC em média, com mínimas que chegam até -30 ºC em cidades do extremo norte da Suécia. Além disso, são comuns a ocorrência de precipitação na forma de neve e o congelamento das águas superficiais de rios e lagos.
O relevo da Suécia é composto por colinas e morros em sua maioria, com altitude média de 320 metros. As montanhas e vales encaixados são predominantes no norte e na faixa oeste do país, representando uma fronteira física entre os territórios sueco e norueguês. As planícies e terras baixas compõem o relevo da região sul do país.
As florestas temperadas e a vegetação característica do bioma taiga (floresta de coníferas) são as formações predominantes na Suécia. Com 68,7% de suas terras recobertos por florestas, a Suécia é atualmente o país com a maior área florestada de toda a Europa.
A Suécia é conhecida pela sua densa rede hidrográfica, composta por vários rios e lagos, além dos inúmeros glaciares (ou geleiras) que se formam nas regiões mais frias do país. O rio Torne é o mais longo do país, e percorre aproximadamente 324 km entre a Suécia e a Finlândia. Destacam-se ainda os rios Dalälven, Ume e Kalix.
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A Suécia é o país mais populoso da Escandinávia e o 15º do continente europeu, com 10.160.000 habitantes. Devido principalmente ao clima, a população sueca não se encontra homogeneamente distribuída pelo território, com grande concentração nas cidades localizadas ao longo da costa e também ao sul, padrão favorecido pelo clima agradável nessas áreas e pela maior proximidade com a Europa continental.
Podemos afirmar que a Suécia é um país urbanizado, já que a sua taxa de urbanização é atualmente de 88,5%. A capital do país, Estocolmo, é a sua cidade mais populosa. Nela vivem 1.608.000 de habitantes, quase 16% de todos os moradores da Suécia. A cidade é banhada pelo Báltico, e fica situada na costa sudeste. Outras grandes cidades suecas são Gotemburgo, Malmoe e Uppsala.
O território sueco recebe uma quantidade significativa de migrantes todos os anos, a 22ª maior taxa migratória em todo o mundo. Desde meados da década de 1980, o país é conhecido por recepcionar migrantes e refugiados de países imersos em crises políticas ou econômicas, guerras civis e outros conflitos, vindos principalmente do Oriente Médio, do norte da África e da América do Sul. Considerando a migração e o crescimento vegetativo, a Suécia apresenta um crescimento populacional anual de 0,74%.
A Suécia possui uma economia moderna e com elevado grau de competitividade que combina os atores privados que compõem o mercado com Estado, o que a caracteriza como mista. O Produto Interno Bruto (PIB) do país é de 660 bilhões de dólares, e o seu valor per capita, que é de 68 mil dólares, está entre os mais elevados do mundo. O país é um dos membros da União Europeia desde 1995. Apesar disso, não faz parte da Zona Euro, o que significa que a Suécia possui moeda nacional própria, que é a coroa sueca.
O setor terciário, do comércio e dos serviços, responde por 65,4% do valor do PIB e emprega mais de 85% da mão de obra sueca. Tem destaque o turismo, com os mais de sete milhões de visitantes que chegam ao país por ano.
A indústria da Suécia é responsável por 33% do PIB e também por grande parte das exportações destinadas sobretudo a outros países europeus (Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Reino Unido), aos Estados Unidos e à China. A Suécia é uma grande produtora de:
instrumentos de precisão (principalmente para o setor das telecomunicações);
veículos motorizados;
ferro e aço;
papel e polpa de madeira;
petróleo refinado.
A agropecuária representa 1,6% do PIB, com a produção de:
trigo;
batata;
cevada;
cereais;
leite;
carnes.
A principal atividade desenvolvida pelo setor primário sueco é a silvicultura, que corresponde ao manejo e extração dos recursos florestais, especialmente, no caso da Suécia, da madeira e celulose.
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A cultura da Suécia é bastante rica e diversa, influenciada pelos costumes e tradições dos povos originários da Escandinávia, de outros países europeus e também dos imigrantes oriundos de diversas partes do mundo e que lá vivem. Além dos suecos, a população do país é composta por sírios, iraquianos, finlandeses e pessoas de outras nacionalidades. O sueco é o idioma oficial falado em todas as regiões, enquanto o finlandês, romani, iídiche, meänkieli e sámi são considerados idiomas minoritários oficiais.
Entre as celebrações tradicionais estão o Festival de Verão (Midsummer), o Walpurgis, de origem pagã e que festeja a chegada da primavera, o Natal e o Dia Nacional da Suécia, que acontece todos os anos, em 6 de junho. A música é uma importante manifestação cultural da Suécia, que apresenta nomes de grande reconhecimento internacional, sendo o grupo ABBA, formado na década de 1970, o mais famoso deles, bem como estilos e ritmos característicos do país, como o folk e o metal com seus subgêneros. A Suécia tem ampla tradição também na dança, no teatro e na literatura.
A Suécia é um dos países mais desenvolvidos do mundo, aspecto esse que pode ser percebido pelo seu IDH, atualmente de 0,945 (muito alto). A qualidade de vida no país é maior do que em muitas nações da OCDE, e sua performance se destaca em algumas áreas, como é o caso da educação, que recebe 7,6% de investimentos derivados do PIB, saúde (a expectativa de vida no país é de 82,6 anos), segurança, e, sobretudo, proteção ambiental.
O acesso aos serviços básicos é amplo e abrange quase toda a população urbana e cerca de 91% da população rural, de acordo com os dados da ONU. A energia elétrica consumida nas residências e estabelecimentos suecos é oriunda principalmente de fontes renováveis, que compõem 74% da matriz energética, com maior participação das hidrelétricas. As usinas termelétricas e nucleares têm também papel importante na geração e distribuição de energia no país.
Já nos transportes, a Suécia se utiliza de todos os modais: ferroviário, rodoviário, hidroviário e aquaviário, tendo a 13ª maior rede de rodovias do mundo (573 mil km).
A Suécia é uma monarquia constitucional parlamentarista. A função de chefe de Estado é desempenhada pelo monarca. A sucessão ao cargo nesse caso se dá por meio dos laços familiares, isto é, hereditariamente. O chefe de governo da Suécia é o seu primeiro-ministro, comumente o líder do partido ou coalizão majoritária do Parlamento. O parlamento sueco é chamado de Riksdag, e se trata de um órgão unicameral composto por 349 deputados eleitos por meio do voto direto.
A região da Escandinávia, onde fica a Suécia, começou a ser habitada há pelo menos 10 mil anos antes da era comum. Os povos e culturas se encontravam já bem estabelecidos no sul do território sueco por volta do ano 2000 a.C., gradualmente ampliando-se também para as terras mais ao norte. Os povos suíones, já no primeiro século da era atual, eram reconhecidos pelo seu poderio militar e pelas suas frotas marítimas.
O período subsequente é conhecido como a era dos vikings, que se concentravam principalmente na região da província de Uppland, próximo da costa leste, que dá acesso ao mar Báltico. O comércio de longa distância, realizado através de rotas pelos mares Báltico, Mediterrâneo e Negro, que conectam a Suécia com os territórios orientais, sobretudo no Leste Europeu, é o que caracterizou o intervalo que foi do século VII ao IX, assim como as incursões dos vikings em outros territórios europeus.
O cristianismo foi introduzido na Suécia entre os séculos XI e XII, período em que foi amplamente difundido por toda a península escandinava. Em 1397, o território sueco passou a integrar a União de Kalmar, que constituía um único reino formado pela Suécia, Dinamarca e Noruega. A independência sueca aconteceu, em 6 de junho de 1523, com a chegada ao poder do rei Gustav I Vasa. A Suécia se tornou, já no século XVII, uma das principais potências militares da região norte da Europa, status esse que perdeu forças com a derrota na Grande Guerra do Norte (1700-1721), que culminou no fim do Império Sueco.
No início do século XIX, em 1809 mais precisamente, a Suécia se tornou uma monarquia constitucional, unindo-se com a Noruega no ano de 1814. A separação aconteceu quase 90 anos mais tarde, e o território sueco adquiriu as fronteiras que atualmente conhecemos. A Suécia é hoje uma das nações mais desenvolvidas da Europa e do mundo, reconhecida por uma economia mista e pela elevada qualidade de vida de sua população.
O nome Suécia (do sueco, Sverige) é derivado dos svear ou suíones — povos germânicos que viviam na região centro-sul do atual território sueco por volta do ano de 98 da era comum. Suas terras eram originalmente chamadas de Svithjod (ou Svitjod), recebendo posteriormente a denominação atual.
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O químico Alfred Nobel (1833-1896) nasceu em Estocolmo, na Suécia. Foi ele o criador do Prêmio Nobel.
A Suécia possui quase 270 mil ilhas, que representam 3% de sua área territorial.
O monte Kebnekaise é o ponto culminante da Suécia. Ele fica a cerca de 2100 metros acima do nível do mar.
Existe um hotel feito de gelo na Suécia. Ele fica na vila de Jukkasjärvi, no norte do país.
Do final de maio até meados de julho, o dia dura 24 horas nas áreas situadas acima do Círculo Polar Ártico. Em áreas mais ao sul, como na capital, não escurece por completo no período da noite e madrugada.
O oposto ocorre em dezembro, quando a luz do dia tem duração de apenas cinco horas no sul, enquanto o extremo norte do país experimenta várias horas de escuridão e um curto período de crepúsculo.
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/geografia/suecia.htm