Vidraria de laboratório

As vidrarias de laboratório são instrumentos utilizados para a realização de experimentos científicos, com o fim de garantir a precisão e exatidão dos resultados.

As vidrarias de laboratório são ferramentas indispensáveis para o trabalho científico, sendo usadas para medir, aquecer, misturar e armazenar substâncias. Para isso, elas são feitas, em geral, de vidro resistente ao calor e a produtos químicos, como o borossilicato.

Béqueres, pipetas, erlenmeyers e buretas são apenas alguns exemplos desses instrumentos que garantem tanto a precisão dos experimentos quanto a segurança dos pesquisadores.

Além disso, é importante consultar as normas de segurança técnica disponíveis a fim de se garantir a utilização correta, bem como o sucesso das análises químicas e biológicas, promovendo resultados confiáveis e seguros no ambiente laboratorial.

Leia também: Afinal, o que é o soluto e o que é o solvente em uma solução?

Resumo sobre vidrarias de laboratório

Nomes das vidrarias de laboratório

Segue a lista abaixo com os nomes das principais vidrarias encontradas em laboratórios de pesquisa e ensino de Química:

Função das vidrarias de laboratório

No laboratório de Química, o uso de vidrarias é fundamental para a realização de experimentos, nos quais cada peça tem uma função específica, ajudando, por exemplo, a garantir precisão e segurança. Sendo assim, falaremos um pouco sobre a função das principais.

Béqueres de diferentes tamanhos, exemplos de vidrarias de laboratório.

Erlenmeyers de diferentes tamanhos, exemplos de vidrarias de laboratório.

Pipetas volumétricas, exemplos de vidrarias de laboratório.
As pipetas variam de tamanho de acordo com a capacidade volumétrica.
Pipetas graduadas, exemplos de vidrarias de laboratório.
As pipetas graduadas têm marcações indicando diferentes volumes.
Provetas de tamanhos diferentes, exemplos de vidrarias de laboratório.
As provetas têm uma base que possibilita deixá-las fixas enquanto são preenchidas.[1]
Buretas de tamanhos diferentes, exemplos de vidrarias de laboratório.
As buretas possibilitam controlar a velocidade de uma reação.

Dois funis de vidro, exemplos de vidrarias de laboratório.

Funil de separação de vidro, exemplo de vidraria de laboratório.
A torneira na base do funil permite controlar a vazão durante a separação dos líquidos.
Balão de fundo redondo, exemplo de vidraria de laboratório.
Balão de fundo redondo conectado a um evaporador rotativo.
Balões volumétricos de diferentes volumes, exemplos de vidrarias de laboratório.
Balões volumétricos de diferentes volumes.
Kitassato, exemplo de vidraria de laboratório.
A saída lateral do kitassato serve para conectar uma bomba a vácuo para o processo de filtração.[2]
Condensador, exemplo de vidraria de laboratório.
O condensador tem saídas laterais para conectar o fluxo de água que resfriará os vapores.
Tubos de ensaio, exemplos de vidrarias de laboratório.
Geralmente os tubos de ensaio são acondicionados em uma estante para facilitar o seu manuseio.
Vidro de relógio com substância, exemplo de vidraria de laboratório.
Vidro de relógio com substância a ser pesada.
Cadinho, exemplo de vidraria de laboratório.
O cadinho pode ser exposto diretamente a chamas, como em bicos de Bunsen.
Pistilo dentro do almofariz, exemplo de vidraria de laboratório.
Pistilo dentro do almofariz.
Funil de Büchner, exemplo de vidraria de laboratório.
O funil de Büchner é específico para filtração a vácuo.
Dessecadores, exemplos de vidrarias de laboratório.
No dessecador, o agente dessecante fica na parte inferior do recipiente.
Espátulas em texto sobre vidrarias de laboratório.
Espátulas com extremidades maiores permitem o manuseio de uma maior quantidade de amostras.[3]
Pisseta usada para lavar vidrarias de laboratório.
Embora não seja uma vidraria, a pisseta é um item essencial nos laboratórios.

Vidrarias mais utilizadas para medir volume com precisão

Dentre as dezenas de vidrarias existentes em um laboratório, existem aquelas específicas para medir volumes com precisão, por exemplo:

Veja também: Quais são os métodos usados para separar misturas?

Como limpar as vidrarias de laboratório?

O processo de limpeza das vidrarias laboratório deve seguir procedimentos específicos para cada tipo a fim de garantir a precisão dos experimentos e evitar contaminações. Isso não apenas ajuda a remover resíduos de substâncias químicas como também mantém a segurança no ambiente. A seguir, destacamos as etapas necessárias para uma boa limpeza:

  1. Antes de começar a limpeza, é importante descartar corretamente os resíduos presentes na vidraria. Por exemplo, nunca despeje substâncias químicas diretamente no ralo! Siga as normas do laboratório para o descarte adequado, utilizando recipientes próprios para resíduos, especialmente os corrosivos ou tóxicos.

  1. Após o descarte, enxágue a vidraria com água corrente para remover o máximo de resíduos possível. Isso facilita a limpeza com detergente e evita que substâncias reagentes permaneçam na superfície do vidro.

  1. Lave a vidraria com detergente neutro e uma escova específica para laboratório que tenha o tamanho adequado para cada vidraria. A escova é essencial para alcançar o interior de frascos, balões e tubos de ensaio. Além disso, tenha cuidado para não usar materiais abrasivos que possam arranhar o vidro, pois isso pode comprometer futuras medições e experimentos.

  1. Após a lavagem com detergente, é necessário realizar o enxágue com água destilada, uma vez que a água da torneira pode conter impurezas, que, mesmo em pequenas quantidades, podem interferir em experimentos futuros.

  1. Deixe as vidrarias secarem ao ar livre, preferencialmente em um escorredor apropriado para laboratório, em que possam escorrer completamente. Evite usar panos, pois eles podem deixar fibras que contaminariam a vidraria. Contudo, se necessário, pode-se secar a vidraria com uma estufa em baixa temperatura.

  1. No caso de vidrarias usadas para substâncias voláteis ou que deixem resíduos oleosos, pode ser necessário o uso de solventes apropriados (como álcool ou acetona) antes da secagem para garantir que o material fique totalmente limpo.

Do que são feitas as vidrarias de laboratório?

As vidrarias de laboratório são, em sua maioria, feitas de vidro borossilicato, um tipo de vidro resistente ao calor, a choques térmicos e a substâncias químicas corrosivas. Ele é utilizado porque tem uma baixa expansão térmica, ou seja, não quebra facilmente ao ser aquecido ou resfriado rapidamente, o que é essencial em muitos experimentos. Além disso, esse vidro garante a segurança e durabilidade nas vidrarias, permitindo o uso delas em uma ampla variedade de reações químicas e em diferentes temperaturas.

Saiba mais: O que pode alterar a velocidade de uma reação química?

Equipamentos de laboratório

Assim como as vidrarias, os equipamentos de laboratório são instrumentos essenciais para realizar experimentos de forma precisa e segura. A seguir, citamos os principais:

Balança analítica em texto sobre vidrarias de laboratório.
A balança analítica pode medir com precisão de até quatro casas decimais (0,0001 g).[4]
Cientista manuseando pHmetro em texto sobre vidrarias de laboratório.
O pHmetro tem um eletrodo que é inserido na amostra, fornecendo resultados rápidos e precisos.
Cientista manuseando centrífuga em texto sobre vidrarias de laboratório.
A centrífuga é um instrumento de separação de misturas.
Agitador magnético em texto sobre vidrarias de laboratório.
O agitador magnético faz com que o imã em forma de barra gire dentro da solução, agitando-a.
Cientista fazendo experimentos em capela de exaustão, em texto sobre vidrarias de laboratório.
A capela de exaustão garante a segurança do usuário durante a manipulação de substâncias voláteis ou perigosas.
Bico de Bunsen com chama acesa, em texto sobre vidrarias de laboratório.
A chama do bico de Bunsen pode ser ajustada para diferentes intensidades, dependendo da necessidade do experimento.
Termômetro digital em texto sobre vidrarias de laboratório.
O termômetro digital é mais seguro e preciso que termômetros de mercúrio.

→ Videoaula sobre materiais e equipamentos de laboratório

Créditos das imagens

[1] Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

[3] Wikimedia Commons

[4] Wikimedia Commons

Fontes

FELTRE, Ricardo. Aprendendo mais sobre o laboratório de Química. In: QUÍMICA GERAL. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. v. 1, p. 37–38.

GAVETTI, Sandra Mara Vieira de Camargo. Guia para utilização de laboratórios químicos e biológicos. Sorocaba: UNESP, 2013. Disponível em: https://www.sorocaba.unesp.br/Home/CIPA/Treinamento_para_utilizacao_de_laboratorios_quimicos_e_biologicos_leitura.pdf.

OLIVEIRA, Iara et al. De onde vêm os nomes das vidrarias de laboratório?. Química Nova, [s. l.], v. 41, n. 8, p. 933–942, 2018.

PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Materiais de laboratório e segurança. In: Química Geral e Inorgânica. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. p. 39–41.


Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/quimica/vidrarias-laboratorio.htm