Vulcões são estruturas geológicas constituídas de massa de rocha fundida, devido às altas temperaturas em seu interior. Basicamente representam uma abertura na superfície terrestre capaz de expelir material magmático e gases vindos do interior do planeta.
As erupções vulcânicas podem causar bastante destruição, especialmente quando sua área é habitada. Nem toda região do planeta há vulcões, e sua formação e distribuição estão relacionadas à existência das placas tectônicas.
Visualmente os vulcões assemelham-se a montanhas, podendo até ser confundidos, especialmente quando se encontram inativos. Contudo, são estruturas diferentes desde a sua formação até a sua composição. Os vulcões podem ser localizados tanto nos continentes quanto nos oceanos, e o estudo dessas estruturas é bastante relevante para compreender os eventos ocorridos no interior da Terra.
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A formação dos vulcões está associada com a existência das placas tectônicas. Sabe-se que a litosfera terrestre não é formada por bloco rochoso único e imóvel. A Terra é formada por grandes blocos semirrígidos que se movimentam sobre o manto, de maneira lenta ou contínua. Essa movimentação pode fazer com que essas placas aproximem-se ou afastem-se uma das outras.
Essa movimentação acontece devido às altas temperaturas no interior do planeta. O calor desencadeia uma movimentação circular do manto (movimento convectivo), fazendo com que o calor existente no núcleo terrestre seja transferido para as outras camadas da Terra. Assim, provoca a movimentação das placas situadas sob o manto.
Quando as placas tectônicas chocam-se, ocorrendo o chamado movimento convergente, a placa mais densa afunda-se retornando ao manto e sofrendo fusão, enquanto a outra placa, ao sofrer pressão no sentido oposto, origina então dobras na crosta terrestre. Essas dobras dão origem a pequenas ilhas vulcânicas na chamada zona de subducção. Assim, é possível afirmar que a ocorrência dos vulcões está associada às regiões de limite entre as placas tectônicas.
A Placa do Pacífico que se desloca para o norte choca-se com a Placa Norte-Americana, e nessa região localizam-se, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), aproximadamente, 60% dos vulcões ativos do planeta (Anel de Fogo do Pacífico). Já a Placa de Nazca choca-se contra a placa Sul-Americana, e nessa região formaram-se vulcões e cordilheiras. A Placa Africana choca-se com a Placa Eurasiana.
Vale dizer que não é apenas o movimento de aproximação que provoca a formação de vulcões. O afastamento das placas tectônicas provoca a formação de vulcanismo submarino à medida que o fundo oceânico expande-se, de acordo com o CPRM.
Outro ponto importante a ser abordado é que não há ocorrência de vulcões apenas nos limites entre as placas. Podem encontrar-se em pontos quentes, nas regiões no interior da placa. Esses pontos são chamados e conhecidos, em inglês, de hot spot, havendo possibilidade de ascensão do magma. Um exemplo disso são os vulcões localizados no Havaí.
Os vulcões, formados principalmente por silicatos que se misturam com vapor d'água e gás, possuem uma estrutura que se liga a uma câmara subterrânea profunda. Basicamente, os vulcões são constituídos de:
Câmara magmática
Chaminé
Cone vulcânico
Cratera
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Os vulcões diferem-se em sua forma e também quanto ao tipo de erupção (que pode ser explosiva, efusiva, mista ou catastrófica) e quanto ao material expelido (como as erupções havaiana, estromboliana, vulcaniana, pliniana, entre outras).
Os principais tipos são:
Vulcão-escudo: é capaz de expelir enormes quantidades de material magmático que percorrem longas distâncias, formando uma larga montanha remetente a um escudo.
Cone de escória: é o mais comum, apresenta menores dimensões, e o magma expelido é de baixa viscosidade.
Estratovulcões: possui o formato de um cone, sendo, portanto, ingrime. Mantém-se em longa atividade, sua lava expelida é de alta viscosidade e, por vezes, ascende-se ao exterior do vulcão de forma violenta.
Caldeira: possuiu um grande diâmetro, entre 15 km2 e 100 km2, podendo ser formado em horas ou dias. É caracterizado pela saída violenta de gases do interior do planeta.
Vulcão submarino: encontra-se no fundo oceânico e é responsável pela formação de um novo assoalho.
Classificação quanto a sua atividade:
→ Ativo: apresenta atividade, ou seja, demonstra sinais de instabilidade.
→ Dormente: não está em atividade, contudo, pode ser que, em um dado momento, volte a apresentar sinais de instabilidade.
→ Extinto: possivelmente não apresentará sinais de atividade.
As forças internas da Terra provocam a erupção vulcânica. O movimento das placas é estimulado pela agitação do material magmático, provocada pelas altas temperaturas do interior da Terra. A movimentação faz com que o material magmático eleve-se, atingindo a superfície. Esse material, por vezes, é chamado de lava, sendo composto por metais como ferro e magnésio.
Você sabia que há uma relação entre terremotos e a distribuição dos vulcões? E você sabe o que são terremotos? Vamos entender. Terremoto é, de maneira geral, um abalo sísmico, ou seja, tremores provocados na superfície terrestre de alta ou baixa intensidade. Esses abalos podem ocorrer devido à movimentação das placas tectônicas e também pela atividade vulcânica que libera forças acumuladas.
As regiões onde as placas tectônicas convergem-se provocam acúmulo de pressão e descarga de energia, acionando então o vulcão. A intensidade da erupção vulcânica pode então provocar tremores na superfície, portanto, o terremoto.
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Para o alívio de muitos, não! Não existem em território brasileiro nenhum vulcão ativo. Contudo, o vulcanismo já existiu no Brasil no fim da Era Mesozoica, segundo o CPRM, especificamente nas regiões Sul e Sudeste do país. Nessas são encontradas rochas basálticas.
O país atualmente tem sua área continental sobre a placa tectônica Sul-Americana, portanto, não está entre um encontro de placas, não havendo então formação de vulcões.
De acordo com o CPRM, existem cerca de 20 vulcões em atividade no mundo todo.
Em Marte há um vulcão, o Monte Olimpus, com cerca de 26 km de altura, além de outros três vulcões.
Segundo o CPRM, nos últimos 250 anos, houve cerca de 90 tsunamis provocados por erupções vulcânicas.
Há cerca de um vulcão, a cada 100 km, na Cordilheira dos Andes.
A ciência que estuda os vulcões é a Geologia, especificamente a Vulcanologia.
Os vulcões mais perigosos do mundo são: Vesúvio (Itália); Eyjafjallajökull (Islândia); Sakurajima (Japão); Kilauea (Havaí); e Merapi (Indonésia).
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/geografia/vulcoes.htm