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Relações ecológicas

Relações ecológicas são interações que ocorrem entre os seres vivos. Essas interações podem ser benéficas ou trazer malefícios a um dos envolvidos.

Relações ecológicas são interações que ocorrem entre os seres vivos. Elas podem ocorrer tanto entre indivíduos de uma mesma espécie quanto entre organismos de espécies diferentes. É denominada relação ecológica harmônica quando nenhum dos organismos envolvidos é prejudicado na interação, e desarmônica, quando há prejuízo para, pelo menos, um dos envolvidos.

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Resumo sobre relações ecológicas

O que são relações ecológicas?

Em uma comunidade, os seres vivos estabelecem interações entre si. Essas interações são denominadas relações ecológicas e podem ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie (intraespecíficas) ou entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas).

As relações ecológicas podem beneficiar todos os envolvidos, beneficiar apenas um dos envolvidos e não causar nenhum benefício ou prejuízo para o outro, ou, ainda, beneficiar apenas um dos envolvidos e prejudicar o outro. Quando uma relação não provoca prejuízo para nenhum dos envolvidos, ela é chamada de harmônica. Já as relações em que, pelo menos, um dos envolvidos sofre alguma desvantagem são chamadas de desarmônicas.

Mapa Mental: Relações Ecológicas

Mapa Mental: Relações Ecológicas

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Relações ecológicas intraespecíficas

As relações ecológicas intraespecíficas ocorrem entre organismos de uma mesma espécie. Elas podem ser harmônicas, como a sociedade e a colônica, ou desarmônicas, como a competição intraespecífica e o canibalismo.

Abelhas trabalhando na colmeia.
As abelhas vivem em sociedade.

Nas colmeias é possível verificar três castas, as quais realizam tarefas bem definidas. A rainha é a única fêmea que se reproduz na colmeia. As operárias são fêmeas que realizam diferentes atividades, como produção de cera, coleta de néctar e pólen e alimentação dos indivíduos em fase larval. Por fim, temos o zangão, que atua garantindo a fecundação da rainha.

Caravela-portuguesa na praia.
As caravelas-portuguesas são um exemplo de colônia.
Louva-deus em cima de galho.
A fêmea do louva-deus se alimenta do macho durante a cópula.

Relações ecológicas interespecíficas

As relações interespecíficas ocorrem entre organismos de espécies diferentes. Mutualismo e comensalismo são exemplos de relações interespecíficas harmônicas, enquanto predação, parasitismo, amensalismo e competição interespecífica exemplificam relações desarmônicas.

Abelha retirando néctar de flor.
Abelhas e plantas angiospermas estabelecem uma relação de mutualismo, em que a abelha é beneficiada com néctar e a planta garante sua reprodução.

O obrigatório ocorre quando a interação é obrigatória para a sobrevivência de, pelo menos, um dos envolvidos. Esse é o caso dos líquens, uma associação entre fungos e algas ou entre fungos e cianobactérias. No facultativo, os organismos se beneficiam da interação, mas podem viver de maneira independente. Nesse último caso, podemos citar as plantas com flores e os insetos polinizadores.

Abutres se alimentando de carcaça na floresta.
Os abutres se alimentam dos restos do alimento do leão sem lhe causar prejuízo.
Cobra se alimentando de sapo na mata.
No predatismo, um animal se alimenta de outro de uma espécie diferente.
Mulher tirando piolhos do cabelo de uma menina com pente.
A relação entre o piolho e os seres humanos é um caso de parasitismo.
Colônias de fungos Penicillium crescendo em placa de Petri.
Alguns fungos liberam substâncias que impedem o crescimento bacteriano.
Manada de búfalos pastando, com algumas zebras no local.
Uma grande quantidade de espécies herbívoras em uma região pode levar à competição por alimento.

Exercício sobre relações ecológicas

Agora que você já sabe um pouco mais sobre as relações ecológicas, responda a questão abaixo:

(UFRR) Na natureza, os seres vivos estabelecem diferentes tipos de relações interespecíficas, isto é, relações ecológicas entre membros de espécies distintas, tais como:

I. Determinados tipos de fungos e de algas se associam (formando os líquens), de modo que os primeiros fornecem às algas água e nutrientes minerais extraídos do substrato. Por sua vez, as algas fornecem compostos orgânicos ao fungo, obtidos por meio da fotossíntese.

II. Muitas espécies de orquídeas e de bromélias crescem sobre o tronco e galhos de árvores, obtendo abrigo e melhor acesso à luz solar em um ambiente de floresta sem, contudo, produzir danos ou benefícios às árvores hospedeiras.

III. O cipó chumbo (Cuscuta racemosa) é uma planta que não possui clorofila. Para sobreviver, ela cresce sobre outras plantas de onde extrai a seiva elaborada, necessária à sua sobrevivência e crescimento, por meio de raízes especializadas que penetram no interior dos vasos condutores da espécie hospedeira.

Os exemplos descritos anteriormente são qualificados, respectivamente, como:

a) Inquilinismo, protocooperação e parasitismo.

b) Mutualismo, inquilinismo e parasitismo.

c) Inquilinismo, mutualismo e parasitismo.

d) Parasitismo, mutualismo e inquilinismo.

e) Mutualismo, parasitismo e inquilinismo.

Resolução: letra b. A afirmativa I fala dos líquens, os quais são formados por uma associação mutualística entre fungos e algas ou fungos e cianobactérias. A afirmativa II, por sua vez, fala do inquilinismo (mais precisamente, o epifitismo), em que um organismo se associa a outro, sem prejudicá-lo, com a finalidade de conseguir abrigo. A afirmativa III, por sua vez, trata de um caso de parasitismo, pois um organismo retira do corpo de outro os nutrientes de que precisa para a sobrevivência.


Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/biologia/relacoes-ecologicas.htm