Herpes genital é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus herpes simples (HSV). Existem duas cepas diferentes desse vírus capazes de provocar herpes genital, o HSV-1 e o HSV-2. Apesar de os dois poderem causar a doença, o herpes genital está mais relacionado com o HSV-2. Podemos dividir suas manifestações clínicas em primoinfecção herpética e surtos recidivantes.
A primoinfecção, em geral, tende a ser mais severa do que os surtos recidivantes. Após ela, o vírus ascende pelos nervos periféricos sensoriais e se aloja em células dos gânglios sensitivos, onde permanece em latência.
O tratamento baseia-se no uso de antivirais, os quais diminuirão o tempo da doença, evitarão erupções e reduzirão a chance de transmissão. O tratamento, portanto, não apresenta capacidade de cura. O uso de preservativos é uma forma de se prevenir da doença.
Confira no nosso podcast: Estrutura do vírus
O herpes genital é uma doença viral causada pelo vírus herpes humano (HSV).
Seu desenvolvimento está relacionado, principalmente, com a cepa HSV-2.
Muitas pessoas que o adquirem apresentam-se assintomáticas.
Caracteriza-se por recorrências, resultantes da reativação viral.
O surgimento de lesões avermelhadas com pequenas bolhas dolorosas que evoluem para úlcera na região genital pode indicar um caso de herpes genital.
Além das lesões, uma pessoa com herpes genital pode apresentar dores no corpo, mal-estar, febre, corrimento vaginal e corrimento uretral.
Seu tratamento é feito com antivirais.
Herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível causada por um vírus pertencente à família do Herpesviridae, o vírus do herpes simples (HSV). A doença pode ser assintomática ou provocar sintomas.
O herpes genital é causado pelo vírus do herpes simples (HSV), um vírus de DNA pertencente à família Herpesviridae. Esse vírus destaca-se por apresentar um capsídeo icosaédrico que envolve seu DNA, possuir envelope, ser sensível a éter, fenol e formol, e ser parcialmente inativado pela radiação ultravioleta. Ele se destaca ainda por resistir bem ao resfriamento.
O HSV apresenta duas cepas diferentes que podem levar ao desenvolvimento do herpes genital, o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2). Tanto o HSV-1 quanto o HSV-2 são capazes de provocar lesões em qualquer parte do corpo. Entretanto, o HSV-1 desencadeia lesões, principalmente, periorais, enquanto o HSV-2 causa lesões predominantemente nas regiões genitais.
A transmissão do herpes genital ocorre, principalmente, por meio do contato sexual desprotegido, quando há o contato com as lesões ativas. Vale salientar, no entanto, que, apesar de a via mais comum ser o contato com as lesões ativas, a transmissão também ocorre em pacientes assintomáticos. A mãe também pode transmitir a doença para o seu filho no momento do parto.
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Podemos dividir as manifestações clínicas do herpes genital em primoinfecção herpética e surtos recidivantes. Primoinfecção herpética é o primeiro episódio de infecção, o qual costuma ser assintomático em cerca de 75% dos casos.
Em geral, quando os sintomas surgem, a primoinfecção herpética possui um período de incubação médio de seis dias e leva ao desenvolvimento de lesões, as quais se iniciam como pequenas bolhas dolorosas e avermelhadas, evoluindo para pequenas úlceras arredondadas. Elas podem surgir em diferentes partes da região genital. Em pacientes com imunodepressão, as lesões podem apresentar grandes dimensões e não regredir com o tratamento.
Antes do surgimento das lesões, o paciente com herpes genital pode apresentar sintomas como febre, mal-estar, dor muscular e fraqueza muscular. Em metade dos casos, observa-se também a linfadenomegalia (aumento dos gânglios linfáticos) inguinal dolorosa bilateral. A dor e o ardor para urinar também são sintomas presentes. As mulheres, quando têm o colo do útero acometido pela doença, podem apresentar corrimento vaginal, o qual pode ser abundante. O corrimento uretral em homens pode ocorrer quando há o acometimento da uretra.
Após o fim dos sintomas, a pessoa permanece com o vírus em seu corpo. Isso acontece, pois o vírus ascende pelos nervos periféricos sensoriais e permanece em latência nos núcleos das células dos gânglios sensitivos. É comum que, após a infecção primária, os pacientes desenvolvam um novo quadro de herpes genital devido à reativação do vírus no primeiro ano. Essa reativação está relacionada com diferentes fatores, como estresse, quadros infecciosos, imunodeficiência e uso de antibióticos.
Vale destacar que os quadros de recorrência da doença tendem a ser menos intensos do que o observado na primoinfecção, podendo até mesmo não desencadear sintomas. Além disso, tendem a ser menos frequentes à medida que o tempo passa. Antes do surgimento das lesões, a pessoa pode sentir dor muscular, sensação de queimação, coceira leve, e sensação de fisgada nos quadris, pernas e região anogenital.
Até o momento, não existem medicamentos que conseguem curar a doença, entretanto, os medicamentos hoje disponíveis podem diminuir o tempo dela, prevenir o surgimento das erupções e reduzir a probabilidade de transmissão. Os medicamentos utilizados são antivirais, os quais atuam diminuindo a taxa de replicação do vírus. As três principais drogas utilizadas são: o aciclovir, valaciclovir e fanciclovir. O tempo de tratamento bem como as doses a serem administradas deverão ser prescritos por um médico.
Para se prevenir do herpes genital, uma das medidas mais importantes é utilizar camisinha em toda relação sexual. Entretanto, é importante salientar que, em algumas situações, as lesões podem não ser cobertas pelo preservativo, o que poderá levar ao contágio.
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As gestantes com herpes genital têm risco apresentar complicações. A infecção pelo vírus durante a gestação associa-se com problemas como prematuridade, aborto espontâneo e herpes congênito e neonatal. Em pacientes com lesões ativas, não se recomenda o parto normal, pois o vírus pode ser transmitido para a criança no momento em que ela passa pelo canal de parto.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/doencas/herpes-genital.htm