Reino Plantae

O Reino Plantae é o reino que abarca as plantas, que são seres pluricelulares, eucariontes e autotróficos. Os representantes do Reino Plantae realizam fotossíntese e podem ser divididos em briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Os organismos do Reino Plantae fazem parte da vida humana na agricultura, alimentação, medicina e ciência e são importantes tanto para a preservação e conservação do ambiente quanto para desenvolvimentos sociais.

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Resumo sobre o Reino Plantae

• O Reino Plantae inclui as plantas, que são organismos pluricelulares, eucariontes e autotróficos.
• As plantas realizam a fotossíntese, a qual utiliza gás carbônico e água para produzir gás oxigênio e açúcares a partir da energia luminosa do Sol.
• As estruturas reprodutivas classificam as plantas em criptógamas e fanerógamas.
• As plantas terrestres possuem estrutura básica com raízes, caule e folhas.
• Os grupos do Reino Plantae são as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
• Características principais que diferenciam os grupos de plantas são os vasos condutores, sementes, flores e frutos.
• O ciclo de vida das plantas é diplobionte e tem alternância de gerações.
• As plantas fazem parte da história humana e são fundamentais na nossa alimentação.

Mapa Mental: Reino Plantae

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O que é o Reino Plantae?

O Reino Plantae é um dos cinco grandes reinos de seres vivos e inclui árvores, arbustos, musgos e as plantas em geral. As plantas são seres pluricelulares, eucariontes e autotróficos. Com exceção das células reprodutivas, são imóveis.

A estrutura básica das plantas terrestres inclui raiz, caule e folhas. A característica visível mais marcante desse grupo é a típica cor verde das folhas, que ocorre pela presença da clorofila, substância relacionada à fotossíntese. As plantas estão entre os principais produtores primários da Terra, utilizando a energia solar no processo de fotossíntese e fornecendo energia para ecossistemas inteiros.

Características do Reino Plantae

• Alimentação do Reino Plantae 

As plantas são seres autotróficos, ou seja, elas produzem seu próprio alimento. Dessa forma, a alimentação dela acontece por meio de processos como a fotossíntese e a absorção de micro e macronutrientes por meio das raízes.

A fotossíntese é um processo complexo e essencial das plantas que consiste na conversão de energia solar em energia química. Os compostos utilizados pelas plantas na fotossíntese são gás carbônico (CO₂) e água (H₂O), que são transformados com a ação da energia luminosa solar em açúcares (glicose e sacarose) e gás oxigênio (O₂). O gás oxigênio é liberado para o ambiente, enquanto os açucares são utilizados para a produção de energia para desenvolvimento, crescimento e reprodução das próprias plantas.

• Reprodução do Reino Plantae

As plantas podem realizar reprodução assexuada ou sexuada. Os brotamentos, que comumente são chamados de “mudas”, são exemplos da reprodução assexuada nas plantas. Os brotos são idênticos geneticamente aos indivíduos que os geraram.

Já a reprodução sexuada envolve a produção de gametas e varia nos diferentes grupos de plantas. As plantas podem ser classificadas em dois grupos em relação à reprodução sexuada: criptógamas e fanerógamas.

• Criptógamas: essa palavra deriva da união de duas palavras gregas: krypos, que significa oculto, escondido, e gamos, que se refere à reprodução. As plantas criptógamas são aquelas cuja reprodução ocorre de forma escondida, em estruturas que não são visíveis pelos nossos olhos. Nesse grupo estão os musgos (briófitas) e as samambaias (pteridófitas). As criptógamas tem como característica marcante a ausência de sementes, flores e frutos.
• Fanerógamas: essa palavra também deriva da união de duas palavras gregas: phanerós, que significa visível, e gamos, que se refere à reprodução. As fanerógamas são as plantas que possuem estruturas reprodutivas visíveis. O grupo inclui os pinheiros, araucárias e cicas (gimnospermas) e as plantas que possuem flores e frutos (angiospermas), que são a maioria no Reino Plantae.

Vale ressaltar que as fanerógamas produzem sementes. Dentre elas, as gimnospermas produzem as chamadas “sementes nuas”, uma vez que não produzem flores ou frutos, mas possuem uma estrutura reprodutiva chama estróbilo. Um exemplo de semente nua é o pinhão, alimento amplamente consumido na Região Sul do Brasil.

Já as fanerógamas do grupo das angiospermas produzem flores, frutos e sementes. As flores são as estruturas visíveis de reprodução sexuada das angiospermas e se desenvolvem nos frutos, que frequentemente contêm as sementes. Os exemplos são inúmeros, como maçã, laranja, limão, pepino, beringela, tomate, rosa, lírio e muitos outros.

Estrutura das plantas

A estrutura típica das plantas terrestres inclui três partes essenciais: raiz, caule e folhas. Essas estruturas são sustentadas pelo crescimento secundário, que é um desenvolvimento que torna os tecidos robustos e rígidos.

Podemos observar esse tipo de crescimento nas cascas rígidas dos troncos das árvores. O crescimento secundário também torna os tecidos vasculares das plantas rígidos e estruturados. Os tecidos vasculares das plantas são o xilema e o floema. O xilema é responsável pelo transporte de seiva bruta, que é aquela formada por água, nutrientes e sais minerais que são absorvidos pelas raízes e levados até as folhas. O floema é responsável pelo transporte de seiva elaborada, que contém açúcares e outros compostos produzidos nas folhas que são levados a outros locais da planta.

O crescimento secundário e os tecidos vasculares não estão presentes nos musgos (briófitas) e, dessa forma, estruturas de sustentação rígida são inexistentes. Os musgos compõem o único grupo de plantas que não possui raízes, caule ou folhas.

Classificação do Reino Plantae

O Reino Plantae pode ser dividido em quatro grupos com características distintas: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As principais características utilizadas para distinguir esses grupos são a presença de vasos condutores, a presença de sementes e a presença de flores e frutos.

Os grupos de plantas e suas características. À direita de uma característica estão os grupos que a apresentam, enquanto os da esquerda não a possuem.

• Briófitas: os principais representantes são os musgos. Não possuem vasos condutores, sementes, flores, frutos, raízes, caule ou folhas. São dependentes da água e podem ser encontradas em ambientes úmidos. Recobrem rochas, troncos e outras superfícies úmidas e são frequentes em regiões florestais. Reproduzem-se sexuadamente por meio de esporos e são criptógamas. Para saber mais, clique aqui.

• Pteridófitas: incluem as samambaias, xaxins e cavalinhas. Possuem crescimento secundário e vasos condutores, portanto têm estrutura com raízes, caule e folhas. Não produzem sementes, flores ou frutos. Vivem em regiões úmidas e frequentemente são encontradas em jardins como plantas ornamentais. Reproduzem-se sexuadamente por meio de esporos e são criptógamas. Para saber mais, clique aqui.

• Gimnospermas: pinheiros, araucárias e cicas são representantes. Possuem vasos condutores e crescimento secundário, assim como raízes, caule e folhas. Produzem as sementes nuas e não desenvolvem flores ou frutos. Possuem estruturas de reprodução sexuada chamadas estróbilos e são fanerógamas. Para saber mais, clique aqui.

• Angiospermas: são a maioria do Reino Plantae e possuem inúmeros representantes em todo o planeta. Possuem vasos condutores e crescimento secundário, raízes, caule e folhas, e produzem sementes, flores e frutos. Hortênsias, papoulas, macieiras, cajuzeiros e muitas outras plantas com flores e frutos são angiospermas. A estrutura reprodutiva sexuada das angiospermas é a flor, e elas são fanerógamas. Para saber mais, clique aqui.

Ciclo de vida das plantas

O ciclo de vida das plantas é chamado de ciclo diplobionte e há alternância de gerações. Isso significa que existem dois adultos no ciclo de vida, sendo um deles haploide (n) e um deles diploide (2n).

Nas briófitas, o adulto temporário é o esporófito (2n), que se desenvolve durante o período reprodutivo a partir do zigoto e produz esporos pelo processo de meiose. Os esporos, por sua vez, se desenvolvem no gametófito (n), o adulto perene nas briófitas que produz gametas por meio da mitose.

Já nas pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, o adulto temporário é o gametófito (n). Nos períodos reprodutivos, o gametófito se desenvolve a partir dos esporos e produz gametas por meio da mitose. Por meio da meiose, o esporófito produz os esporos. Nas gimnospermas e angiospermas, o esporo é protegido por uma estrutura que pode ser levada a outros indivíduos, o pólen.

Leia também: Como acontece a germinação?

Importância do Reino Plantae

O Reino Plantae é essencial na produção primária e, por isso, constitui a base ecológica dos ecossistemas. A distribuição das plantas é global e elas estão entre os principais organismos que transformam a energia luminosa do Sol em energia química nos compostos orgânicos. Dessa forma, a energia que os seres vivos necessitam para sobreviver é obtida, em primeira instância, do Sol pelos organismos fotossintetizantes.

Animais herbívoros, carnívoros e onívoros dependem da energia que é armazenada pelas plantas para sustentar as cadeias alimentares e os ecossistemas como um todo. As plantas têm um papel fundamental na natureza e na vida humana. Nossa alimentação é repleta de representantes do Reino Plantae e as plantas fazem parte da história humana na agricultura, na arte, na ciência e na vida em geral.

Curiosidade sobre o Reino Plantae

O pau-ferro (Libidibia ferrea) é uma árvore que pertence ao grupo das angiospermas. Ficou assim conhecida por desenvolver tronco com madeira extremamente rígida e dura, resultado de anéis de crescimento desalinhados. A rigidez da madeira é alta e fornece material de qualidade para a produção de instrumentos musicais e para o uso na construção civil. Instrumentos de corda como guitarras, baixos e violões de alta qualidade podem ser fabricados com pau-ferro.

Fontes:

APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B; CARMELLO-GUERREIRO, S. M (Ed.). Anatomia vegetal. 2. ed. Viçosa: UFV, 2006.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

URRY, L. A. et al. (org.). Biologia de Campbell. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022.