Angiospermas são um dos quatro grupos pertencentes ao reino Plantae e são organismos eucariontes pluricelulares autotróficos fotossintetizantes. As plantas desse grupo produzem sementes e são as únicas que desenvolvem flores e frutos. As angiospermas formam o maior e mais diverso grupo de plantas, com inúmeros exemplos como orquídeas, lírios, rosas, abacate, tomate, pepino, erva-cidreira, margarida, arroz, trigo, jambu e muitos outros. A reprodução sexuada nas angiospermas está intimamente ligada ao processo de polinização. As angiospermas desenvolvem relações ecológicas com aves, insetos e outros animais que se alimentam delas, que as polinizam e dispersam suas sementes.
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As angiospermas são um dos quatro grupos pertencentes ao reino Plantae. O grupo das angiospermas é o mais amplo e diverso, e sua principal característica é a presença de flores e frutos. Essas plantas são encontradas distribuídas por todo o planeta e podem ser gramíneas, arbustos ou árvores. As angiospermas possuem tecidos verdadeiros organizados em raízes, caule e folhas.
São plantas com sementes, flores e frutos e possuem relação íntima com animais polinizadores. Essas plantas, assim como as gimnospermas, são independentes da água para a fecundação e são bem-sucedidas no ambiente terrestre.
Os exemplos de angiospermas são inúmeros, incluindo todas as plantas com frutos e flores, como:
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As angiospermas são o único grupo de plantas que possui flores e frutos. Possuem tecidos verdadeiros organizados em raízes, caule e folhas. Têm desenvolvimento secundário de lignina e vasos condutores, chamados de xilema e floema. Como todas as plantas, são seres autotróficos fotossintetizantes e produzem seu próprio alimento (açúcares) utilizando gás carbônico, água e luz solar.
As plantas angiospermas podem se reproduzir de maneira assexuada por meio de brotamentos, que comumente são chamados de “mudas”. Também se reproduzem de maneira sexuada, sendo a flor a sua estrutura reprodutiva. A polinização é processo complexo e responsável, em última instância, pela fecundação.
As flores são as estruturas reprodutivas das plantas angiospermas, que podem ser monoicas ou dioicas. As plantas monoicas são aquelas cujos indivíduos de uma espécie apresentam tanto estruturas reprodutivas masculinas como femininas. Elas podem ocorrer juntas nas flores, que são chamadas de hermafroditas. Existem plantas monoicas que não possuem flores hermafroditas, mas flores masculinas e femininas separadas e distintas em um mesmo indivíduo. Já as plantas dioicas são aquelas em que existem indivíduos masculinos e femininos, cada qual produzindo apenas as respectivas flores de seu sexo.
As pétalas, sépalas, pedúnculo e receptáculo são estruturas presentes em todas as flores, sejam elas masculinas ou femininas. Eles partem do verticilo, que tem início na região alargada do pedúnculo (receptáculo) e que forma o eixo a partir do qual as estruturas florais emergem.
A estrutura reprodutiva masculina da flor é o estame, cujo conjunto é chamado de androceu. O estame é composto por filete e antera.
A estrutura reprodutiva feminina da flor é o pistilo, cujo conjunto é chamado de gineceu. O pistilo é formado pelo ovário, estilete e estigma.
A polinização é o processo de transporte dos grãos de pólen até o estigma. A autofecundação pode ocorrer em indivíduos monoicos com ou sem flores hermafroditas, se as estruturas masculinas e femininas amadurecerem no mesmo período. A fecundação cruzada ocorre quando o pólen de um indivíduo chega até o pistilo de um outro indivíduo e gametas de indivíduos diferentes formam um zigoto.
O pólen, quando aderido ao estigma, dá origem ao gametófito masculino e se estende por dentro do estilete formando o tubo polínico. O tubo polínico ocorre nas angiospermas e algumas gimnospermas (que não possuem flores, mas possuem pólen), sendo uma adaptação fundamental para a independência da água para a fecundação nas plantas terrestres. Nas flores das angiospermas, ocorre a dupla fecundação, sendo essa uma característica exclusiva das plantas com flores e frutos.
O gametófito masculino das angiospermas produz dois núcleos espermáticos (haploides). Um deles é o anterozoide, que se funde à oosfera dando origem ao zigoto. Já o gametófito feminino produz o gameta feminino, a oosfera, e outros dois núcleos polares haploides. Um núcleo espermático masculino se funde aos dois núcleos polares do saco embrionário, dando origem a um tecido triploide chamado de endosperma que fornece nutrição ao embrião e o envolve dentro da semente.
A semente se desenvolve a partir do óvulo e contém o embrião. O embrião é envolvido e nutrido pelo endosperma (tecido triploide) que pode ser rígido, viscoso ou líquido. A semente é protegida por tegumento, comumente chamado de “casca da semente”. O tegumento pode ser rígido, como no coco, ou delicado como no feijão.
O fruto se desenvolve a partir do ovário e contém as sementes. O pericarpo diz respeito ao desenvolvimento das paredes do ovário no fruto, que podem ser divididas em três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.

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O ciclo de vida das angiospermas, assim como de todas as plantas, é diplobionte, ou seja, com alternância de gerações. Existem dois adultos no ciclo de vida diploide: o esporófito (2n) e o gametófito (n). As angiospermas, assim como as gimnospermas, são espermatófitas, que é o nome dado às plantas que produzem sementes. O adulto haploide (gametófito) nas angiospermas é microscópico, enquanto o adulto diploide (esporófito) é duradouro e visível. A meiose ocorre no esporófito (2n) dando origem aos esporos (n).
As angiospermas podem ser divididas em dois grandes grupos que são denominados a partir do número de cotilédones. Os cotilédones são as primeiras folhas do embrião da semente em germinação, que fornece nutrição e proteção à plântula em desenvolvimento. As angiospermas são divididas em monocotiledôneas e dicotiledôneas, que possuem outras diferenças além da quantidade de cotilédones.
As angiospermas e as gimnospermas formam o grupo de plantas espermatófitas, ou seja, que produzem sementes. Ambas possuem pólen e representam os grupos de plantas terrestres independentes da água para a fecundação por meio da adaptação do tubo polínico. As gimnospermas dependem essencialmente do vento para a polinização e tem estróbilos como sua estrutura reprodutiva.
Apenas as angiospermas desenvolvem flores e frutos e, assim, possuem uma ampla variedade de dinâmicas de polinização e de dispersão de sementes envolvendo diversas espécies de aves, insetos e outros animais.
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Principais diferenças |
Gimnospermas |
Angiospermas |
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Polinização e dispersão |
Majoritariamente pelo vento (anemófilas) |
Diversos agentes como vento, insetos, aves e outros animais |
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Estruturas reprodutivas |
Estróbilos e sementes |
Flores, frutos e sementes |
1. (ENEM – 2021) A irradiação e o sucesso evolutivo das angiospermas estão associados à ação de animais que atuam na polinização de suas flores, principalmente os insetos. Nessa relação, os insetos foram e ainda são beneficiados com alimento. Para as angiospermas, essa coevolução foi vantajosa por
a) reduzir a ação dos herbívoros.
b) reduzir a competição interespecífica.
c) aumentar sua variabilidade genética.
d) aumentar a produção de grãos de pólen.
e) aumentar a independência da água para reprodução.
Resposta: C)
A abundância de dinâmicas de polinização com outros seres vivos nas angiospermas permite que a frequência da fecundação cruzada (entre dois indivíduos diferentes) seja maior. Isso implica o aumento da variabilidade genética e, consequentemente, maiores probabilidades do surgimento de vantagens evolutivas que permitem a irradiação dessas plantas para os mais diversos ambientes.
2. (ENEM – 2021) Nas angiospermas, além da fertilização da oosfera, existe uma segunda fertilização que resulta num tecido triploide. Essa segunda fertilização foi importante evolutivamente, pois viabilizou a formação de um tecido de
a) nutrição para o fruto.
b) reserva para o embrião.
c) revestimento para a semente.
d) proteção para o megagametófito.
e) vascularização para a planta jovem.
Resposta: B)
A dupla fecundação nas angiospermas consiste em dois processos. Um deles é a fusão de gametas (núcleo espermático anterozoide e oosfera) que dá origem ao zigoto que se desenvolverá no embrião e em uma nova planta. O outro é a fusão do outro núcleo espermático masculino aos dois núcleos polares femininos do saco embrionário. Essa segunda fecundação origina o endosperma, tecido triploide que fornece nutrição ao embrião e está localizado dentro da semente.
Fontes
APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B; CARMELLO-GUERREIRO, S. M (Ed.). Anatomia vegetal. 2. ed. Viçosa: UFV, 2006.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
URRY, L. A. et al. (org.). Biologia de Campbell. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/biologia/angiospermas.htm