Literatura grega é aquela produzida na Grécia desde a Antiguidade, mas também inclui as obras em latim produzidas durante a dominação romana, mas influenciadas pela cultura grega. Assim, ela tem início com as obras de Homero — os poemas épicos Ilíada e Odisseia —, que fazem parte da literatura antiga.
A literatura antiga está dividida em período arcaico, clássico e helenístico. A era romana precede a literatura bizantina. Já a literatura grega moderna tem início no Renascimento e possui autores como: Geōrgios Chortatzēs, Dionísios Solomós, Andreas Karkavitsas e Níkos Kazantzákis.
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As epopeias Ilíada e Odisseia, ambas de Homero, são as primeiras obras da literatura grega.
A literatura antiga é dividida em período arcaico, clássico e helenístico, e apresenta elementos épicos, mitológicos e trágicos.
Durante a dominação romana, os autores latinos foram influenciados pela cultura grega.
A literatura bizantina retoma a língua grega e apresenta elementos profanos e cristãos.
A literatura grega moderna tem início no Renascimento e se fortalece a partir do Romantismo.
Período arcaico (século VIII a. C. até o século VI a.C.):
caráter oral;
temas mitológicos;
heroísmo;
poesia cantada.
Período clássico (séculos V e IV a.C.):
textos trágicos;
comédias;
elementos mitológicos;
crítica social;
textos de cunho satírico;
obras de cunho teórico e filosófico;
reflexão sobre questões morais.
Período helenístico ou greco-romano (a partir do século III a.C.):
influências da literatura grega antiga;
uso do latim;
caráter ensaístico;
neoplatonismo;
elementos satíricos;
erotismo;
misticismo.
elementos cristãos e profanos;
retomada da língua grega;
valorização dos modelos clássicos;
caráter histórico;
aspectos religiosos.
Renascimento:
retomada das tragédias e comédias;
pastoralismo;
elementos religiosos;
poesia épica.
Romantismo:
patriotismo;
sátira;
profundidade filosófica;
drama histórico.
Realismo:
divulgação da cultura popular;
elementos folclóricos;
valorização do ambiente rural;
crítica sociopolítica;
romance de costumes;
ausência de idealização.
Modernismo:
Geração de 1922:
elementos expressionistas e surrealistas;
pessimismo;
fuga da realidade.
Geração de 1930:
influências do surrealismo na poesia;
retomada da tradição na prosa.
prosa histórica;
temas universais.
Literatura do pós-guerra:
poesia social ou de resistência;
poesia marxista e existencialista;
poesia surrealista;
temática de guerra na prosa;
prosa do cotidiano e da vida urbana;
crítica sociopolítica.
Literatura antiga
Era romana
Literatura bizantina
Literatura grega moderna
Homero.
Hesíodo.
Safo.
Ésquilo (525 a.C. – 455 a.C.).
Sófocles (497 a.C. – 405 a.C.).
Eurípides (480 a.C. – 406 a.C.).
Aristófanes (447 a. C. – 385 a.C.).
Platão (428 a.C. – 347 a.C.).
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.).
Calímaco (310 a.C. – 240 a.C.).
Apolônio de Rodes (295 a.C. – 215 a.C.).
Cáriton de Afrodísias.
Heliodoro de Émeso.
Longo.
Aquiles Tácio.
Tito Lucrécio (99 a.C. – 50 a.C.).
Virgílio (70 a.C. – 19 a.C.).
Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.).
Petrônio (27-66).
Apuleio (124-170).
Aulo Gélio (125-180).
Plotino (204-270).
Procópio (500-565).
Cirilo de Citópolis (525-558).
Agatias (536-582).
Evágrio Escolástico (536-594).
Geōrgios Chortatzēs (1545-1610).
Vitsentzos Kornaros (1553-1613).
Dionísios Solomós (1798-1857).
Alexandros Soútsos (1803-1863).
Pavlos Kalligás (1814-1896).
Emmanuel Roídis (1836-1904).
Alexandros Papadiamantis (1851-1911).
Andreas Karkavitsas (1865-1922).
Níkos Kazantzákis (1883-1957).
Stratis Myrivilis (1890-1969).
Kostas Kariotakis (1896-1928).
Giórgos Seféris (1900-1971).
Elias Venezis (1904-1973).
Stratis Tsirkas (1911-1980).
Odysséas Elýtis (1911-1996).
Antonis Samarakis (1919-2003).
Miltos Sachtouris (1919-2005).
Renos Apostolides (1924-2004).
Manolis Anagnostakis (1925-2005).
Alexandros Kotzias (1926-1992).
Kostas Tachtses (1927-1988).
Kiki Dimoula (1931-2020).
Vassilis Vassilikos (1934-).
Leia também: Epopeia — o gênero literário utilizado por Homero
Ilíada (século VIII a.C.), de Homero.
Odisseia (século VIII a.C.), de Homero.
Teogonia (século VIII a.C.), de Hesíodo.
Ode a Afrodite (século VII a. C.), de Safo.
Medeia (431 a.C.), de Eurípides.
Édipo rei (427 a.C.), de Sófocles.
Lisístrata (411 a.C.), de Aristófanes.
Prometeu acorrentado (século IV a.C.), de Ésquilo.
A república (século IV a.C.), de Platão.
Poética (século IV a.C.), de Aristóteles.
As origens (século III a.C.), de Calímaco.
As argonáuticas (século III a.C.), de Apolônio de Rodes.
Quéreas e Calírroe (século I d.C.), de Cáriton de Afrodísias.
As etiópicas, de Heliodoro de Émeso.
Dáfnis e Cloé, de Longo.
As aventuras de Leucipe e Clitofonte, de Aquiles Tácio.
De rerum natura (século I a. C.), de Tito Lucrécio.
Eneida (século I a. C.), de Virgílio.
Fedra (ano 54), de Sêneca.
Satíricon (ano 60), de Petrônio.
Noites áticas (século II), de Áulio Gélio.
O asno de ouro (século II), de Apuleio.
As enéadas (ano 270), de Plotino.
História secreta (século VI), de Procópio.
Daphniaca (século VI), de Agatias.
História eclesiástica (século VI), de Evágrio Escolástico.
As vidas dos monges da Palestina (século VI), de Cirilo de Citópolis.
Erofili (1590), de Geōrgios Chortatzēs.
Erotokritos (século XVII), de Vitsentzos Kornaros
Hino à liberdade (1823), de Dionísios Solomós.
O exílio (1831), de Alexandros Soutsos.
Thanos Vlekas (1855), de Pavlos Kalligás.
A papisa Joana (1866), de Emmanuel Roídis.
O mendigo (1896), de Andreas Karkavitsas.
A assassina (1903), de Alexandros Papadiamantis.
Elegias e sátiras (1927), de Kostas Kariotakis.
Número 31328 (1931), de Elias Venezis.
A cisterna (1932), de Giórgos Seféris.
Zorba, o grego (1946), de Níkos Kazantzákis.
A sereia Madonna (1949), de Stratis Myrivilis.
Pirâmide 67 (1950), de Renos Apostolides.
Épocas 3 (1951), de Manolis Anagnostakis.
O cerco (1953), de Alexandros Kotzias.
Esperança desejada (1954), de Antonis Samarakis.
In absentia (1958), de Kiki Dimoula.
Axion Esti (1959), de Odysséas Elýtis.
A terceira coroa de casamento (1962), de Kostas Tachtses.
Z (1967), de Vassilis Vassilikos.
Cidades à deriva (1974), de Stratis Tsirkas.
Poemas (1977), de Miltos Sachtouris.
A literatura grega tem origem no século VIII a.C., que é a provável data de produção dos famosos poemas épicos de Homero, isto é, a Ilíada e a Odisseia. Na sequência, os textos teatrais assumem o protagonismo na Grécia Antiga. A poesia lírica também é produzida, concomitantemente à épica.
Assim, a literatura grega é a base da literatura ocidental, onde se estabeleceram os três gêneros literários: épico, lírico e dramático. Com a dominação romana, por volta de 168 a.C., ela continua viva, mesmo escrita em latim, já que os escritores romanos sofreram influência da cultura grega. Durante o Império Bizantino (330-1453), a língua grega é retomada.
Com o Renascimento, surge a literatura grega moderna, em territórios gregos ainda subjugados. Situação que só vai mudar com a independência da Grécia em 1821, que coincide com a chegada do Romantismo. O Realismo toma forma em 1880. Já o Modernismo, em 1922.
Créditos da imagem
[1] Companhia das Letras (reprodução)
Por Warley Souza
Professor de Literatura
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-grega.htm