Pinguim

Os pinguins são aves que são adaptadas ao nado e que possuem asas em forma de nadadeiras, corpo robusto e fusiforme e pés palmeados e penas curtas e tubulares adaptadas ao meio aquático. Vivem a maior parte do tempo no mar, retornando à terra nos períodos reprodutivos. Alimentam-se de frutos do mar, como peixes, crustáceos, moluscos e krill. Durante o período reprodutivo, os pinguins acasalam-se, constroem ninhos, botam, chocam e cuidam dos filhotes até que possam voltar ao mar, retornando apenas na próxima estação reprodutiva. Existem atualmente 18 espécies diferentes de pinguins catalogadas.

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Resumo sobre pinguins

• Pinguins são aves que são adaptadas ao nado e que possuem asas em forma de nadadeiras, corpo robusto e fusiforme e pés palmeados.
• Vivem na água e retornam à terra nos períodos reprodutivos, vivendo a maior parte de sua vida no mar.
• Alimentam-se de frutos do mar, como peixes, crustáceos, moluscos e krill
• Possuem penas curtas e tubulares adaptadas ao meio aquático, formando uma camada impermeável.
• Durante o período reprodutivo, os pinguins se acasalam, constroem ninhos, botam, chocam e cuidam dos filhotes até que possam voltar ao mar.
• Existem atualmente 18 espécies diferentes de pinguins catalogadas, distribuídas na Antártica (ou Antártida), nas ilhas da região antártica e da região subantártica e em regiões da Austrália, da Tasmânia, da Nova Zelândia, da África, da América do Sul e das Ilhas Galápagos.

Características do pinguim

Os pinguins são aves que, diferente de outros representantes desse grupo, não voam. Eles são adaptados à natação e possuem características singulares relacionadas ao ambiente em que vivem. São nadadores excepcionais, com asas em forma de nadadeiras, também chamadas de aletas, e passam até 80% de sua vida na água.

Os pinguins alimentam-se de frutos do mar, como peixes, crustáceos e moluscos. São animais sociais que vivem em colônias e que se reproduzem em terra, construindo ninhos nas épocas reprodutivas.

Eles podem ser encontrados na Antártida, na Austrália, na África e na América do Sul e possuem adaptações específicas que não são encontradas em outras aves. O corpo é robusto, fusiforme e com pescoço curto. Essa forma é essencial pela sua hidrodinâmica, permitindo a movimentação eficiente na água.

No solo, os pinguins andam em posição semiereta e são lentos e “desengonçados”. A cauda é curta e robusta, as pernas são curtas e tubulares, e as patas possuem os dedos cobertos por uma membrana que os tornam palmeados, facilitando o movimento no nado. A quilha, uma estrutura do osso esterno típica das aves, é bem desenvolvida e robusta nos pinguins, facilitando a natação.

Os pinguins também podem se movimentar em solo coberto de neve deslizando sobre a barriga. Sob a pele, possuem uma camada espessa de gordura que atua como isolante térmico, protegendo o animal de temperaturas extremamente baixas. As penas dos pinguins também são adaptadas ao meio aquático, sendo curtas e tubulares, formando uma camada impermeável.

Reprodução dos pinguins

Assim como todas as aves, os pinguins são ovíparos, ou seja, botam ovos. Na maior parte do ano, os pinguins permanecem na água, onde se alimentam. Nas épocas reprodutivas, normalmente na estação mais quente cujas condições são mais favoráveis, eles ocupam as regiões litorâneas. Nesse período, os pinguins formam casais que permanecem unidos durante o período reprodutivo. Assim, são considerados animais monogâmicos sazonais.

Cada espécie de pinguim conta com seus próprios rituais de escolha de parceiros e de acasalamento. O casal, então, constrói um ninho, cuja estrutura de rochas e/ou de solo varia de acordo com a espécie, podendo ser subterrâneo ou na superfície.

Nas espécies maiores de pinguins, com o pinguim-imperador, a fêmea põe apenas um ovo. Em espécies menores, é comum a postura de dois ovos. Os pinguins realizam a incubação dos ovos, cuja duração varia entre as espécies, com algumas durando cerca de 30 dias e outras chegando a até 51 dias. Na maior parte das espécies, o macho e a fêmea revezam-se na incubação, encaixando os ovos sob a barriga e acima dos pés, mantendo o ovo próximo ao corpo. Na incubação, é comum que se deitem nos ninhos com os ovos encaixados entre a barriga e os pés, jamais deixando os ovos expostos ao ambiente.

Enquanto um dos parceiros está incubando, o outro busca alimentos no mar, armazenando-os em seu papo para trazer ao ninho. É comum que os parceiros façam revezamento, rapidamente passando os ovos de um para outro e alternando as tarefas de incubação e de busca por alimentos. No caso do pinguim-imperador, é exclusivamente o macho que realiza a incubação.

Uma vez que os ovos chocam, e os filhotes nascem, o revezamento continua para cuidar e para alimentar dos filhotes até que eles cresçam. É comum que os filhotes nasçam com plumagem diferente dos pais, normalmente mais longa e mais espessa e de cores diferentes do adulto. Durante o período reprodutivo, os pinguins acasalam-se, constroem ninhos, botam, chocam e cuidam dos filhotes até que troquem de penas, adquirindo a plumagem adulta. Ao final desse período, os pinguins voltam à água, de forma que retornam ao solo no próximo período reprodutivo.

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Espécies de pinguim

Atualmente, existem 18 espécies de pinguins. A classificação desses animais é debatida, de forma que alguns autores defendem que existem mais espécies. Diferentes regiões habitadas por uma mesma espécie de pinguim podem apresentar populações que, apesar de semelhantes, possuem diferenças relacionadas aos locais em que vivem. Essas diferenças são utilizadas pelos pesquisadores para determinar se pertencem ou não a uma mesma espécie.

• Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri): pode ser encontrado em toda a Antártida (ou Antártica) continental. É a maior espécie de pinguim, podendo chegar a 1,2m de altura.

• Pinguim-real (Eudyptes schlegeli): tem como área de reprodução exclusivamente as regiões da Ilha Macquarie, localizada no Oceano Pacífico, entre a Nova Zelândia e a Antártida (ou Antártica).

• Pinguim-de-Adélia (Pygoscelis adeliae): pode ser encontrado em toda a Antártida (ou Antártica) continental, podendo nidificar por toda a costa do continente.

• Pinguim-de-Humboldt (Spheniscus humboldti): habita a costa oeste da América do Sul, banhada pelo Oceano Pacífico. Sua distribuição engloba o litoral do Peru, do Chile e da Bolívia.

• Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus): é uma espécie sul-americana que se reproduz na costa da Patagônia, podendo ser encontrada na Argentina, no Chile e nas Ilhas Malvinas. Há registros de pinguins-de-Magalhães no Uruguai e nas costas sul e sudeste do Brasil.

• Pinguim-de-Fiordland (Eudyptes pachyrhynchus): é uma espécie endêmica da Nova Zelândia, reproduzindo-se nos litorais das florestas temperadas da ilha.

• Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome): pode ser encontrado na época reprodutiva nas encostas rochosas subantárticas, como as Ilhas Malvinas, o Arquipélago Tristão da Cunha, as Ilhas Kerguelen e a Ilha Macquarie.

• Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes): é uma espécie endêmica da Nova Zelândia, reproduzindo-se nas florestas da costa sul e no sudeste das ilhas.

• Pinguim-macaroni (Eudyptes chrysolophus): pode ser encontrado nas ilhas subantárticas, como as Ilhas Shetland e as Ilhas Kerguelen.

• Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus): é uma espécie que pode ser encontrada apenas no sul da Nova Zelândia, nas Ilhas Snares.

• Pinguim-das-Galápagos (Spheniscus mendiculus): é uma espécie endêmica das Ilhas Galápagos, localizadas a oeste da costa da América do Sul, no Oceano Pacífico. É a única espécie de pinguim que vive na Linha do Equador, sendo todas as outras encontradas no sul do Hemisfério Sul.

• Pinguim-africano (Spheniscus demersus): é uma espécie endêmica da costa sul do continente africano. É considerada criticamente ameaçada de extinção.

• Pinguim-de-crista-ereta (Eudyptes sclateri): é endêmico das Ilhas Bounty e das Ilhas Antípodas, pertencentes ao território da Nova Zelândia.

• Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus): sua distribuição abrange as ilhas antárticas, subantárticas e a costa sul da América do Sul.

• Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus): pode ser encontrado nas ilhas antárticas e subantárticas, assim como na costa noroeste da Antártida (ou Antártica).

• Pinguim-Gentoo (Pygoscelis papua): habitam as ilhas subantárticas como Malvinas, Kerguelen e Shetland do Sul, assim como a Península Antártica.

• Pinguim-azul (Eudyptula minor): habita a região sul da Austrália e da Tasmânia, a Nova Zelândia e as Ilhas Chatham. É a menor espécie de pinguim, alcançando 30 cm de altura.

• Pinguim-de-Moseley (Eudyptes moseleyi): habita as ilhas do sul do Oceano Atlântico e do Oceano Índico. A espécie também é chamada de pinguim-saltador-da-rocha-do-norte.

Onde são encontrados os pinguins?

Espécies de pinguins podem ser encontrados na Antártica (ou Antártida), nas ilhas da região antártica e subantártica, na costa sul da Austrália, Tasmânia, Nova Zelândia, costas sul e sudoeste da África, costas sul, sudeste e sudoeste da América do Sul e nas Ilhas Galápagos.

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Pinguim é peixe ou ave?

Os pinguins são aves e possuem todas as características específicas desse grupo. Possuem corpo recobertos por penas, bico córneo, papo e moela. A glândula uropigiana produz óleos que são fundamentais na manutenção da impermeabilidade das penas. As penas dos pinguins são curtas e tubulares, diferente de outras aves. Os ossos são maciços e não possuem sacos aéreos. Características que são relacionadas ao voo nas aves são adaptadas ao nado nos pinguins.

Tem pinguim no Polo Norte?

Não existem pinguins no Polo Norte. Esses animais vivem exclusivamente no Hemisfério Sul, tendo como ponto mais ao norte de sua distribuição as Ilhas Galápagos, localizadas na Linha do Equador.

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Curiosidades sobre pinguim

• Os pinguins são excelentes nadadores, e o pinguim-gentoo é a ave natatória mais rápida do mundo, com velocidade na água que pode chegar a 40km/h.
• No final do século XIX e no início do século XX, houve intensa caça de pinguim-real para exploração de seu óleo. Atualmente, os países localizados em áreas habitadas por pinguins proíbem a caça e tem legislações específicas para a proteção desses animais. A Nova Zelândia toma diversas medidas para proteger as diversas espécies de pinguins que vivem nas suas ilhas.
• O pinguim-de-olho-amarelo estampa a moeda de cinco dólares neozelandeses.

Crédito de imagem

^[1] Maurizio Bersanelli / Shutterstock

Fontes

INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE (IUCN). Penguins. 2025. Disponível em: https://www.iucnredlist.org/search?query=Penguins&searchType=species.

WIKIAVES, A Enciclopédia das Aves do Brasil. Spheniscidae. 2025. Disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/spheniscidae.

WILLIAMS, TD. The Penguins: Spheniscidae. London: Oxford University Press, 1995.