Os pontos cardeais são pontos de referência estabelecidos para a orientação na superfície terrestre. Eles são quatro:
Existem também direções intermediárias a eles que são conhecidas como pontos colaterais e subcolaterais. A sua representação gráfica é chamada de rosa dos ventos.
É possível fazer a identificação dos pontos cardeais de diversas formas, desde a mais antiga, que é pela observação direta dos astros, como o Sol, até a utilização de instrumentos técnicos, como a bússola e o GPS.
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Como forma de auxiliar-nos na orientação sobre o espaço terrestre, foram estabelecidos quatro pontos cardeais:
A rosa dos ventos, ou rosa-náutica, é a representação gráfica de todos os pontos de referência utilizados para a orientação no espaço. Nela estão contidos os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Não é incomum, entretanto, encontrarmos figuras que representem apenas os pontos cardeais (quatro pontos) ou que contêm somente os pontos cardeais e colaterais (oito pontos).
A criação da rosa dos ventos remonta à Grécia Antiga, quando determinava a direção dos ventos, ação que originou o seu nome. Séculos mais tarde, navegadores faziam uso dessa técnica com o mesmo propósito no mar Mediterrâneo. Sua composição foi sendo aperfeiçoada gradativamente, e, no período das grandes navegações, houve registros de rosas dos ventos com até 32 pontos de referência.
Incorporada à bússola, a rosa dos ventos constitui um dos mais importantes instrumentos utilizados nos deslocamentos e na localização.
Os pontos cardeais são utilizados para a nossa orientação na superfície terrestre e, da mesma forma, para a localização de objetos, pessoas e lugares, que podem variar desde uma rua, um bairro, uma cidade até países e continentes.
Esses pontos nos servem de referência para quando vamos nos deslocar de um local a outro e também para identificarmos a posição relativa de elementos que integram o espaço.
Existem diversas formas de se fazer a identificação dos pontos cardeais. Uma das mais antigas e conhecidas é pela observação do Sol, feita da seguinte maneira: em primeiro lugar, deve-se apontar o braço direito para a direção em que o Sol nasce. Assim, encontraremos o leste, que pode também ser chamado de nascente por esse motivo. De forma automática, ao apontar o braço esquerdo na direção oposta, teremos o oeste, que é a posição em que o Sol se põe. À nossa frente estará o norte, e, nas costas, o sul.
A identificação com base no Sol é bastante simples, mas demanda cautela. A depender da época do ano (estações) e do local onde você for colocar em prática essa técnica, pode haver pequenas variações com relação às posições do nascer e do pôr do Sol.
O Sol não é o único astro que pode ser utilizado como referencial para identificar os pontos cardeais. O conhecimento da posição de determinadas estrelas ou constelações é um método difundido há séculos para esse propósito. São exemplos a constelação do Cruzeiro do Sul e a Estrela Polar, respectivamente nos hemisférios Sul e Norte.
Além da observação direta dos céus, a determinação dos pontos cardeais é feita com a utilização de instrumentos como a bússola e o GPS.
Os pontos colaterais são pontos intermediários que ficam entre os pontos cardeais. São eles:
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Os pontos subcolaterais providenciam um posicionamento ainda mais acurado do que os pontos cardeais e colaterais. Eles se localizam entre os pontos colaterais e os cardeais, e são em número de oito:
Questão 1 – Os pontos cardeais são importantes para os deslocamentos na superfície terrestre e para que possamos nos situar em relação aos objetos, pessoas e lugares que nela se localizam. Acumulamos, hoje, muitas técnicas de identificação desses pontos de referência, que vão desde a direta observação dos astros no céu até a consulta ao GPS.
A respeito dos pontos cardeais e das suas diversas maneiras de identificação, é correto afirmar:
A) A observação do Sol é o método mais simples e preciso para se identificar onde estão os pontos cardeais.
B) A bússola contém uma agulha magnética cuja extremidade superior aponta sempre para o polo norte geográfico da Terra.
C) Pontos intermediários de referência ampliam a precisão da localização. Ao todo, temos oito pontos além dos cardeais, chamados pontos subcolaterais.
D) A representação gráfica dos pontos cardeais é a rosa dos ventos, utilizada em instrumentos de localização, como a bússola e os mapas.
E) A Estrela Polar e a constelação do Cruzeiro do Sul são referências na orientação espacial em ambos os hemisférios.
Resolução
Alternativa D. A rosa dos ventos agrega os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais em uma figura que se assemelha a uma estrela. Ela foi incorporada às bússolas e aparece representada nos mapas.
Questão 2 – (UFF) Utilizando a rosa dos ventos, uma pessoa descobriu que a cidade X está localizada a NE da cidade Y. Isso significa que, em relação à cidade X, a cidade Y está localizada a:
A) norte
B) leste
C) sudoeste
D) noroeste
E) sudeste
Resolução
Alternativa C. Considerando a cidade X como referência, Y está posicionada a sudoeste.
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-pontos-cardeais-suas-subdivisoes.htm