Leucemia

Leucemia é um problema de saúde que afeta os glóbulos brancos. Ela pode ser classificada em aguda ou crônica e em mieloide ou linfocítica.

A leucemia é uma doença, geralmente de origem desconhecida, que afeta nossas células de defesa (leucócitos). Nessa doença, uma célula sofre mutação, tornando-se uma célula cancerosa, a qual não funciona adequadamente e é capaz de se dividir muito mais rapidamente do que uma célula normal. Essa célula, que também apresenta menor mortalidade que a normal, aos poucos vai substituindo as células saudáveis da medula óssea.

Uma leucemia é chamada de aguda quando progride de maneira rápida e é chamada de crônica quando a progressão da doença é lenta. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 12 tipos distintos de leucemia. Ainda de acordo com o instituto, a expectativa era de 10.810 novos casos no ano de 2020.

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O que é leucemia?

Leucemia é uma doença que se caracteriza pela perda de função e divisão desordenada dos glóbulos brancos ou leucócitos, células responsáveis pela defesa do nosso organismo. A leucemia inicia-se na medula óssea, que é o local onde as células sanguíneas são produzidas. Na medula óssea, as células neoplásicas aumentam sua proliferação, o que afeta a produção das células sanguíneas normais.

As causas da leucemia não são geralmente conhecidas, entretanto alguns fatores estão  comprovadamente associados ao desenvolvimento da doença, como a radiação e o benzeno. Outros fatores de risco para o desenvolvimento da leucemia incluem tabagismo, exposição a determinados produtos químicos — como formaldeído —, histórico familiar, síndrome de Down, exposição a agrotóxicos, entre outros.

Sintomas da leucemia

Os sintomas da leucemia são, muitas vezes, pouco específicos, podendo ocorrer fadiga, dor de cabeça, febre, suores noturnos, dores nos ossos e articulações, perda de peso, palidez, desconforto abdominal, hematomas, náuseas e vômitos. Nesses pacientes é comum também um aumento da incidência de infecções.

Tipos de leucemias

As leucemias podem ser classificadas, de acordo com as células que afetam, em mieloides e linfocíticas. As leucemias mieloides afetam as células mieloides, que são aquelas que originam as hemácias, plaquetas, monócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos. As leucemias linfocíticas são aquelas que afetam as células linfoides, ou seja, as células que originam os linfócitos.

As leucemias podem ainda ser classificadas em agudas ou crônicas, levando-se em consideração a velocidade do agravamento da doença. Quando as leucemias são ditas crônicas, elas se agravam lentamente. Já as agudas se caracterizam por um agravamento mais rápido da doença.

Levando-se em consideração as células que afetam e a velocidade do agravamento da doença, o Inca destaca quatro tipos mais comuns de leucemias.

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Diagnóstico da leucemia

O diagnóstico precoce garante um maior sucesso no tratamento.
O diagnóstico precoce garante um maior sucesso no tratamento.

O diagnóstico de leucemia, assim como o de várias outras doenças, deve ser feito precocemente, a fim de garantir um maior sucesso no tratamento. Para isso, é fundamental que o paciente não ignore sintomas e procure um médico ao perceber, por exemplo, o surgimento de infecções persistentes, aumento de gânglios e o surgimento de hematomas no corpo.

Para realizar um diagnóstico, o médico analisará o quadro clínico do paciente e exames, como  hemograma e exames de coagulação. Para a confirmação do diagnóstico, no entanto, é realizado o mielograma, o qual consiste na retirada de sangue da medula óssea para análises mais específicas. O médico pode solicitar também uma biópsia da medula óssea.

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Tratamento da leucemia

O tratamento da leucemia depende de fatores como o tipo de leucemia e estado de saúde do paciente. Entre os tratamentos existentes, podemos citar a quimioterapia e o transplante de medula óssea.

O transplante de medula óssea é um dos procedimentos mais lembrados quando o assunto é tratamento de leucemia. Ele consiste na destruição da medula do paciente doente e no recebimento de uma medula sadia. O transplante pode ser autogênico ou alogênico, sendo o transplante autogênico realizado com a medula do próprio paciente e o alogênico proveniente da medula de um doador.  O transplante pode ser ainda feito a partir de células precursoras da medula, obtidas no sangue de cordão umbilical ou no sangue circulante de um doador.

É importante deixar claro que, para doar a medula óssea, é necessário que o doador seja compatível com o receptor, para que a medula não seja rejeitada. Como essa compatibilidade nem sempre é fácil de ser encontrada, é fundamental que as pessoas se inscrevam como doadores voluntários de medula, aumentando assim as chances desses pacientes de conseguirem o transplante. O cadastro pode ser feito em todos os hemocentros do país. Vale salientar que o procedimento envolve poucos riscos ao doador, sendo observados, geralmente, dor no local onde foi feita punção, dor de cabeça e cansaço. A medula óssea do doador recupera-se inteiramente após cerca de duas semanas.


Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/doencas/o-que-e-leucemia.htm