Orações reduzidas

Orações reduzidas são aquelas que apresentam verbo em uma das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio ou particípio. Elas são orações subordinadas e não possuem conectivo. Além das orações reduzidas de infinitivo, gerúndio ou particípio, existem também as orações desenvolvidas, as quais possuem conectivo e são flexionadas no modo indicativo, subjuntivo ou imperativo.

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Resumo sobre orações reduzidas

• As orações reduzidas são orações subordinadas, pois elas servem de complemento para a oração principal.

• Há três tipos de orações reduzidas, as reduzidas de infinitivo, gerúndio e particípio:

  • Infinitivo: “Lembrou-se de buscar o filho na escola”.

  • Gerúndio: “Mesmo correndo todos os dias, não perdeu peso”.

  • Particípio: “Agredida por todos, decidiu se vingar”.

• As orações desenvolvidas diferem-se das reduzidas porque são iniciadas por conectivos e são flexionadas no modo indicativo, subjuntivo ou imperativo.

O que são orações reduzidas?

As orações reduzidas são aquelas que apresentam verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Vamos relembrar esses conceitos!

• Infinitivo: verbos que têm terminação “-ar”, “-er” ou “-ir”, como, por exemplo, “achar”, “ler” e “intuir”.

• Gerúndio: verbos que apresentam terminação “-ando”, “-endo” ou “-indo”, ou seja, “achando”, “lendo” e “intuindo”.

• Particípio: verbos que possuem terminação “-ado” ou “-ido”, isto é, “achado”, “lido” e “intuído”.

Além disso, as orações reduzidas também são subordinadas a uma oração principal. Mas, como estão no infinitivo, gerúndio ou particípio, elas não precisam de uma conjunção que as ligue a essa oração principal. Por serem subordinadas, elas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.

Analisemos estes exemplos:

Pablo esperou o irmão chegar.

Nesse enunciado, a oração principal é “Pablo esperou”. Já “o irmão chegar” é oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Isso porque ela atua como objeto direto da oração principal e o verbo está no infinitivo.

Mesmo sofrendo, sorri.

Agora, a oração principal é “sorri”. Já “Mesmo sofrendo” é oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio. Isso porque ela atua como adjunto adverbial de concessão da oração principal e o verbo está no gerúndio.

Machucada pela vida, vivia sempre com medo.

Já nessa frase, a oração principal é “vivia sempre com medo”. Já “Machucada pela vida” é oração subordinada adverbial causal reduzida de particípio. Isso porque ela atua como adjunto adverbial de causa da oração principal e o verbo está no particípio.

Características das orações reduzidas

As orações reduzidas são subordinadas, isto é, completam o sentido da oração principal. Por isso, elas são dependentes, ou seja, estão subordinadas à oração principal. Além disso, as orações reduzidas não precisam de conectivo (conjunção) que as ligue à oração principal.

Uma oração é chamada de principal por ela ser a mais importante de um período composto (enunciado formado por duas ou mais orações). Porém, ela não tem sentido completo. Por isso, precisa de outra oração para completar o seu sentido. Esse complemento é chamado de oração subordinada.

Por exemplo, se você diz “Eu vi”, temos uma oração principal. Contudo, quem te ouve vai ter a sensação de que falta alguma coisa. Então vai perguntar o que você viu. O complemento dessa oração é uma oração subordinada: “que você estava alegre”. Assim, o período fica completo: “Eu vi que você estava alegre”.

Até agora, sabemos que as orações reduzidas são subordinadas e não apresentam uma conjunção (o chamado “conectivo”). Mas está faltando o principal, ou seja, o verbo das orações reduzidas vai estar em um destas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio podem exercer função de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).

Por exemplo, você pode dizer ou escrever “O sofrer é inerente ao ser humano”, “Que homem sofrido você foi” ou “Não deveria haver pessoas sofrendo”. Percebeu que “sofrer”, nesse caso, é um substantivo e que “sofrido” e “sofrendo” funcionam como adjetivos? Pois é por isso que o infinitivo, gerúndio e particípio são chamados de “formas nominais”.

Leia também: Diferença entre período simples e período composto

Orações reduzidas de infinitivo

Orações reduzidas de infinitivo são subordinadas, apresentam verbo no infinitivo e não possuem conectivo:

• Exemplos de oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

Custou-me acreditar naquelas palavras.

É necessário dormir bem

• Exemplos de oração subordinada substantiva objetiva reduzida de infinitivo

Mirna aconselhou-me a vender a casa urgentemente.

Jurandir esqueceu-se de comprar o café.

• Exemplos de oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo

Otto não era homem de confiar em qualquer um.

Você é o desafio a ser enfrentado.

• Exemplos de oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo

Comprou um carro autônomo por não ser bom motorista.

Lúcia não dormiu por estar doente.

• Exemplos de oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo

Dormi cedo para descansar muito.

A fim de comprar um carro, economizou por muitos anos.

Orações reduzidas de particípio

Orações reduzidas de particípio são subordinadas, apresentam verbo no particípio e não possuem conectivo:

Convencido por falsos amigos, investiu em negócios fraudulentos.
[Oração subordinada adverbial causal reduzida de particípio]

Finalizado o concurso, os participantes foram para casa.
[Oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio]

O funcionário, enviado à sede da empresa, nunca mais retornou.
[Oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio]

Orações reduzidas de gerúndio

Orações reduzidas de gerúndio são subordinadas, apresentam verbo no gerúndio e não possuem conectivo:

Mesmo ganhando, ainda se sente um perdedor.
[Oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio]

Fazendo tanta besteira, você não vai ter sucesso.
[Oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio]

Chegando a madrugada, a vampira sai de seu castelo.
[Oração subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio]

Sendo ela generosa, as amigas exploravam-na.
[Oração subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio]

Diferença entre orações reduzidas e desenvolvidas

Como já vimos, as orações reduzidas são subordinadas e apresentam verbo em uma das formas nominais, isto é, infinitivo, gerúndio ou particípio.

Já as orações desenvolvidas são subordinadas e apresentam verbo conjugado em um dos modos verbais, ou seja, indicativo, subjuntivo ou imperativo.

Analisemos estes enunciados:

Muriel disse que chorou ontem.

Muriel disse chorar ontem.

No primeiro exemplo, temos uma oração desenvolvida, pois o verbo “chorar” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. Mas, no segundo exemplo, temos uma oração reduzida, uma vez que o verbo “chorar” está no infinitivo. Ambas as orações são subordinadas substantivas objetivas diretas.

Leia também: Tipos de orações subordinadas substantivas

Exercícios sobre orações reduzidas

Questão 1

Todas as alternativas abaixo apresentam orações reduzidas, EXCETO:

A) Ainda que sofrendo, não desiste da ginástica.

B) Você ficará sozinho, traindo sempre o seu amor.

C) É trágico de deprimir todo mundo.

D) Tudo ocorrerá como você sempre quis.

E) Chegarei mais cedo para adiantar o trabalho.

Resolução:

Alternativa D.

A oração subordinada “como você sempre quis” é subordinada adverbial conformativa.

Questão 2

Analise este enunciado:

O importante é conhecer bem a vizinhança.

No período, é possível identificar uma oração:

A) subordinada subjetiva reduzida de infinitivo.

B) subordinada predicativa reduzida de infinitivo.

C) subordinada objetiva direta reduzida de infinitivo.

D) subordinada desenvolvida subjetiva.

E) subordinada desenvolvida predicativa.

Resolução:

Alternativa B.

A oração “conhecer bem a vizinhança” é subordinada predicativa reduzida de infinitivo. Ela exerce função predicativa em relação a oração principal “O importante é”.

Fontes:

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 40. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2024.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 49. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.

SANTOS, Márcia Angélica dos. Aprenda análise sintática. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.