Maria, mãe de Jesus, é uma figura central no cristianismo. Foi escolhida por Deus para conceber Jesus, filho de Davi, por meio do Espírito Santo. A Bíblia relata sua história principalmente nos Evangelhos de Lucas e Mateus, destacando a Anunciação e sua presença nos primeiros momentos do cristianismo.
Sua imagem é amplamente representada nas artes, esculturas, música, literatura e cinema, retratando seu papel maternal e espiritual. Descrita como pura, humilde e corajosa, Maria é vista como um modelo de virtude. Tradicionalmente, acredita-se que ela descendia de Davi e teria entre 12 e 16 anos ao conceber Jesus, sendo chamada “mãe de Deus” desde o Concílio de Éfeso.
Sua morte não é mencionada na Bíblia, mas a Igreja Católica ensina que ela foi levada ao céu em corpo e alma. A devoção a Maria é uma das mais difundidas no cristianismo, especialmente no catolicismo, em que ela é venerada por meio de orações e peregrinações.
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Maria, mãe de Jesus, é uma figura central no cristianismo e considerada a mãe do filho de Deus, segundo a tradição cristã. Seu nome deriva do hebraico, Miryam, e é uma das personagens mais veneradas na história religiosa. De acordo com os Evangelhos, Maria nasceu em Nazaré, na Galileia, e era descendente da casa de Davi, uma linhagem importante na tradição judaica. Ela foi prometida em casamento a José, um carpinteiro, quando o anjo Gabriel a visitou, anunciando que ela daria à luz o salvador, Jesus Cristo, por obra do Espírito Santo.
A vida de Maria é frequentemente vista como uma história de humildade, fé e obediência à vontade de Deus. Ela aceitou a missão de ser a mãe de Jesus com coragem, enfrentando dificuldades e sofrimentos, desde a perseguição de Herodes até a crucificação de seu filho. Embora apareça de maneira mais destacada nos Evangelhos de Lucas e Mateus, sua influência se estende por toda a história do cristianismo, com inúmeras interpretações e devoções ao longo dos séculos.
Na Bíblia, Maria é mencionada principalmente nos Evangelhos de Lucas e Mateus. No Evangelho de Lucas, há um foco especial na infância de Jesus e no papel de Maria como sua mãe. A Anunciação, o episódio em que o anjo Gabriel aparece para Maria a fim de anunciar que ela conceberia Jesus, é uma passagem significativa. Lucas também descreve a visita de Maria a sua prima Isabel — quando Isabel, grávida de João Batista, reconhece o papel divino de Maria, e o cântico de louvor de Maria, conhecido como Magnificat, é registrado.
Já no Evangelho de Mateus, Maria aparece no contexto da genealogia de Jesus e no relato da fuga da família para o Egito, evitando a matança dos inocentes, ordenada por Herodes. Além dos Evangelhos, Maria é mencionada em Atos dos Apóstolos, em que é vista orando com os discípulos após a ascensão de Jesus. Ela também é referenciada indiretamente em profecias do Antigo Testamento que falam do nascimento de um messias por meio de uma virgem.
Maria tem sido uma das figuras mais representadas nas artes ao longo dos séculos. Pintores renascentistas, como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael, criaram obras que se tornaram ícones da devoção mariana. O retrato de Maria com o menino Jesus no colo, conhecido como Madonna com o menino, é uma imagem popular em várias culturas. O rosto sereno e maternal de Maria simboliza pureza e amor, sendo retratado de diversas maneiras ao longo da história da arte.
A escultura de Maria também tem destaque, especialmente nas catedrais e igrejas católicas. A Pietà, de Michelangelo, é uma das esculturas mais famosas e retrata Maria segurando o corpo de seu filho após a crucificação. Outra representação comum é a Virgem de Fátima, frequentemente retratada em esculturas como símbolo das aparições de Maria em Portugal, em 1917.
A devoção a Maria também se expressa na música, com várias composições clássicas dedicadas a ela. “Ave Maria”, uma das mais conhecidas, foi musicada por compositores como Franz Schubert e Charles Gounod, tornando-se uma peça central em celebrações religiosas e concertos. Corais e hinos também exaltam a figura de Maria, especialmente em ocasiões litúrgicas, como o mês de maio, dedicado a ela.
Na literatura, Maria aparece em escritos devocionais e teológicos. Ela é frequentemente retratada como um modelo de virtude e fé. A literatura cristã, ao longo dos séculos, como os escritos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, refletiu sobre o papel de Maria no plano de salvação. Obras modernas também exploram sua figura sob diferentes perspectivas, como na poesia e nos romances históricos. Em específico, pode-se citar:
No cinema, Maria tem sido retratada em várias produções sobre a vida de Jesus, como A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson, em que Maria desempenha um papel emocional profundo. Filmes sobre suas aparições, como Nossa Senhora de Fátima (1952), também contribuíram para a popularização da devoção mariana em culturas de todo o mundo.
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Maria é frequentemente descrita como a personificação da pureza, da humildade e da obediência. Seu papel como mãe de Jesus a coloca em uma posição única na história da salvação cristã. Além dessas virtudes, ela é vista como uma mulher corajosa, que enfrentou a perseguição e a dor de ver seu filho ser crucificado. A Igreja Católica a considera “imaculada conceição”, o que significa que ela foi concebida sem pecado original.
Embora a Bíblia não mencione explicitamente a idade de Maria quando ela engravidou de Jesus, acredita-se que ela tinha entre 12 e 16 anos, com base nos costumes judaicos da época. Era comum que as jovens se casassem nessa faixa etária, e isso coincide com o contexto cultural e histórico do período.
Maria é chamada de “mãe de Deus” (Theotokos) no cristianismo, especialmente nas tradições católica e ortodoxa, porque ela deu à luz Jesus, considerado tanto plenamente Deus quanto plenamente homem. O termo foi formalmente proclamado no Concílio de Éfeso, em 431, que consolidou o entendimento cristão da união hipostática de Cristo, ou seja, sua natureza divina e humana como uma afirmação da sua divindade. A ideia é que, sendo Jesus Deus encarnado, Maria, como sua mãe, é reconhecida “mãe de Deus” em um sentido teológico.
A morte de Maria não é descrita nos Evangelhos, e sua assunção ao céu é um dogma da Igreja Católica proclamado em 1950 pelo papa Pio XII. De acordo com a tradição, Maria foi levada ao céu em corpo e alma. A Igreja Ortodoxa celebra a Dormição de Maria, acreditando que ela morreu de maneira natural antes de ser levada ao céu. No entanto, não há um consenso completo sobre como ocorreu sua morte, sendo esse um tema mais ligado à tradição do que a relatos bíblicos.
A devoção a Maria é uma prática difundida em muitas tradições cristãs, especialmente no catolicismo. A oração do rosário, que inclui a repetição da “Ave Maria”, é uma das formas mais comuns de veneração. Maria também é objeto de muitas peregrinações, como ao santuário de Fátima, em Portugal, e ao de Lourdes, na França. Sua intercessão é considerada poderosa, e muitos fiéis recorrem a ela em momentos de necessidade.
Além do cristianismo, Maria é reverenciada no islã, em que é conhecida como Maryam. O Alcorão dedica um capítulo inteiro a ela (Surata Maryam), no qual ela é mencionada mais vezes do que em todo o Novo Testamento.
Os muçulmanos a consideram uma mulher virtuosa e a mãe de um dos maiores profetas, Jesus (Isa). Já no judaísmo, Maria não tem um papel significativo, sendo mencionada apenas no contexto histórico como uma judia da época de Jesus.
Podemos citar como curiosidades sobre Maria, mãe de Jesus:
O aspecto mais intrigante do milagre está na imagem de Nossa Senhora impressa no manto de Juan Diego. Desde o século XX, vários cientistas e estudiosos de diversas áreas analisaram o tecido e levantaram questões e mistérios envolvendo sua origem e preservação. Alguns dos mistérios científicos mais conhecidos incluem:
Créditos da imagem
[2] matias planas / Shutterstock
Fontes
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB). Catecismo da Igreja Católica: edição típica vaticana. Edição de bolso. 12 x 17 cm. São Paulo: Edições Loyola, 2002. 940 p.
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OLIVEIRA, André Luiz. Santo Afonso e a Imaculada Conceição: breve tratado de Mariologia. Aparecida: Editora Santuário, 2021. 112 p.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maria-mae-de-jesus.htm