Os principais direitos das crianças são o direito à vida, à educação, à saúde, à proteção contra violência e exploração, à identidade e à participação, fundamentais para garantir seu desenvolvimento integral e dignidade. Dentre eles, o direito à vida e ao pleno desenvolvimento é considerado o mais importante, pois serve de base para os demais direitos.
Esses direitos estão estabelecidos em documentos como a Convenção sobre os Direitos da Criança, que contempla 54 artigos abrangendo direitos civis, políticos, sociais e culturais. A Declaração Universal dos Direitos das Crianças, adotada em 1959, delineia princípios que visam proteger as crianças globalmente, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que no Brasil assegura ampla proteção legal.
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Os direitos das crianças são definidos por uma série de normas e convenções internacionais e nacionais que visam proteger os mais vulneráveis. Esses direitos são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável, a segurança e a dignidade de todas as crianças, e incluem:
Embora todos os direitos das crianças sejam essenciais, muitos especialistas apontam que o direito à vida e ao desenvolvimento pleno pode ser considerado o mais importante. Esse direito é a base de todos os outros, pois sem a garantia de uma vida digna e de condições adequadas para o desenvolvimento físico e emocional, os demais direitos perdem seu sentido.
O direito à vida envolve não apenas a proteção contra a morte ou ameaças graves, mas também o acesso a condições de vida que permitam à criança crescer de maneira saudável. Isso inclui uma alimentação adequada, acesso à saúde e à educação, bem como um ambiente seguro e livre de violências. Garantir esse direito permite que a criança possa usufruir dos outros direitos e tenha um futuro promissor.
Não existe um número fixo de direitos, já que os direitos das crianças são abordados em diversos documentos e convenções. No entanto, a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU reconhece 54 artigos que detalham uma ampla gama de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Entre eles, incluem-se direitos fundamentais, como o direito à vida, à saúde, à educação, à proteção contra o trabalho infantil e à participação.
Além desses artigos, há diretrizes adicionais, como as Regras de Beijing e as Diretrizes de Riad, que complementam os direitos da criança ao fornecer orientações sobre como lidar com menores infratores e como promover a prevenção de crimes e violência entre crianças e adolescentes. Esses documentos internacionais, juntamente com legislações nacionais como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil, consolidam um arcabouço de proteção robusto e abrangente.
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A Declaração Universal dos Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1959. Esse documento estabelece uma série de princípios essenciais para garantir a proteção e o bem-estar de todas as crianças no mundo. Ela serve de base para muitas legislações e políticas públicas voltadas à infância.
A declaração é composta por dez princípios, dentre os quais se destacam:
Embora a Declaração não tenha força de lei, ela influenciou profundamente o desenvolvimento de legislações em muitos países, além de servir de base para a Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada em 1989.
No Brasil, a principal legislação que garante os direitos das crianças é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990. O ECA é uma das legislações mais avançadas do mundo na proteção de crianças e adolescentes, sendo amplamente baseado na Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU.
O ECA estabelece que a criança e o adolescente são sujeitos de direito e devem ter prioridade absoluta nas políticas públicas. Entre seus principais artigos, destacam-se:
Para saber mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, clique aqui.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) desempenha um papel central na proteção e promoção dos direitos das crianças no mundo todo. Criado em 1946, o Unicef atua em mais de 190 países, colaborando com governos, ONGs e outras instituições para garantir que as crianças tenham acesso aos seus direitos fundamentais.
As principais áreas de atuação do Unicef incluem:
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Os direitos das crianças são fundamentais porque garantem a base para que os mais jovens possam crescer com dignidade, segurança e respeito. As crianças são vulneráveis e, por isso, precisam de proteção e cuidados especiais para se desenvolverem de maneira saudável. Além disso, garantir os direitos das crianças é essencial para a construção de uma sociedade mais justa, onde todos possam ter oportunidades iguais desde cedo.
Ao proteger as crianças, a sociedade está, na verdade, investindo em seu próprio futuro. Crianças que crescem em ambientes protegidos, com acesso à educação, saúde e liberdade, têm maiores chances de se tornarem adultos conscientes e capazes de contribuir positivamente para a sociedade. Assim, assegurar esses direitos não é apenas uma questão de justiça, mas também de progresso social e desenvolvimento humano.
Fontes
FREIRE, Muniz. Estatuto da Criança e do Adolescente. 1. ed. São Paulo: Método, 2022. (Coleção Método Essencial). ISBN 978-6559645671.
MACIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade. Curso de Direito da Criança e do Adolescente. 16. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2024. 1488 p. ISBN 978-6559645671.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/dia-das-criancas/direitos-das-criancas.htm