O formol (formalina) é uma solução formada pela mistura de água e metanal. Como o metanal é o componente principal dessa mistura, é permitido associar o nome formol ao termo metanal. Assim, sempre que nos referirmos ao formol, também estamos fazendo referência ao metanal.
→ Características químicas do formol
O formol, ou metanal, apresenta uma substância orgânica com um átomo de carbono ligado a um oxigênio e a dois hidrogênios, como podemos observar em sua estrutura abaixo:
Fórmula estrutural do metanal
Na estrutura do metanal, temos um grupo carbonila (carbono que realiza uma dupla ligação com o oxigênio), logo, ele pertence à função aldeído. Como possui só um carbono, trata-se do menor aldeído existente.
O metanal apresenta alta inflamabilidade (queima com facilidade), além de ser capaz de reagir quimicamente com as mais diversas substâncias. Veja alguns exemplos de substâncias que reagem com o formol:
→ Características físicas do formol
→ Produção do formol
O formol pode ser obtido a partir de alguns processos químicos, mas o método mais utilizado é a oxidação catalítica do metanol.
Fórmula estrutural do metanol
No processo de oxidação do metanol, utiliza-se como catalisador um óxido metálico ou a prata. Além do catalisador, o metanol é submetido a uma mistura gasosa (composta por hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de carbono), sendo convertido em metanal.
Formação do metanal
→ Utilizações do formol
→ Legislação em relação ao uso do formol
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um órgão do Governo Federal que regulamenta o uso e a venda de substâncias que estão relacionadas de forma direta ou indireta com a saúde humana. Assim, o uso ou não do formol é regulamentado por ela.
Desde o ano de 2001, a Anvisa libera apenas a concentração de 0,2% de formol em produtos cosméticos, nos quais atua como conservante. Apenas nos endurecedores de esmalte que essa concentração é de 5%.
Em 2008, a Anvisa proibiu, por meio de uma resolução (Resolução da Diretoria Colegiada no35), o uso do formol na produção de qualquer produto saneante, ou seja, aqueles utilizados para a limpeza (detergentes, desinfetante etc). Em 2009, uma nova resolução da ANVISA proibiu a venda do formol em todo e qualquer estabelecimento (farmácias, supermercados, armazém etc).
Infelizmente alguns profissionais continuam utilizando o formol para realizar o alisamento capilar em clientes, desobedecendo às normas estabelecidas pela Anvisa, assim como alguns fabricantes de produtos saneantes. Vale ressaltar que essa prática está sujeita à punição legal.
→ Prejuízos que o formol pode provocar no ser humano
Desde 2004, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IACR) classifica o formol como uma substância carcinogênica para o ser humano, ou seja, capaz de provocar algum tipo de câncer. Além de ser causador do câncer, o formol pode ainda provocar os seguintes males:
Em contato com a pele, provoca:
Em contato com os olhos, provoca:
Quando ingerido, provoca:
Quando seus vapores são inalados, provocam:
Outros:
Por Me. Diogo Lopes Dias
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/quimica/formol.htm