Afinal, o que é gravidade? A gravidade é uma distorção da curvatura do espaço-tempo em razão da massa e energia dos corpos celestes, de acordo com a teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. Anteriormente, a gravidade era considerada como uma força atrativa entre corpos com massa não nula, de acordo com a lei da gravitação universal, de sir Isaac Newton.
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A gravidade é definida de maneira diferente na Física clássica e na Física moderna.
A gravidade é definida na lei da gravitação universal, de Newton, como uma força de atração entre corpos dotados de massa. Isso significa que a força gravitacional da Terra atrai a Lua devido a sua massa, mas a força gravitacional da Lua também atrai a Terra, devido a sua massa.
A gravidade é definida na teoria da relatividade geral, de Einstein, como uma deformação na curvatura do tecido espaço-tempo devido à presença de massa e energia. Isso significa que a elevada aceleração da gravidade no Sol é devido à grande deformação no tecido espaço-tempo que a sua massa e energia fazem, o que faz com que os corpos celestes de massas menores sejam atraídos para a sua órbita e o orbitem.
\(F = \frac{G \ \cdot \ (m_1 \ \cdot \ m_2)}{r^2}\)
\(g = \frac{G \ \cdot \ m}{r^2}\)
\(g = \frac{G \ \cdot \ m}{(r \ + \ h)^2}\)
A força da gravidade é a força de atração responsável pelos buracos negros e por manter os corpos na superfície terrestre, a Lua orbitando a Terra, os planetas do Sistema Solar orbitando o Sol, enfim, mantendo todo o Universo unido durante a sua expansão.
De acordo com a lei da gravitação universal, a força da gravidade é diretamente proporcional ao produto das massas dos corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre esses corpos.
A aceleração da gravidade média na superfície terrestre é de 9,8 m/s2, variando com a latitude, longitude, altitude, topografia, geologia e intensidade da força da gravidade. Aceleração da gravidade é inversamente proporcional à altitude, então, quanto mais distantes nós estivermos do nível do mar, menor será a aceleração da gravidade, conforme descrito na tabela abaixo.
Altitude (km) |
Aceleração da gravidade (m/s2) |
Exemplo de altitude |
0 |
9,83 |
Superfície média da Terra |
8,8 |
9,80 |
Monte Everest |
36,6 |
9,71 |
Recorde para um balão tripulado |
400 |
8,70 |
Órbita do ônibus espacial |
35.700 |
0,225 |
Satélite de comunicações |
Contudo, a aceleração da gravidade é diretamente proporcional à latitude, dessa forma, quanto mais distantes nós estivermos da Linha do Equador, maior será a aceleração da gravidade. Por exemplo, a aceleração da gravidade na Linha do Equador, em média, é 9,789 m/s2 e nos polos da Terra, em média, é 9,823 m/s2.
Isso é possível devido à massa da Terra não ser uniforme por toda a sua superfície, a Terra estar girando constantemente e a Terra não ser uma esfera perfeita, tendo um formato de geoide.
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A aceleração da gravidade tem um valor diferente para cada planeta do Sistema Solar, de modo que: quanto maior for à aceleração da gravidade do planeta, mais ele conseguirá atrair outro corpo para o seu centro. A tabela abaixo informa as acelerações da gravidade média dos planetas do Sistema Solar.
Planetas do Sistema Solar |
Aceleração da gravidade (m/s2) |
Mercúrio |
3,7 |
Vênus |
8,87 |
Terra |
9,807 |
Marte |
3,721 |
Júpiter |
24,79 |
Saturno |
10,44 |
Urano |
8,87 |
Netuno |
11,15 |
Plutão |
0,62 |
Plutão é o planeta anão com menor aceleração da gravidade, dessa forma, ele dificilmente atrai outros corpos para o seu centro, enquanto Júpiter é o planeta com maior aceleração da gravidade, com isso, ele facilmente atrai os corpos para o seu centro.
A aceleração da gravidade também tem um valor diferente para outros corpos celestes do Sistema Solar, de modo que: quanto maior for a aceleração da gravidade do corpo celeste, mais ele conseguirá atrair outro corpo para o seu centro.
Não existe a aceleração da gravidade zero, mas podemos ter situações em que há uma microgravidade, quando os corpos estão em queda livre e a aceleração da gravidade é tão reduzida que parece não existir. A microgravidade é empregada em diversos veículos orbitais, como ônibus espaciais, e na Estação Espacial Internacional, para a condução de diversos experimentos científicos.
Fontes
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Mecânica. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009.
NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Mecânica (vol. 1). 5 ed. São Paulo: Editora Blucher, 2015.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-gravidade.htm