Aedes aegypti

O Aedes aegypti é um mosquito transmissor de várias doenças que afetam os seres humanos, sendo elas a dengue, a chikungunya, a zika e, ainda, a febre amarela.

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela. É considerado um mosquito urbano intimamente relacionado aos seres humanos, habitando domicílios, comércios e outras construções urbanas.

Descrito pela primeira vez no Egito, o Aedes aegypti se disseminou por regiões tropicais e subtropicais no período colonial, e hoje é um dos principais vetores de doenças no Brasil. Para controlar a proliferação do mosquito, medidas como eliminação de criadouros, manutenção de áreas externas, tratamento de água, educação e conscientização e monitoramento epidemiológico são essenciais.

Leia também: Mosquito-da-dengue transgênico — um método de controle biológico do Aedes aegypti

Resumo sobre o Aedes aegypti

Características do Aedes aegypti

Representação gráfica do Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela.
O Aedes aegypti possui listras e manchas brancas por todo o seu corpo.

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela. A seguir, veja suas principais características:

Ciclo de vida do Aedes aegypti

Ciclo de vida do Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela.
Ciclo de vida do Aedes aegypti.

Grande parte do ciclo de vida do Aedes aegypti acontece na água. Ele se inicia com a deposição dos ovos pelas fêmeas, que são depositados nas paredes internas de objetos próximos à superfície de água limpa, como caixas d’água, garrafas, pneus e pratos sob plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. Os ovos não são depositados diretamente na água, mas alguns milímetros acima da superfície de modo que, quando chove e o nível da água sobe, os ovos entram em contato com a água e eclodem.

Dos ovos eclodem as larvas, que se tornam pupas em cinco dias. Elas se desenvolvem no mosquito adulto em alguns dias. Depois de adultos, tantos os mosquitos machos como fêmeas se alimentam de néctar, seiva e outras substâncias, porém somente as fêmeas se alimentam de sangue.

Depois que realizam a cópula, as fêmeas intensificam a procura por sangue para a nutrição e desenvolvimento dos ovos. Depois de alguns dias os ovos são depositados pelas fêmeas em locais apropriados para seu desenvolvimento. Para saber mais detalhes sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti, clique aqui.

Doenças que o mosquito Aedes aegypti transmite

Apesar de ser popularmente conhecido como mosquito-da-dengue, o Aedes aegypti é capaz de transmitir a dengue, a chikungunya, a zika e a febre amarela. Essas doenças, chamadas de arboviroses, são causadas por um tipo específico de vírus denominados arbovírus, os quais são transmitidos principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos.

Formas de controle do Aedes aegypti

Pessoa eliminando possíveis criadouros do Aedes aegypti.
Eliminar os criadouros é uma das medidas mais eficazes contra a proliferação do Aedes aegypti. [1]

As altas temperaturas e o crescimento da quantidade de água parada devido ao aumento das chuvas são fatores que favorecem a proliferação do mosquito. Para impedir a proliferação do mosquito deve-se adotar medidas de controle para eliminar os criadouros. Entre as estratégias de controle estão:

É importante que essas estratégias sejam implementadas de forma integrada, envolvendo a participação ativa da comunidade, autoridades locais, profissionais de saúde e outros setores relevantes. A prevenção e o controle do Aedes aegypti são medidas cruciais para evitar surtos de doenças transmitidas por esse mosquito.

Mitos e verdades sobre o Aedes aegypti

Como o Aedes aegypti chegou ao Brasil?

O Aedes aegypti é originário da África, no Egito. A dispersão do Aedes aegypti aconteceu no período colonial através de navios que realizavam o tráfico de pessoas escravizadas, transportando-as do continente africano para o continente americano. No Brasil, os primeiros relatos da dengue, causada pelo Aedes aegypti, são do final do século XIX e início do século XX.

Crédito de imagem

[1] Joa Souza / Shutterstock

Fontes

BESERRA, Eduardo B. et al. Ciclo de vida de Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera, Culicidae) em águas com diferentes características. Iheringia. Série Zoologia, v. 99, p. 281-285, 2009.

FIOCRUZ. O mosquito Aedes aegypti faz parte da história e vem se espalhando pelo mundo desde o período das colonizações. Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/longatraje.html.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Mitos e verdades: Aedes aegypti. Disponível em: https://mosquito.saude.es.gov.br/mitos-e-verdades-aesdes-aegypti.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Aedes aegypti. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti.

NATAL, Delsio. Bioecologia do Aedes aegypti. Biológico, v. 64, n. 2, p. 205-207, 2002.

ZARA, Ana Laura de Sene Amâncio et al. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, p. 391-404, 2016. 


Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/animais/aedes-aegypti.htm