Um terremoto de magnitude 7,6 na escala de Richter atingiu a região nordeste do Japão nesta segunda-feira, 8 de dezembro, na província de Aomori. O evento causou alerta de tsunami e comunicados para a retirada de moradores.
Conforme a Agência Meteorológica do Japão (JMA), um tsnunami de até três metros de altura pode chegar à costa nordeste japonesa após o tremor em alto-mar registrado às 23h15 no horário local (11h15 em Brasília).
Teste seus conhecimentos sobre terremotos nesta lista de exercícios
Os terremotos são abalos sísmicos que ocorrem por meio da liberação de pressão que existe entre as placas tectônicas, conceitua Sebastian Fuentes, professor de Geografia do Curso Anglo.
O planeta terra é composto por várias camadas, tais como o núcleo, manto e uma mais externa formada pela crosta terrestre, subdividida em placas tectônicas, afirma o educador.
O manto é uma camada fluida, em que quando ela aquece muito ela entra em contato com o núcleo e acaba resfriando quando atinge a crosta terrestre. Essa diferença de temperatura, entre a porção mais próxima do núcleo com a da crosta, é chamada de convecção do manto. Esse fenômeno provoca um movimento das placas tectônicas que podem acabar se chocando uma na outra e concentrar pressões. A liberação, por tanto, destas pressões é o que conhecemos como terremoto, explica Fuentes.
Uma das formas de medir a dimensão de um abalo sísmico é a escola de Richter, criada no começo do século XX. No episódio de hoje (8) do Japão, a magnitude foi de 7,6 o que representa um terremoto muito extremo, em que países não desenvolvidos e não adaptados ao fenômeno poderiam ter prejuízos muito maiores e mais significativos.
O professor de Geografia Yuri Xavier complementa que o abalo sísmico pode ocorrer em placa continental ou oceânica. Segundo ele, a liberação da energia pode acontecer no assoalho marítimo, no fundo do oceano.
Entre os movimentos das placas que causam terremotos, estão o convergente (duas placas se chocam no mesmo sentido) e transcorrente (quando as placas se atritam), exemplifica Xavier.
Segundo Sebastian, a liberação de pressão que causa o terremoto é muito mais frequente nas bordas das placas tectônicas. No Japão há mais de duas placas tectônicas, e por lá, ocorrem tremores diários, decorrentes de leves liberações de energia e que muitas vezes o corpo humano não sente, explica Sebastian.
Duas são as causas principais de um terremoto, conforme este artigo sobre o tema da Geografia Física.
Grande pressão de rochas que vem do interior do planeta.
Falhas geológicas presentes nas zonas de contato entre as placas tectônicas
As consequências dos terremotos, para o ser humano, podem ser severas, acarretando a destruição de cidades e paisagens naturais, além de provocar sérias catástrofes, a exemplo do desastre ocorrido na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão.
Veja abaixo as principais consequências de um terremoto:
Casas e prédios destruídos
Destruição de estradas
Pontes com estruturas comprometidas
Vítimas fatais e/ou presas sob os escombros
Incêndios causados por quedas de fiação elétrica
Rompimento de represas
Inundações causadas por tsunamis
Saiba mais sobre terremotos na videoaula abaixo:
*Com informações da Agência Brasil
Por Lucas Afonso
Jornalista
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/noticias/terremoto-japao-causas-consequencias-dezembro-2025/3132771.html