30 poetas brasileiros importantes

Os 30 poetas brasileiros que você verá a seguir são poetas que fazem parte da tradição literária nacional e que representam o melhor da poesia brasileira.

Os 30 poetas brasileiros que você verá a seguir são nomes consagrados na literatura nacional. Ao selecionarmos esses autores, buscamos apontar poetas representantes de todos os estilos de época, a partir do Barroco, período em que a literatura brasileira começou a mostrar elementos identitários. São eles:

  1. Gregório de Matos;
  2. Cláudio Manuel da Costa;
  3. Gonçalves Dias;
  4. Álvares de Azevedo;
  5. Fagundes Varela;
  6. Casimiro de Abreu;
  7. Castro Alves;
  8. Olavo Bilac;
  9. Francisca Júlia;
  10. Raimundo Correia;
  11. Alberto de Oliveira;
  12. Vicente de Carvalho;
  13. Cruz e Sousa;
  14. Alphonsus de Guimaraens;
  15. Augusto dos Anjos;
  16. Manuel Bandeira;
  17. Cora Coralina;
  18. Cecília Meireles;
  19. Carlos Drummond de Andrade;
  20. Jorge de Lima;
  21. Murilo Mendes;
  22. Vinicius de Moraes;
  23. Mario Quintana;
  24. João Cabral de Melo Neto;
  25. Ferreira Gullar;
  26. Manoel de Barros;
  27. Patativa do Assaré;
  28. Hilda Hilst;
  29. Adélia Prado;
  30. Ana Cristina Cesar.

Acesse também: Quem são os principais escritores brasileiros?

Quais são os poetas brasileiros mais importantes?

1. Gregório de Matos

Gregório de Matos, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Gregório de Matos.

Gregório de Matos nasceu em Salvador, no estado da Bahia, em 20 de dezembro de 1636. Além de poeta, foi juiz e procurador. Faleceu em 26 de novembro de 1696, em Recife, no estado de Pernambuco.

Suas obras pertencem ao barroco brasileiro, como seu poema sacro “Buscando a Cristo”:

A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.

A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.

A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me.

A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.

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2. Cláudio Manuel da Costa

Cláudio Manuel da Costa, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Cláudio Manuel da Costa.

Cláudio Manuel da Costa nasceu na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, em 5 de junho de 1729. Além de poeta, foi advogado e secretário do governo da província. Morreu em 4 de julho de 1789, em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, após ser preso por suposto envolvimento na Inconfidência Mineira.

Suas obras pertencem ao arcadismo brasileiro, como o poema épico “Vila Rica”, do qual destacamos um trecho:

De impulso por então não conhecido,

O índio, a quem Amor tinha ferido,

Se deixava arrastar, e praticando

Tudo quanto a paixão lhe está ditando,

Do valor de seu braço ele confia

Roubar traidor a vida de Garcia.

Protegido da noite, às horas quando

Jaziam todos, n’ũa mão tomando

Uma faca e em outra o dardo agudo,

Por tudo olhando e precavendo tudo,

A tenda busca do saudoso amante;

[...]

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3. Gonçalves Dias

Gonçalves Dias, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Gonçalves Dias.

Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, em Caxias, no estado do Maranhão. Além de poeta, foi professor. Faleceu em 3 de novembro de 1864, vítima do naufrágio do navio Ville de Boulogne.

Suas obras pertencem à primeira fase do romantismo brasileiro, como seu famoso poema “Canção do exílio”:

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.

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4. Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Álvares de Azevedo.

Álvares de Azevedo nasceu em 12 de setembro de 1831, na cidade de São Paulo. Devido à tuberculose, não terminou a faculdade de Direito. Faleceu em 25 de abril de 1852, no Rio de Janeiro.

Suas obras pertencem à segunda fase do romantismo brasileiro, como o seguinte soneto:

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar os olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos,
Se eu morresse amanhã!

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5. Fagundes Varela

Fagundes Varela, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Fagundes Varela.

Fagundes Varela nasceu em Rio Claro, no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1841. Era um artista que tinha um estilo de vida andarilho. Morreu em 18 de fevereiro de 1875, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro.

Suas obras pertencem à segunda fase do romantismo brasileiro, como seu famoso poema “Cântico do calvário”:

[...]

Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, caíste! — Crença, já não vives!

[...]

Não mais te embalarei sobre os joelhos,
Nem de teus olhos no cerúleo brilho
Acharei um consolo a meus tormentos!
Não mais invocarei a musa errante
Nesses retiros onde cada folha
Era um polido espelho de esmeralda
Que refletia os fugitivos quadros
Dos suspirados tempos que se foram!
Não mais perdido em vaporosas cismas
Escutarei ao pôr do sol, nas serras,
Vibrar a trompa sonorosa e leda
Do caçador que aos lares se recolhe!

[...]

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6. Casimiro de Abreu

Casimiro de Abreu, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Casimiro de Abreu.

Casimiro de Abreu nasceu em 4 de janeiro de 1839, em Barra de São João, no estado do Rio de Janeiro. Devido à tuberculose, morreu em 18 de outubro de 1860, em sua cidade natal.

Suas obras pertencem à segunda fase do romantismo brasileiro, como seu famoso poema “Meus oito anos”:

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores.
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d’amor!

[...]

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7. Castro Alves

Castro Alves, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Castro Alves.

Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847, em Muritiba, estado da Bahia. Era um conhecido abolicionista. Faleceu em 6 de julho de 1871, devido à tuberculose, em Salvador, Bahia.

Suas obras pertencem à terceira fase do romantismo brasileiro, como seu longo e famoso poema “O navio negreiro”:

[...]

Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

[...]

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cum’lo de maldade
Nem são livres p’ra... morrer...
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!...

[...]

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8. Olavo Bilac

Olavo Bilac, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Olavo Bilac.

Olavo Bilac nasceu em 16 de dezembro de 1865, na cidade do Rio de Janeiro. Além de poeta, foi jornalista. Morreu em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro.

Suas obras pertencem ao parnasianismo brasileiro, como o soneto a seguir, de sua obra Via-Láctea:

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

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9. Francisca Júlia

Francisca Júlia, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Francisca Júlia.

Francisca Júlia nasceu em 31 de agosto de 1871, na cidade de Eldorado, no estado de São Paulo. Além de poetisa, foi professora de piano. Morreu em 1º de novembro de 1920, em São Paulo.

Suas obras pertencem ao parnasianismo brasileiro, como o soneto “Musa impassível”:

Musa! Um gesto sequer de dor ou de sincero
Luto jamais te afeie o cândido semblante!
Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho, e diante
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.

Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave e idílico descante.
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante.
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.

Dá-me o hemistíquio d’ouro, a imagem atrativa;
A rima cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos d’alma; a estrofe limpa e viva;

Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.

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10. Raimundo Correia

Raimundo Correia, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Raimundo Correia.

Raimundo Correia nasceu em 13 de maio de 1859, a bordo do navio São Luís, no estado do Maranhão, na baía de Mangunça. Além de poeta, foi promotor, juiz e professor. Morreu em 13 de setembro de 1911, em Paris, na França.

Suas obras pertencem ao parnasianismo brasileiro, como o poema “As pombas”:

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

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11. Alberto de Oliveira

Alberto de Oliveira, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Alberto de Oliveira.

Alberto de Oliveira nasceu em 28 de abril de 1857, em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro. Além de poeta, foi oficial de gabinete do governo do estado do Rio de Janeiro, diretor-geral da Instrução Pública e professor. Faleceu em 19 de janeiro de 1937, em Niterói, no estado do Rio de Janeiro.

Suas obras pertencem ao parnasianismo brasileiro, como o soneto “Vaso grego”:

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta, ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

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12. Vicente de Carvalho

Vicente de Carvalho, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Vicente de Carvalho.

Vicente de Carvalho nasceu em 5 de abril de 1866, na cidade de Santos, em São Paulo. Além de poeta, foi jornalista, advogado e político. Morreu em 22 de abril de 1924, na cidade natal.

Suas obras pertencem ao parnasianismo brasileiro. Um de seus poemas mais conhecidos é “A flor e a fonte”:

“Deixa-me, fonte!” Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria
Cantava, levando a flor.

“Deixa-me, deixa-me, fonte!”
Dizia a flor a chorar:
“Eu fui nascida no monte...
Não me leves para o mar”.

E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.

“Ai, balanços do meu galho,
Balanços do berço meu;
Ai, claras gotas de orvalho
Caídas do azul do céu!...”

Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Rolava, levando a flor.

“Adeus, sombra das ramadas,
Cantigas do rouxinol;
Ai, festa das madrugadas,
Doçuras do pôr do sol;

Carícias das brisas leves
Que abrem rasgões de luar...
Fonte, fonte, não me leves,
Não me leves para o mar!”

As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...

13. Cruz e Sousa

Cruz e Sousa, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Cruz e Sousa.

Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, na cidade de Desterro, em Santa Catarina. Poeta negro, sofreu racismo ao perder a nomeação para o cargo de promotor público de Laguna. Trabalhou como arquivista na Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Devido à tuberculose, faleceu em 19 de março de 1898, em Minas Gerais.

Suas obras pertencem ao simbolismo brasileiro, como o soneto “Ódio sagrado”:

Ó meu ódio, meu ódio majestoso,
Meu ódio santo e puro e benfazejo,
Unge-me a fronte com teu grande beijo,
Torna-me humilde e torna-me orgulhoso.

Humilde, com os humildes generoso,
Orgulhoso com os seres sem Desejo,
Sem Bondade, sem Fé e sem lampejo
De sol fecundador e carinhoso.

Ó meu ódio, meu lábaro bendito,
Da minh’alma agitado no infinito,
Através de outros lábaros sagrados.

Ódio são, ódio bom! sê meu escudo
Contra os vilões do Amor, que infamam tudo,
Das sete torres dos mortais Pecados!

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14. Alphonsus de Guimaraens

Alphonsus de Guimaraens, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Alphonsus de Guimaraens.

Alphonsus de Guimaraens nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 24 de julho de 1870. Além de poeta, foi promotor e juiz. Morreu em 15 de julho de 1921, em Mariana, no estado de Minas Gerais.

Suas obras pertencem ao simbolismo brasileiro. Um de seus poemas mais famosos é “Ismália”:

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

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15. Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Augusto dos Anjos.

Augusto dos Anjos nasceu em 20 de abril de 1884, em Sapé, na Paraíba. Além de poeta, foi professor. Faleceu em 12 de novembro de 1914, em Leopoldina, no estado de Minas Gerais.

Suas obras fazem parte do pré-modernismo. Um de seus poemas mais conhecidos é “Versos íntimos”:

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

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16. Manuel Bandeira

Manuel Bandeira, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Manuel Bandeira.[1]

Manuel Bandeira nasceu em 19 de abril de 1886, na cidade de Recife, em Pernambuco. Além de poeta, foi inspetor escolar e professor. Morreu em 13 de outubro de 1968, na cidade do Rio de Janeiro.

Suas principais obras pertencem à primeira fase do modernismo brasileiro. Um de seus poemas mais famosos é “Vou-me embora pra Pasárgada”:

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau de sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

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17. Cora Coralina

Cora Coralina, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Cora Coralina.

Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na cidade de Goiás. Além de poetisa, foi vendedora de livros e doceira. Faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia.

Apesar de não se filiar a nenhum estilo de época, suas obras apresentam elementos modernistas. Uma de suas composições mais famosas é seu longo “Poema do milho”:

Milho...
Punhado plantado nos quintais.
Talhões fechados pelas roças.
Entremeado nas lavouras.
Baliza marcante nas divisas.
Milho verde. Milho seco.
Bem granado, cor de ouro.
Alvo. Às vezes vareia
— espiga roxa, vermelha, salpintada.
[...]

Tempo mudado. Revoo de saúva.
Trovão surdo, tropeiro.
Na vazante do brejo, no lameiro,
o sapo-fole, o sapo-ferreiro, o sapo-cachorro.
Acauã de madrugada
marcando o tempo, chamando chuva.
Roça nova encoivarada,
começo de brotação.
Roça velha destocada.

Palhada batida, riscada de arado.
Barrufo de chuva.
Cheiro de terra, cheiro de mato.
Terra molhada. Terra saroia.
Noite chuvada, relampeada.
Dia sombrio. Tempo mudado, dando sinais.
Observatório: lua virada. Lua pendida...
Circo amarelo, distanciado,
marcando chuva.
Calendário, Astronomia do lavrador.
[...]

Flor de milho, travessa e festiva.
Flor feminina, esvoaçante, faceira.
Flor masculina — lúbrica, desgraciosa.

Bonecas de milho túrgidas,
negaceando, se mostrando vaidosas.
Túnicas, sobretúnicas...
saias, sobressaias...
Anáguas... camisas verdes.
Cabelos verdes...
Cabeleiras soltas, lavadas, despenteadas...
— O milharal é desfile de beleza vegetal.
[...]

Boneca de milho, vestida de palha...
Sete cenários defendem o grão.
Gordas, esguias, delgadas, alongadas.
Cheias, fecundadas.
Cabelos soltos excitantes.
Vestidas de palha.

[…]

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18. Cecília Meireles

Cecília Meireles, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Cecília Meireles.

Cecília Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro. Além de poetisa, foi professora. Morreu em 9 de novembro de 1964, em sua cidade natal.

Suas obras pertencem à segunda fase do modernismo brasileiro. “Motivo” é um de seus poemas mais conhecidos:

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

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19. Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Carlos Drummond de Andrade.[2]

Carlos Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902, em Itabira, Minas Gerais. Além de poeta, foi funcionário público. Morreu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro.

É um autor da segunda geração modernista. Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”:

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

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20. Jorge de Lima

Jorge de Lima, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Jorge de Lima.[3]

Jorge de Lima nasceu em 23 de abril de 1893, em União dos Palmares, no estado de Alagoas. Além de poeta, foi médico, deputado e professor. Faleceu em 15 de novembro de 1953, no Rio de Janeiro.

É um autor da segunda geração modernista. Escreveu poemas como “A morte dos elementos”:

E há de vir um dia em que a Terra que acolheu teu cadáver

será vazia como um cemitério.

E da água que te batizou e te matou a sede não restará uma gota.

E o ar não envolverá a terra nem as águas;

e junto aos três elementos que tantas vezes na Vida

nem te deram prazer, nem te deram pesar,

indiferentes a ti como se não existissem;

só o fogo, o forte fogo invencível

pode acompanhar teu espírito e envolvê-lo.

E chorarás em vão e rangerás teus dentes.

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21. Murilo Mendes

Murilo Mendes, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Murilo Mendes.[4]

Murilo Mendes nasceu em 13 de maio de 1901, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Além de poeta, foi arquivista, inspetor de ensino, escrivão e professor. Morreu em 13 de agosto de 1975, em Lisboa, Portugal.

É um autor da segunda geração modernista. Um de seus poemas mais conhecidos é “Canção do exílio” (o qual dialoga com o poema romântico de Gonçalves Dias):

Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

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22. Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Vinicius de Moraes.[5]

Vinicius de Moraes nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913. Além de poeta, foi compositor, cantor e diplomata. Faleceu em 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro.

Foi um autor da segunda geração modernista. E um de seus poemas mais famosos é “Soneto de fidelidade”:

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

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23. Mario Quintana

Mario Quintana, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Mario Quintana.[6]

Mario Quintana nasceu em 30 de julho de 1906, na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Além de poeta, foi tradutor. Morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre.

Foi autor da segunda geração modernista. Um de seus poemas mais conhecidos é “O poeta e a ode”:

Sua firme elegância.
Sua força contida.
O poeta da ode
É um cavalo de circo.

Em severa medida
Bate o ritmo dos cascos.
De momento a momento,
Impacto implacável,
Tomba o acento na sílaba.

Dura a crina de bronze.
Rijo o pescoço alto.
Quem lhe sabe da tensa
Fúria, do sagrado
Ímpeto de voo?

Nobre animal, o poeta.

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24. João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
João Cabral de Melo Neto.[7]

João Cabral de Melo Neto nasceu em 9 de janeiro de 1920, em Recife, no estado de Pernambuco. Além de poeta, foi diplomata. Faleceu em 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro.

Foi um poeta da geração de 1945. Um de seus poemas mais conhecidos é “O cão sem plumas”, do qual destacamos um trecho:

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

[...]

Para saber mais sobre João Cabral de Melo Neto, clique aqui.

25. Ferreira Gullar

Ferreira Gullar, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Ferreira Gullar.[8]

Ferreira Gullar nasceu em 10 de setembro de 1930, em São Luís do Maranhão. Além de poeta, foi diretor da Funarte e roteirista da TV Globo. Faleceu em 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro.

Foi um poeta da geração de 1945. Seu livro mais conhecido é Poema sujo, que consiste em um longo poema autobiográfico, que começa assim:

turvo turvo

a turva

mão do sopro

contra o muro

escuro

menos menos

menos que escuro

menos que mole e duro menos que fosso e muro: menos que furo

escuro

mais que escuro:

claro

como água? como pluma? claro mais que claro claro: coisa alguma

e tudo

(ou quase)

um bicho que o universo fabrica e vem sonhando desde as entranhas

[...]

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26. Manoel de Barros

Manoel de Barros, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Manoel de Barros.

Manoel de Barros nasceu em 19 de dezembro de 1916, em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. Além de poeta, foi advogado e fazendeiro. Morreu em 13 de novembro de 2014, em Campo Grande.

Foi um autor da terceira fase do modernismo brasileiro, ou pós-modernismo. Uma de suas obras mais conhecidas é O livro das ignorãças, da qual destacamos este trecho:

Para apalpar as intimidades do mundo é preciso

saber:

a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca

b) O modo como as violetas preparam o dia para

morrer

c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas

têm devoção por túmulos

d) Se o homem que toca de tarde sua existência num

fagote, tem salvação

e) Que um rio que flui entre dois jacintos carrega

mais ternura que um rio que flui entre dois

lagartos

f) Como pegar na voz de um peixe

g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.

etc

etc

etc

Desaprender oito horas por dia ensina os princípios.

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27. Patativa do Assaré

Patativa do Assaré, um dos 30 poetas brasileiros mais importantes.
Patativa do Assaré.

Patativa do Assaré nasceu em 5 de março de 1909, na cidade de Assaré, no Ceará. Além de poeta, foi violeiro e trabalhador rural. Faleceu em 8 de julho de 2002, na cidade natal.

Suas obras apresentam elementos da literatura de cordel. A seguir, um fragmento de seu poema “Cante lá, que eu canto cá”:

Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.

Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí.
Cante lá, que eu canto cá.

Você teve inducação
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiô na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.

[...]

28. Hilda Hilst

Hilda Hilst, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Hilda Hilst.[8]

Hilda Hilst nasceu em 21 de abril de 1930, na cidade de Jaú, no estado de São Paulo. Além de poetisa, foi advogada. Morreu em 4 de fevereiro de 2004, em Campinas.

Foi uma autora da terceira fase do modernismo brasileiro, ou pós-modernismo. A seguir, o início de seu livro Presságio:

Stela, me perguntaram
se permaneces no tempo.
Se teu rosto de coral
e teus cabelos de pedra
ficarão indefinidos
no espaço, pedindo sol.

Ainda ontem te vi.
Olhar quase estagnado.
Descias azuis escadas
com aquele teu xale verde.
Aquele xale de Stela
parecia feito d’água:
verde aguado, verde aguado.

Debaixo dos teus dois braços
trazias rosas molhadas.

Aquelas rosas de Stela
e Stela me perguntando
se a morte é cousa que passa.

Stela, que desconsolo.
Não sabes onde termina
a aurora de tua presença.

No tempo, se é que existes,
só ficarás peregrina.

Como pesa: Stela e eu.

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29. Adélia Prado

Adélia Prado, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Adélia Prado.[9]

Adélia Prado nasceu em 13 de dezembro de 1935, na cidade de Divinópolis, Minas Gerais. Além de poetisa, foi professora.

É autora da literatura contemporânea brasileira, e um de seus poemas mais conhecidos é “Com licença poética”:

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não tão feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

(dor não é amargura).

Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

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30. Ana Cristina Cesar

Ana Cristina Cesar, uma entre os 30 poetas brasileiros mais importantes.
Ana Cristina Cesar.

Ana Cristina Cesar nasceu em 2 de junho de 1952, no Rio de Janeiro. Além de poetisa, foi professora. Faleceu em 20 de outubro de 1983, em sua cidade natal.

Fez parte da geração mimeógrafo, referente à literatura marginal dos anos 1970. A seguir, um fragmento de sua obra A teus pés:

O tempo fecha.

Sou fiel aos acontecimentos biográficos.

Mais do que fiel, oh, tão presa! Esses mosquitos que não largam! Minhas saudades ensurdecidas por cigarras! O que faço aqui no campo declamando aos metros versos longos e sentidos? Ah que estou sentida e portuguesa, e agora não sou mais, veja, não sou mais severa e ríspida: agora sou profissional.

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Frases dos poetas brasileiros mais famosos

Poetas brasileiros da atualidade

Fotografia de Elisa Lucinda, poetisa e atriz que está entre os poetas brasileiros da atualidade.
Elisa Lucinda está entre os poetas brasileiros da atualidade.[10]

Entre os poetas brasileiros da atualidade, estão:

Créditos de imagem

[1] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[2] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[3] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[4] Wikimedia Commons (reprodução)

[5] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[6] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[7] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[8] Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

[9] Ministério da Cultura / Wikimedia Commons (reprodução)

[10] Sergio Almeida / Conselho Nacional do Ministério Público / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

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ABL. Castro Alves: biografia. Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/castro-alves/biografia.

ABL. Cláudio Manoel da Costa: biografia. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/claudio-manoel-da-costa/biografia.

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ABL. Ferreira Gullar. Disponível em: https://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Fsid%3D1042/biografia.

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ABL. Gregório de Matos: textos escolhidos. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/gregorio-de-matos/textos-escolhidos.

ABL. João Cabral de Melo Neto: biografia. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/joao-cabral-de-melo-neto/biografia.

ABL. Manuel Bandeira: biografia. Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/manuel-bandeira/biografia.

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Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/literatura/30-poetas-brasileiros-importantes.htm