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Trombofilia

A trombofilia é uma condição clínica em que ocorre uma maior predisposição a eventos trombóticos. Ela pode ter causa hereditária ou ser adquirida.

A trombofilia aumenta os riscos de formação de trombos
A trombofilia aumenta os riscos de formação de trombos
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Trombofilia é o nome dado a uma maior predisposição para um acontecimento tromboembólico, ou seja, um risco aumentado de se ter a formação de trombos (massa formada pela coagulação de sangue) no organismo. Essa predisposição também é responsável por causar complicações no que diz respeito à gravidez, uma vez que pessoas com esse problema apresentam maior dificuldade para engravidar, gestações com complicações, fetos com baixo desenvolvimento e aborto.

Geralmente as pessoas que apresentam trombofilia apresentam um evento trombótico ainda jovens, com maior risco de recorrência. As trombofilias podem ser herdadas ou ocorrer por outros fatores, sendo, nesse caso, chamadas de trombofilias adquiridas.

Trombofilia hereditária

A trombofilia hereditária é aquela em que o paciente apresenta uma anormalidade hereditária que favorece os eventos tromboembólicos, entretanto, para que esses eventos ocorram, é necessária a interação com componentes adquiridos ou outros componentes hereditários. Geralmente esse tipo de trombofilia está ligado a problemas nos fatores de inibição de coagulação ou a mutações em fatores de coagulação.

Nesse tipo de trombofilia, o paciente já nasce com a doença, a qual é herdada de seus familiares. Durante a infância e a adolescência, é pouco comum o surgimento de problemas relacionados com essa condição clínica, entretanto, a partir dos 15 anos, o risco de se ter um evento trombótico é aumentado cerca de 2% a 4% ao ano. Estima-se que, por volta dos 50 anos, mais da metade dos pacientes já teve um evento trombótico, seja ele espontâneo, seja em decorrência de algum fator de risco.

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As trombofilias hereditárias apresentam uma predisposição aumentada para tromboembolismo venoso e geralmente acometem indivíduos mais jovens, com menos de 45 anos, e de uma maneira recorrente. Essa trombofilia apresenta como principais manifestações a trombose venosa profunda nos membros inferiores e embolia pulmonar. Além disso, as trombofilias hereditárias estão muito relacionadas com problemas na gestação. Entre as principais complicações, podemos citar abortos de repetição, restrição de crescimento do feto e parto pré-termo.

Trombofilia adquirida

A trombofilia adquirida ocorre em decorrência de condições clínicas diversas, como o uso de medicamentos. Ela pode ocorrer em qualquer fase da vida de uma pessoa, até mesmo ainda no desenvolvimento fetal. Entre os principais fatores de risco para trombofilia adquirida, podemos citar idade avançada, neoplasias, gravidez e puerpério, hiperviscosidade, uso de anticoncepcionais orais, traumas e operações, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, imobilização prolongada e doenças mieloproliferativas.

Tratamento para trombofilia

Pacientes com trombofilia realizam um tratamento com medicamentos para evitar um evento trombótico. Geralmente as drogas mais utilizadas são a heparina não fracionada e a heparina de baixo peso molecular. Anticoagulantes orais, como a varfarina, podem ser utilizados, e outras abordagens podem ser recomendadas, como o uso de meias de contenção elástica.

Por Ma. Vanessa dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Trombofilia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/trombofilia.htm. Acesso em 18 de abril de 2024.

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