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Tabagismo

O tabagismo é considerado uma doença crônica e é fator de risco para diferentes doenças, como enfisema pulmonar e variados tipos de câncer.

Vista aproximada de um jovem levando um cigarro à boca.
O tabagismo é um fator de risco para diferentes problemas de saúde, os quais podem até mesmo levar o indivíduo à morte.
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 O tabagismo pode ser definido como uma doença crônica que se caracteriza pela dependência da nicotina, a qual é conseguida por meio do consumo de produtos que contenham tabaco. Diversos problemas de saúde estão relacionados com o uso do tabaco, tais como enfisema pulmonar, câncer de pulmão, bronquite crônica, catarata, osteoporose e impotência sexual.

A doença é responsável por causar a morte de milhares de pessoas todos os anos, sendo considerada uma causa evitável de mortes e adoecimento. Vale salientar que parar de fumar não é tarefa fácil e necessita, muitas vezes, de acompanhamento para que melhores resultados sejam obtidos.

Confira nosso podcast: 10 principais causas de morte no mundo

Tópicos deste artigo

Resumo sobre tabagismo

  • Tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, uma substância encontrada em diferentes produtos que possuem tabaco.

  • O tabagismo relaciona-se com a morte de milhares de pessoas todos os anos.

  • Fumante passivo é o indivíduo que convive com fumantes e por isso também pode desenvolver problemas respiratórios.

  • Câncer, úlcera, problemas respiratórios, impotência, osteoporose, catarata e infertilidade são alguns dos problemas relacionados com o uso do tabaco.

  • Parar de fumar nem sempre é tarefa fácil, entretanto, os benefícios são imediatos e reduzem o risco de morte por diferentes problemas de saúde.

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O que é o tabagismo?

O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, uma substância encontrada em todos os derivados do tabaco. Presente em cigarros, cachimbos, charutos, cigarro de palha e outros, a nicotina afeta o sistema nervoso central e é responsável por desencadear sensação de prazer ao ser utilizada, o que favorece o desenvolvimento da dependência.

Segundo informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o tabaco mata até metade de seus usuários. O tabagismo é considerado uma causa evitável de mortes, ou seja, é um problema desencadeador de doenças graves, mas devido ao fato de seu uso ser uma escolha do indivíduo, é um fator de risco que pode ser evitado. Vale salientar, no entanto, que o tabaco também provoca morte de pessoas que são expostas ao fumo passivo e que, ocasionalmente, não conseguem se livrar dessa situação.

→ O que é um fumante passivo?

Muitas vezes, ocorrem situações de exposição à fumaça provocada pela queima do tabaco sem que se seja realmente fumante, como quando há convivência com fumantes em uma mesma casa. Nessas situações, há os chamados fumantes passivos, que inalam a fumaça de outrem. Assim, apesar de não utilizar diretamente o tabaco, eles também sofrem as consequências nocivas desse produto.

Ressalta-se que os fumantes passivos podem desenvolver problemas graves de saúde, sendo crianças e bebês os mais suscetíveis. Quadros de pneumonia, bronquite, asma e doenças cardiovasculares podem surgir nos fumantes passivos, os quais podem até mesmo morrer em decorrência de problemas gerados pela inalação da fumaça.

Consequências do tabagismo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas anualmente. Ainda segundo a OMS, mais de sete milhões dessas mortes são resultantes do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão de mortes são de não fumantes expostos ao fumo passivo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo no Brasil.

 Homem fumando em um ambiente fechado com um bebê em seu colo que se encontra na posição de fumante passivo.
Pessoas não fumantes que são expostas à fumaça do tabaco também podem desenvolver problemas de saúde.

O tabagismo relaciona-se com o desenvolvimento de diferentes problemas de saúde, tais como:

De forma distinta do que muitos pensam, o tabaco não tem a ver apenas com o risco aumentado de desenvolver câncer de pulmão. Ele contribui, de acordo com o Inca, para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, como:

  • leucemia mieloide aguda;

  • câncer de bexiga;

  • câncer de pâncreas;

  • câncer de fígado;

  • câncer do colo do útero;

  • câncer de esôfago;

  • câncer de rim e ureter;

  • câncer de laringe (cordas vocais);

  • câncer na cavidade oral (boca);

  • câncer de faringe (pescoço);

  • câncer de estômago;

  • câncer de cólon e reto;

  • câncer de traqueia e brônquios.

Não podemos deixar de citar ainda os problemas desencadeados pelo fumo durante a gestação. Abortos, nascimentos prematuros e de crianças com peso abaixo do normal são algumas das consequências do tabagismo durante a gravidez.

O tabagismo também provoca envelhecimento precoce, amarelamento dos dentes e opacidade dos cabelos. As pessoas que fumam apresentam ainda menos fôlego e um desempenho pior em atividades físicas que os não fumantes.

Interessante: É proibida a publicidade de produtos de tabaco no Brasil. Além disso, em nosso país é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público.

Saiba mais: Riscos do uso de narguilé — quais são eles?

Dependência da nicotina

Muitas pessoas iniciam o uso do cigarro e outras formas do tabaco por simples curiosidade e influência de outros indivíduos. Muitos nunca mais utilizam esses produtos novamente, enquanto outros mantêm o uso e se tornam dependentes da nicotina. O desenvolvimento da dependência está relacionado com diversos motivos, dentre os quais podemos citar fatores genéticos, familiares e comportamentais.

A pessoa dependente da nicotina, assim como pessoas dependentes de outras drogas, nem sempre consegue se livrar do vício sozinha. Na maioria dos casos, a ajuda profissional é fundamental nesse processo para que ele ocorra de maneira tranquila e definitiva.

Para escolher o melhor tratamento, o médico deve avaliar elementos como o grau de dependência da pessoa, quais os gatilhos que favorecem o uso de tabaco pelo indivíduo, se o paciente apresenta algum problema emocional associado ao uso da substância e se há a real vontade de deixar de fumar.

É importante que o paciente tenha em mente que largar o tabaco nem sempre é uma tarefa fácil, e haverá, em algumas situações, recaídas. Desse modo, ao retirar a nicotina de um indivíduo dependente, este pode apresentar sintomas como fissura (vontade muito grande de fumar novamente), boca seca, dores de cabeça, tremores, ansiedade, nervosismo, fome, dificuldade para dormir, dentre outros problemas.

Apesar de parecer, muitas vezes, impossível largar o vício, é importante que o paciente foque em seus objetivos, não tenha vergonha de pedir ajuda e que compreenda que os benefícios para a saúde são incalculáveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, os benefícios podem ser sentidos imediatamente após a interrupção do uso do cigarro. É possível observar a pressão sanguínea e a pulsação voltarem ao normal após 20 minutos de o consumo ser interrompido e o nível de oxigênio se normalizar após oito horas.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o olfato e o paladar melhoram após cerca de dois dias, e a respiração e a circulação melhoram após cerca de três semanas. O risco de infarto reduz pela metade após um ano de interrupção do uso do tabaco. Dentro de cinco a dez anos, o risco de infarto é comparado ao de não fumantes.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia 

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Tabagismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/tabagismo.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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