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Dicas de redação para concursos e vestibulares

Quem disse que escrever é tarefa fácil? Mas, felizmente, existem dicas de redação que podem nortear seus estudos e ajudar na compreensão do funcionamento da linguagem escrita.

Embora escrever seja uma tarefa árdua para muitos, existem algumas dicas de redação que podem elucidar os mecanismos da língua escrita
Embora escrever seja uma tarefa árdua para muitos, existem algumas dicas de redação que podem elucidar os mecanismos da língua escrita
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Quem nunca ficou apreensivo diante de uma folha de redação? Elemento fundamental para a composição da nota em concursos e vestibulares, a redação costuma provocar muita dor de cabeça nos candidatos, pois nesse momento todo nosso conhecimento linguístico é colocado à prova dos leitores/corretores, que julgarão se somos ou não proficientes na escrita da língua portuguesa.

Contudo, embora compor uma boa redação não seja tarefa fácil, existem algumas dicas que podem ajudar você a organizar melhor as ideias. Elaboramos para você dez dicas de redação para concursos e vestibulares que podem nortear os seus estudos. Lembre-se: são dicas, o que não exime você de buscar cada vez mais o aprimoramento, certo?

1. Todo bom escritor é, por excelência, bom leitor. Quando lemos, assimilamos novas ideias e percebemos o funcionamento da língua na prática. Embora as gramáticas apresentem as regras para uma escrita correta, nem sempre mostram as reais situações de uso, que serão encontradas apenas em textos dos mais diversos gêneros. Portanto, ler é o melhor aprendizado para quem estuda os mecanismos da língua, seja ela qual for;

2. Treine a escrita, pois a prática faz o bom escritor. O aprendizado fica ainda mais fundamentado e solidificado quando temos alguém para nos orientar, portanto, escreva muito, mas sempre que possível solicite a correção de seus textos para alguém com conhecimento específico na área;

3. Fique atento às instruções que são repassadas na coletânea de textos para a composição da redação e respeite o número mínimo e máximo de linhas. Cada linha que você ultrapassa é desconsiderada no momento da correção e certamente afetará seu desempenho;

4. Quando terminar de escrever, releia todo o texto. Uma leitura cuidadosa pode filtrar erros gramaticais, assim como problemas mais complexos que afetem a coerência e a coesão do seu texto;

5. Uma redação não deve ser muito grande, nem muito pequena. Para evitar esse tipo de situação, geralmente um bom texto tem de quatro a cinco parágrafos, pois essa forma contempla bem o desenvolvimento de todas as partes que compõem a redação, ou seja, introdução, desenvolvimento e conclusão;

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6. A objetividade é um fator que conta muitos pontos a seu favor. Evite rodeios, vá direto ao assunto, optando por uma linguagem mais incisiva e enxuta. Chavões e clichês são considerados termos desnecessários, por isso, evite-os;

7. Respeite a forma da redação, isto é, obedeça às margens e faça o recuo correto dos parágrafos, afinal de contas, eles são essenciais para mostrar ao seu leitor que um novo bloco de ideias será iniciado. Fique atento também à letra, se não houver restrições expressas no caderno de redação, prefira a letra de forma, pois geralmente são mais legíveis;

8. O uso do título em uma redação nem sempre é obrigatório, por isso fique atento às instruções. Caso ele seja solicitado, deve ser uma frase nominal, breve e não pontuada;

9. Pontue suas orações com mais frequência. Períodos longos podem tornar a leitura enfadonha e deixar a escrita mais propensa a erros relacionados à coerência e à coesão;

10. Geralmente, a redação é a última atividade no caderno de provas, o que não quer dizer que você precise deixá-la para o final. Seu texto pode ser responsável pela composição de até 60% da nota, sendo assim, tente priorizá-lo. Caso opte pelo rascunho, o que é aconselhável, fique atento quando for passar a limpo, leia com cuidado para não esquecer de nenhuma palavra ou frase.

As dicas aqui sugeridas podem ajudar você na composição de uma boa redação. Porém, lembre-se: não existe um manual a ser seguido e, infelizmente, ainda não inventaram uma fórmula mágica que faz de nós exímios escritores da noite para o dia. A proficiência na modalidade escrita demanda tempo, dedicação, muito treino e alguma inspiração, portanto, bom trabalho e bons estudos!


Por Luana Castro
Graduada em Letras

Escritor do artigo
Escrito por: Luana Castro Alves Perez Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PEREZ, Luana Castro Alves. "Dicas de redação para concursos e vestibulares"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/dicas-redacao-para-concursos-vestibulares.htm. Acesso em 18 de março de 2024.

De estudante para estudante


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Lista de exercícios


Exercício 1

Sobre as diferenças entre o título e o tema, é incorreto afirmar:

a) Título e tema, apesar de serem elementos distintos, comumente são empregados como sinônimos. Ambos são partes de um mesmo tipo de composição, contudo apresentam definições diversas.

b) O tema é o assunto a ser abordado, previamente delimitado e sobre o qual você deverá discorrer ao longo do texto.

c) O título é o assunto a ser abordado, previamente delimitado e sobre o qual você deverá discorrer ao longo do texto.

d) O título deve ser composto por frases curtas e nominais e disposto no início do texto, oferecendo ao leitor uma vaga ideia sobre o assunto que será abordado.

Exercício 2

(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) Leia o texto para responder à questão sobre coesão textual:

Cidade maravilhosa?

Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas.

Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.

Rubem Braga

Assinale a alternativa em que o antecedente do termo sublinhado NÃO está localizado no mesmo segmento destacado do texto:

a) “...eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma”;

b) “Artistas e artesãos expõem ali aos domingos, e vendem suas coisas”;

c) “O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre...”;

d) “Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas...”;

e) “Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles...”.