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Keynesianismo

O keynesianismo é a teoria econômica que defende a interferência estatal na economia para garantir o equilíbrio econômico e o emprego. É considerado oposto ao liberalismo.

O keynesianismo recebeu esse nome em homenagem ao economista John Maynard Keynes, um de seus principais desenvolvedores.
O keynesianismo recebeu esse nome em homenagem ao economista John Maynard Keynes, um de seus principais desenvolvedores.
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O keynesianismo é uma das principais teorias econômicas da atualidade e tem como principal característica a defesa da intervenção do Estado na economia do país por diferentes mecanismos, como a geração de emprego, o controle dos juros, das taxas alfandegárias, entre outros. Foi desenvolvido na década de 1930, durante a grave crise econômica que atingia o mundo, e surgiu como uma resposta ao liberalismo clássico, em vigor nos Estados Unidos até a crise.

Durante a Guerra Fria, o keynesianismo alcançou seu auge por meio do estado de bem-estar social. Durante o período, o Estado era responsável por garantir a qualidade de vida da população para evitar que esta caísse nas tentações do comunismo soviético. Com o fim da União Soviética, o keynesianismo perdeu forças e gradativamente foi substituído pelo neoliberalismo. Esse processo continua na atualidade.

Leia também: Livre mercado — modelo econômico que defende a não intervenção do Estado na economia

Tópicos deste artigo

Resumo sobre keynesianismo

  • O keynesianismo, também chamado de escola keynesiana, é a teoria econômica favorável à interferência do Estado na economia.
  • John Maynard Keynes foi um dos principais desenvolvedores e difusores da teoria, por isso ela recebeu seu nome.
  • Opõe-se ao liberalismo clássico de Adam Smith, que acredita no livre mercado, sem a intervenção estatal na economia.
  • Um dos seus principais objetivos é evitar o desemprego em massa e as consequentes crises provocadas por esse fenômeno.
  • Mostrou-se eficiente em manter a economia durante momentos de crise, como nas Guerras Mundiais e nas pandemias de gripe espanhola e de covid-19.
  • Países como a Suécia, Noruega e Finlândia adotam historicamente o keynesianismo, também chamado de keynesianismo nórdico.

Videoaula sobre keynesianismo

O que é keynesianismo?

O keynesianismo, também chamado de escola keynesiana, é uma teoria econômica que defende que o Estado deve intervir na economia sempre que for necessário. A intervenção tem por objetivos evitar crises, desemprego em massa e aumento descontrolado da inflação, bem como garantir o crescimento econômico.

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Principais características do keynesianismo

Ao contrário da teoria liberal, fundada por Adam Smith, que defende que a economia se regula sozinha, sem necessitar da intervenção do Estado, o keynesianismo defende que o governo deve intervir sempre que for necessário, para garantir o adequado funcionamento da economia, mesmo em momento de crise global.

A noção de pleno emprego, ou seja, de que todas as pessoas economicamente ativas devem ter um emprego, é outra característica do keynesianismo clássico. Já para Adam Smith, o aumento do número de desempregados em um país faria com que o valor da mão de obra caísse, fazendo com que as empresas passassem a contratar novamente. Para Keynes, o Estado deve intervir para garantir o emprego, mesmo que seja criando diretamente vagas em empresas estatais ou obras públicas.

Garantir a qualidade de vida da população também é outro objetivo do keynesianismo. Em casos extremos, o Estado deve criar benefícios sociais para as pessoas que não conseguem se manter financeiramente. Esse pensamento keynesiano serviu como a base para a construção do estado de bem-estar social, que ganhou força, após a Segunda Guerra Mundial, na Europa e nos Estados Unidos.

Veja também: Afinal, o que é o Estado?

Como funciona o keynesianismo?

Um conceito importante para entender o keynesianismo é o de procura agregada — que consiste na soma do consumo de famílias, empresas e governo. Para a escola keynesiana, a procura agregada é o motor da economia e deve ser artificialmente controlada. Para os keynesianos, a procura agregada é volátil, podendo ser influenciada por diversos fatores. Muitos desses fatores, como guerras e crises climáticas, podem ocorrer em outros países, o que pode alterar o preço da de energia e das commodities, por exemplo.

Pela sua volatilidade, a procura agregada pode causar recessões econômicas, quando ela é baixa, ou inflação, quando é alta. Para evitar a recessão ou a inflação, o governo e o Banco Central devem agir em conjunto, o primeiro alterando a política fiscal e o segundo, a política monetária.

Em momento de recessão, por exemplo, o Estado deve realizar obras de infraestrutura, empregando parte dos desempregados e, dessa forma, aumentando a procura agregada. O Estado pode ainda criar programas de transferência de renda para a população mais pobre, reduzir os juros ou mesmo conceder isenções fiscais, entre outras medidas que podem combater a recessão.

Já em momentos de inflação, quando a procura é alta, o Estado pode, por exemplo, aumentar as taxas de juros, o que reduz os empréstimos, o dinheiro disponível no mercado e, assim, a procura agregada.

Outra prática da escola keynesiana é a criação de empresas estatais que atuam em áreas estratégicas, principalmente nas que a iniciativa privada não atua. Mesmo países considerados liberais, como os Estados Unidos, possuem diversas empresas estatais com a função de atuar em áreas estratégicas.

Entre as estatais norte-americanas, temos o Serviço Postal dos Estados Unidos, semelhante aos nossos Correios; a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, conhecida como Nasa; e a Corporação Nacional de Ferrovias de Passageiros, a AMTRAK — responsável pelo transporte de mais de 30 milhões de passageiros por ano em mais de 33 mil quilômetros de ferrovias administradas pela estatal.

Qual a origem do keynesianismo?

Na década de 1920, o Estado norte-americano adotou práticas consideradas liberais na economia, não interferindo nela para combater o desemprego que começou a crescer nos últimos anos da década de 1920. Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque, dando início a uma das piores crises do capitalismo.

Os anos que se seguiram à quebra da bolsa ficaram conhecidos como Grande Depressão. O desemprego chegou a quase 30% da população dos Estados Unidos, muitas pessoas perderam suas casas e passaram a viver nas chamadas hoovervilles, áreas próximas de centros urbanos com barracos feitos de materiais de pouca durabilidade. O nome era uma referência a Herbert Clark Hoover, presidente do país na época.

Milhões de pessoas passaram a se alimentar graças ao governo, aos sindicatos, às igrejas e às instituições de caridade. A crise nos Estados Unidos atingiu diversos países, entre eles o Brasil e a Alemanha, que, em poucos anos, elegeria Hitler e o Partido Nazista para governarem a população alemã.

Favela construída durante a Grande Depressão, quando surgiu o keynesianismo.
O keynesianismo foi uma resposta direta à Crise de 1929. Na imagem, uma hooverville construída por sem-tetos após a crise.[1]

Foi nesse contexto de crise provocada pelo liberalismo que as ideias de John Keynes ganharam grande popularidade entre os economistas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em 1933, Keynes publicou uma carta aberta ao recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt. Na carta, ele fez diversas recomendações ao novo presidente.

Ainda em 1933, Roosevelt colocou em prática o seu plano econômico conhecido como New Deal. Muitas das práticas adotadas no plano são consideradas keynesianas. Em 1936 Keynes publicou o livro A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, considerado base teórica do keynesianismo.

Quem foi John Maynard Keynes?

John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, na Inglaterra, em 1883, período de grande desenvolvimento econômico do país conhecido como “vitoriano”. Seu pai era um professor universitário, formado em economia, sua mãe ocupou cargos eletivos municipais e realizou diversas obras assistenciais.

Desde a infância, Keynes se destacou na escola na área de exatas, sobretudo em matemática. Em 1901, ele recebeu o Prêmio Tomline de Matemática, um dos principais prêmios de matemática nos EUA.

Em 1908, Keynes iniciou pesquisas sobre probabilidade na Universidade de Cambridge, na qual também pesquisava sobre economia. Em 1909 publicou seu primeiro artigo no Economic Journal; dois anos depois, foi contratado como editor do mesmo jornal. Em 1913, ele foi nomeado membro da Comissão Real das Moedas e Finanças da Índia, criada pela Inglaterra para encontrar soluções para a forte crise que afetava a economia indiana no período.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Keynes ocupou diversos cargos no governo britânico, ajudando o país a manter sua economia funcionando durante o conflito. Após a guerra, ele foi enviado para a Conferência de Paz de Versalhes, ocupando a função de representante do Tesouro inglês durante as negociações que produziram o tratado.

Durante a Grande Depressão, o keynesianismo passou a ter influência na economia de alguns países, sobretudo nos Estados Unidos, na Alemanha Nazista e na Suécia. Em 1933, após sua carta ao presidente, Keynes passou a se encontrar com Roosevelt, aconselhando-o sobre a economia do país.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Keynes novamente atuou com o governo inglês. Nos anos finais do conflito, ele passou a liderar a delegação inglesa para a criação do Banco Mundial e dos Acordos de Bretton Woods, responsáveis por criar as regras do novo sistema monetário internacional e o Fundo Monetário Internacional. O acordo, ainda, definiu o dólar norte-americano como moeda de lastro mundial e que os países-membros do FMI deveriam realizar intervenções pontuais em suas economias para evitar novas crises mundiais.

Em 1946, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, Keynes faleceu de infarto. Ele deixou um grande legado, sendo atualmente um dos economistas que mais influenciam a economia.

Onde a teoria keynesiana foi utilizada?

As ideias keynesianas foram aplicadas, pela primeira vez, no chamado New Deal, de 1933. Com a baixa procura agregada no início do período e um grande desemprego, o governo Roosevelt iniciou diversas obras de infraestrutura públicas que contrataram milhares de trabalhadores.

Durante o New Deal, a jornada de trabalho foi reduzida para aumentar as vagas no mercado de trabalho e um salário mínimo foi criado. Também foi criada uma previdência social, com o objetivo de garantir renda para aposentados e outros grupos fora da população economicamente ativa.

Golden Gate, ponte construída por influência do keynesianismo.
A Golden Gate foi uma das obras públicas que empregaram grande número de trabalhadores.

Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética se tornou uma superpotência mundial e seu modo de produção socialista se tornou uma ameaça ao capitalismo. Como resposta a essa ameaça, os governos dos países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos adotaram o estado de bem-estar social, fortemente influenciado pelo keynesianismo.

O estado de bem-estar tem como objetivo garantir o emprego e a qualidade de vida da população. Sob essa orientação, o Estado é responsável por garantir emprego, moradia, saúde, educação, lazer e previdência social para a população. No referido período, surgiu a ideia do estilo de vida americano, o american way of life.

Durante a Guerra Fria, o estilo de vida americano foi largamente utilizado na propaganda estatal, valorizando a qualidade de vida da população, sempre associada a posses, como automóveis, motocicletas, roupas, acessórios, eletrodomésticos, entre outros.

A partir de 1973, com a Crise do Petróleo, o keynesianismo começou a perder popularidade entre os governos do mundo e o neoliberalismo passou a ser adotado no seu lugar.

Com a crise de 2008, o keynesianismo, também chamado de neokeynesianismo, passou novamente a ganhar força em diversos países como forma de superar a crise. Ainda em 2018, diversos economistas, entre eles o vencedor do Prêmio Nobel Paul Krugman, passaram a defender a adoção de políticas keynesianas para evitar o aprofundamento da crise.

Com a pandemia de covid-19, novamente o keynesianismo ganhou força, com Estados de todo o mundo interferindo diretamente na economia para garantir o seu saudável funcionamento. Benefícios sociais foram pagos aos trabalhadores que não podiam exercer suas atividades por causa das medidas restritivas, e diversas empresas receberam recursos para que continuassem a funcionar.

Nesse contexto de emergência sanitária e econômica mundial, essas medidas keynesianas fizeram com que as economias mundiais sobrevivessem, assim como milhões de seres humanos.

Saiba mais: Principais diferenças entre socialismo e capitalismo

Liberalismo, keynesianismo e neoliberalismo

O chamado liberalismo clássico predominou nos países desenvolvidos até a Crise de 1929. Após a crise, o keynesianismo passou a ser adotado como teoria predominante e ganhou mais força ainda durante a Guerra Fria.

Em 1973, após o apoio ocidental a Israel na Guerra do Yom Kippur, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), composta majoritariamente por países árabes, aumentou o preço do barril de petróleo em retaliação aos Estados Unidos e seus aliados.

O aumento do combustível causou a Crise do Petróleo. A partir desse momento, o keynesianismo começou a perder força e a teoria neoliberal passou a ser adotada em alguns países, como nos Estados Unidos de Ronald Reagan, na Inglaterra de Margareth Thatcher e na ditadura chilena do general Pinochet.

Em 1989, com o iminente fim da União Soviética, ocorreu o Consenso de Washington. Diversas instituições sediadas em Washington participaram do encontro, como o FMI, o Banco Mundial, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, além de diversos economistas.

A principal decisão tomada na reunião foi a de levar o neoliberalismo para outros países, sobretudo para a América Latina. Para atingir esse objetivo, foram utilizados o Tesouro norte-americano e os recursos do FMI, instituições que só investiriam e financiariam países que adotassem o neoliberalismo.

A partir do início da década de 1990, o Brasil passou a implementar o neoliberalismo, adotando medidas propostas pelo Consenso de Washington. Durante essa década, diversas estatais foram privatizadas, entre elas a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Cosipa, a Embraer, a Telebrás, entre muitas outras.

Além das privatizações, são medidas neoliberais a abertura econômica para capitais internacionais, a redução das taxas protecionistas, a flexibilização das leis trabalhistas e a redução dos impostos. O processo de implementação do neoliberalismo ocorre ainda hoje no Brasil e é executado por União, estados e municípios.

Críticas, vantagens e desvantagens do keynesianismo

Alguns críticos do keynesianismo afirmam que se trata de uma teoria socialista por ter um Estado que controla a economia. No entanto, o keynesianismo é capitalista, pois não propõe o fim da propriedade privada dos meios de produção ou uma economia planificada. A proposta de Keynes é a de que o Estado atue onde a iniciativa privada não consegue atuar, como em áreas de alto investimento ou que geram poucos lucros.

Outra crítica feita ao keynesianismo é a de que o modelo necessita de altos impostos. Isso transfere recursos da iniciativa privada para o Estado, o que desestimula a inovação e dificulta investimentos e o crescimento. Os críticos alegam que o keynesianismo não é sustentável economicamente e que não pode ser mantido por muito tempo, gerando grande déficit orçamentário.

Os defensores do keynesianismo usam como exemplo o keynesianismo nórdico, adotado por países como Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia. Nesses países os cidadãos pagam altos impostos ao governo e o Estado emprega boa parte da população. Os países que adotam o keynesianismo nórdico estão entre os que possuem os melhores IDH do mundo e pesquisas apontam que suas populações estão entre as mais felizes do mundo.

Outra vantagem do keynesianismo é a sua eficácia em lidar com crises, como a Crise de 1929, a de 2008 ou com a pandemia de covid-19. Após todas elas, o keynesianismo foi a tábua de salvação da economia mundial.

Créditos da imagem

[1] Wikimedia Commons

Fontes

BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. Editora Edipro, São Paulo, 2017.

OLIVEIRA, Robson Campos de. História do pensamento econômico. Editora Saraiva, São Paulo, 2017. 

Escritor do artigo
Escrito por: Jair Messias Ferreira Junior Pós-graduado em História pela Unicamp e professor da Educação Básica há mais de 20 anos. Também é formador de professores e produtor de materiais didáticos há mais de 10 anos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

JUNIOR, Jair Messias Ferreira. "Keynesianismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/doutrina-keynesiana.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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