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A periferia do Absolutismo

Com menos destaque que os casos da Europa ocidental, o Absolutismo também se verificou no leste da Europa.

A águia de duas cabeças, olhando para os dois lados do mundo, demonstra o interesse da monarquia absolutista russa em unir ocidente e oriente
A águia de duas cabeças, olhando para os dois lados do mundo, demonstra o interesse da monarquia absolutista russa em unir ocidente e oriente
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Os Estados Absolutistas da Europa ocidental foram os mais fortes e que exerceram maior influência sobre o restante do mundo. Entretanto, não foram apenas França, Inglaterra, Espanha e Portugal que conseguiram uma centralização do Estado com características absolutistas. Três outros casos existiram e é necessário tratar: a Rússia, a Prússia e o Império Austríaco.

Na Rússia, a centralização do poder em torno de um rei consolidou-se com Ivan, o Grande (1462-1505), depois de um processo de aglutinação empreendido por vários príncipes em torno do grão-ducado de Moscou. Ivan se proclamou czar (= césar) do Império Russo, cujos domínios se estenderam de Moscou até os Montes Urais e ao Oceano Glacial Ártico. Foi sob o reinado de Ivan, o Grande que foi construído o Kremlin, sede do governo. Outro que se destacou na obtenção de terras ao Império foi Ivan, o Terrível (1533-1584), conquistando terras ao sul e no oriente, ao mesmo tempo em que colonizou a fria Sibéria.

A ligação do Império Russo com o Ocidente se deu sob o reinado de Pedro, o Grande (1672-1725). Ele estimulou o desenvolvimento econômico e buscou modernizar as estruturas do Estado, criando exército e marinha regulares, estruturação financeira estatal e uma administração pública pautada em critérios mais racionais, com o objetivo de alcançar uma eficiência administrativa. Esta europeização do Império Russo fez com que Pedro, o Grande, construísse uma cidade mais a oeste de Moscou. São Petersburgo, às margens do Mar Báltico, foi o símbolo dos esforços de modernização empreendidos pelo czar Pedro, cuja corte real se esforçava em adotar vários hábitos de suas congêneres europeias, como vestimentas e o uso de tabaco.

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Outro caso de Absolutismo se deu na Prússia, um reino que fazia parte do Sacro-Império Romano-Germânico e que utilizou do apoio à Reforma Protestante para anexar terras da Igreja católica. Frederico Guilherme Hoherzollern de Brandemburgo transformou a Prússia no principal dos Estados alemães unificando os nobres, junkers, e fortalecendo a estrutura estatal através da cobrança de tributos unificados em todo o território, estimulando o comércio e criando um exército regular. Os esforços de seus sucessores Frederico I (1688-1713), Frederico Guilherme I (1713-1740) e Frederico II (1740-1786) levaram a Prússia a se tornar um dos principais Estados europeus, e a criar a estrutura para a unificação alemã no século XIX.

OImpério Austríaco era também produto do Sacro-Império Romano Germânico, e que sob o controle da dinastia dos Habsburgo fez com que este Estado agrário e feudal estendesse seus territórios para a região dos Balcãs e em terras do Império Turco Otomano. É de se destacar o reinado de Maria Teresa (1740-1780), que organizou um exército permanente e nacional, e também José II (1780-1790), que iniciou a centralização administrativa do Estado, além de tentar estimular o contato de seus súditos com a cultura da Europa ocidental.


Por Tales Pinto
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Tales dos Santos Pinto Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PINTO, Tales dos Santos. "A periferia do Absolutismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-periferia-absolutismo.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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