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Ter que ou ter de?

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As expressões “ter que” e “ter de” são muito debatidas e não há uma posição única entre os estudiosos, uma única resposta. Uns acreditam que tanto faz, outros de que há diferenciação entre as construções.
Façamos algumas reflexões:

O termo “que” exerce, dentre outras, a função de pronome relativo, ou seja, estabelece relação entre as orações ou com algo que foi dito anteriormente, retoma informações ditas. Exemplo:

Minha mãe tem muitas coisas que fazer. (quem tem “que fazer” algo? Minha mãe. O “que” retoma toda frase anterior: “Minha mãe tem muitas coisas para fazer".

Então, todas as vezes que houver a necessidade de retomar um antecedente, use “que” e não “de”.

Logo, em frases que não há necessidade de retomar algo, ou seja, não há um antecedente, use “de”. Exemplos:

Tenho de pagar meu amigo.
Os alunos tiveram de fazer a prova em menos tempo.

Para ficar menos complicado, alguns adotam os significados aproximados das expressões “tenho que” e “tenho de”. Veja:

Ter de – expressa uma idéia de obrigatoriedade, de necessidade, de dever.
Tenho de estudar para a prova amanhã. (Tenho necessidade em estudar)

Ter que – expressa uma idéia de “algo para”, “coisas para”.
Ele tem muito que estudar. (Ele tem muitas matérias para estudar)

Importante: Para evitar a repetição de “quês” na redação, analise o que pode ser trocado por “de” ou pelo (a) qual, a (o) qual.

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Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

Escritor do artigo
Escrito por: Sabrina Vilarinho Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

VILARINHO, Sabrina. "Ter que ou ter de?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/ter-que-ou-ter-de.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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